Matemos a fome das crianças famintas, e não a elas
próprias
Alguns defendem a descriminalização do aborto, dizendo que é melhor não deixar a criança nascer do que ela nascer e morrer de fome.
Esse argumento é equivalente ao do médico que,
tratando de um doente incurável, tomasse a decisão de matá-lo de vez!
O aborto é
uma morte certa da criança, mas sua morte por fome é incerta. Ela morreria
mesmo de fome?
Quem pensa
assim, admite ou finge que admite que a miséria e a injustiça social jamais
terão fim neste mundo, e que a vitória do bem sobre o mal é uma utopia.
É, pois, de
fato, um equívoco alguém justificar, moralmente, o aborto, apelando para essas
ideias fantasiosas e pessimistas de que criança nascida morrerá de fome.
A Doutrina Espírita ensina que a Terra é um
mundo de provas e expiações, mas que ele vai entrar na fase de regeneração, o
que já está começando a acontecer aqui e acolá, isto é, entre algumas pessoas:
Teresa de Calcutá, irmã Dulce, Chico Xavier,
Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Gandhi, pastor Luther King e milhões
de anônimos por esse mundo afora. Aliás, na História da Humanidade, sempre nós
tivemos exemplos dessas almas de escol:
São Francisco de Assis, São Vicente de Paulo e
outros.
As pessoas
que são a favor do aborto, não certamente por princípio, ao preferirem
assassinar seus rebentos nos ventres maternos, a deixá-los viverem e nascerem,
têm as suas consciências embotadas, ou seja, indiferentes às suas faltas morais
ou pecados, sendo tudo válido para elas, desde que sejam beneficiadas em seu
bem-estar egoísta.
Assim, mesmo
sabendo que o aborto é uma transgressão grave das leis naturais ou divinas, o
cometem.
A teologia
cristã tradicional ensina que o aborto é um exemplo do chamado pecado contra o
Espírito Santo, exatamente porque se trata de um pecado contra a lei da
natureza.
Realmente, ele é uma falta contra a voz da
consciência do indivíduo, que é a voz do seu
Eu interior ou do seu Espírito Santo que nele
habita.
E com a
agravante de que tudo é feito de livre e espontânea vontade, com pleno
consentimento, com data e hora marcadas para o aborto, que, sem dúvida,
ser-lhes-á mais prejudicial do que para o feto assassinado, pois são muito
graves as consequências morais e espirituais para os que o praticam.
Ele só é moralmente tolerável, quando for um
risco de vida para a mãe, o que é admitido pela Igreja e pela Doutrina
Espírita.
A eliminação
duma vida humana é um assassinato, não importando se ela tenha apenas alguns
minutos ou já cem anos de existência.
E, por ser uma ação premeditada, mesmo que a
lei a aprove, tomando emprestado o termo jurídico, ousamos dizer que,
moralmente, se trata dum pecado doloso, e, na linguagem da Igreja, um pecado
mortal.
E, como já vimos, é até considerado também como pecado contra o
Espírito Santo, pelo que não tem perdão, isto é, tem que ser mesmo pago pelo pecador
e até o último centavo.
Que os que não querem filhos usem, pois, os meios
anticonceptivos, mas não o aborto.
José reis chaves - consolador