PONHAM A MÃO
Conta-se que Jesus esteve, recentemente, na Terra.
Em suas andanças, entrou num hospital público brasileiro.
Passou por um paraplégico que aguardava a consulta, sentado em cadeira de rodas, e disse-lhe:
Em suas andanças, entrou num hospital público brasileiro.
Passou por um paraplégico que aguardava a consulta, sentado em cadeira de rodas, e disse-lhe:
– Levanta-te e anda!
O homem ergueu-se e deixou o consultório, empurrando a cadeira de rodas.
Alguém lhe perguntou:
– Esse barbudo que falou com você é o novo médico?
– Sim.
– O que achou dele?
– Igual aos outros. Não pôs a mão em mim.
Podemos situar essa hilária história por exemplo de como as pessoas envolvem-se com a rotina e o imediatismo terrestre, sem se darem conta das dádivas que recebem.
Não fazemos a mínima idéia de como benfeitores espirituais nos socorrem e atendem, em múltiplas oportunidades.
Amenizam dores, curam males, ajudam-nos a solucionar problemas…
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Há o outro lado:
Os médicos que, literalmente, “não põem a mão no paciente”.
Uma senhora procurou um desses profissionais apressados, rápidos no gatilho,
que sacam o bloco para o receituário, mal o cliente põe os pés em seu gabinete.
Ao terminar a consulta, disse-lhe:
– O senhor devia ser engenheiro.
– Por quê? Acha que tenho jeito?
– Bem, engenheiro lida com barro, cimento, cal, tijolos…
É mais fácil. Está
mais de acordo com sua índole.
O senhor é frio, distante!
– Ora, minha senhora. Há muita gente! Não posso dar atenção a todos.
– Pois deveria.
Por mais gente atenda, considere que não está lidando com
material de construção. As pessoas, meu caro doutor, precisam de atenção,
principalmente quando fragilizadas pela doença.
Certamente, o médico não mudou de profissão, mas seria bom, para ele e seus clientes, se mudasse a maneira de ser.
Certamente, o médico não mudou de profissão, mas seria bom, para ele e seus clientes, se mudasse a maneira de ser.
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Meu pai, que foi enfermeiro, falava de um médico humilde, de
pouca cultura e precários conhecimentos, que atendia no posto de saúde onde
trabalhava.
Não obstante suas limitações, era o mais solicitado e eficiente.
Calmo e gentil, tratava com carinho a clientela, consulta sem pressa, paciência de ouvir…
Tinha sempre uma palavra de encorajamento, exprimia-se de forma otimista quanto ao diagnóstico e ao prognóstico.
Os pacientes saíam animados.
Mais que simples receita, levavam um novo alento, a confiança de que seriam curados, algo decisivo em favor de sua recuperação.
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Aprendemos com a Doutrina Espírita que várias profissões
envolvem preparo do Espírito, antes de reencarnar, a fim de que possa ter um
desempenho razoável, desenvolvendo experiências produtivas.
Freqüenta escolas no Além, recebe instruções, planeja a própria estrutura orgânica, adequando-a ao exercício da atividade escolhida.
Sem dúvida, a Medicina é das mais importantes. Deus quer que sejamos saudáveis, física e psiquicamente, para melhor aproveitamento das experiências humanas.
A doença pode ser um acidente de percurso, relacionado à falta de cuidado com o corpo, no presente ou no pretérito.
Daí a importância do médico, instrumento de Deus, em favor da saúde humana.
Certamente, dentre todas as orientações recebidas ao reencarnar, o médico aprende a lidar com os enfermos, sob orientação do Evangelho, o mais perfeito manual de relações humanas.
É preparado para “pôr a mão no paciente”, expressão que resume os cuidados básicos:
• Cultivar a gentileza.
• Examinar sem pressa.
• Ouvir com atenção.
• Exercitar o diálogo.
• Estimular o otimismo.
• Tranqüilizar o paciente.
• Receitar com cautela.
Esses, os valores fundamentais que estabelecerão a empatia
entre ambos, com os mais salutares resultados, na erradicação da enfermidade.
***
Sou apaixonado pela Medicina.
Tenho certeza de que fui médico em existência anterior, provavelmente do tipo que fica melhor cuidando do material de construção. Por isso, talvez, carrego a frustração de não ser, desta feita, discípulo de Hipócrates.
Evocando minha condição do passado, peço licença aos colegas do presente, para dizer-lhes:
Cuidado, senhores doutores!
Não malbaratem as abençoadas oportunidades que receberam!
Não frustrem os instrutores que os prepararam!
Não negligenciem a orientação fundamental:
Não frustrem os instrutores que os prepararam!
Não negligenciem a orientação fundamental:
Por Deus! Ponham a mão nos pacientes!
Livro Para Rir e Refletir