domingo, 15 de dezembro de 2013

                                            O SENTIDO D NATAL

Um homem deixou para fazer suas compras de Natal no último instante.

 Nas ruas o vai-e-vem da multidão apressada. Ele, entre esbarrões, comprando aqui e ali. 

De súbito, pula um moleque à sua frente pedindo, quase implorando para que ele comprasse duas canetas para ajudá-lo. 

Nervoso, ele manda o garoto sair da frente. Apressou o passo e só parou, quando percebeu que havia ganho certa distância do garoto.


Foi à loja de brinquedos e é mal atendido. A balconista, exausta e irritada, vende descortesias e ele prontamente deu o troco.

Ao voltar para casa, guiou o carro como se estivesse à frente de um exército inimigo, queixando-se sistematicamente de todos os que atravancavam o seu caminho.

Quando chegou enfim, mal-humorado, seu filho caçula recebeu-lhe com a ansiedade dos que aguardam uma notícia.

 A sala estava iluminada, em clima de festa. Sentindo a paz doméstica, recordou a sua vergonhosa performance naquela maratona de véspera de Natal. 

E observando a alegria de seu filho diante dos embrulhos coloridos, reviu arrependido a expressão tristonha da criança que tentou vender-lhe duas canetas . . .

Contou este fato a um amigo.

 Este, porém, disse-lhe:
- Meu amigo, você não entendeu o sentido do Natal.

 Esta comercialização é lamentável que, sob indução da propaganda, transforma o ato de presentear numa obrigação. 

Há quem se ofenda se não recebe algo dos familiares. É bom presentear, nos dá alegria. É sempre um gesto de carinho, uma manifestação de bem-querer. 

Mas, o ideal seria que não houvesse tempo certo para isso, tira muito a espontaneidade do gesto e a magia da dádiva.

 Porém, é sempre bom lembrar que nos reunimos para celebrar o nascimento de Jesus. 

E que Este, só renascerá, quando nos dispusermos a vivenciar integralmente sua mensagem.

 Portanto, amigo, vivencie o Natal amando ao próximo, fazendo aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem, porque tudo que fizermos ao menor de nossos irmãos, é ao "aniversariante" que estaremos fazendo.

 Este é o verdadeiro sentido do Natal. 

Mas lembre-se amigo, não espere o próximo Natal para consertar . . .

Envergonhado, o homem concordou com o amigo.
Muitos de nós nos comportamos como o homem da história. 

Por isso, na comemoração do nascimento de Jesus, que haja alegria, pois a lembrança do Cristo já é por si um estímulo espiritual a reflexões mais profundas; que se promovam festas na família, nas instituições ou nos ambientes de nossa convivência, mas que a alegria tenha um sentido mais elevado, não deixemos nos desvirtuar pelos desperdícios e pelos abusos que comprometem o corpo e o espírito. 

Procuremos “cristianizar” o Natal, ou seja, que as pessoas não se preocupem somente com a festa, com a comida, com os presentes, porque a festa não é do Papai Noel, é de Jesus.

 E quem deveria receber presentes é o aniversariante.

Então, perguntemos: “Que presente daremos à Jesus?”

Se ficarmos em dúvida, procuremos no Evangelho um pedido Dele para nós.

GRUPO DE ESTUDOS ALLAN KARDEC