O dom da vida e a lei de
causa e efeito
Quando Deus cria um Espírito, outorga-lhe os dons da vida e da liberdade, bem
como o livre-arbítrio.
Para administrá-los, mune-o de inteligência.
O dom da vida é
inalienável. Somente o Pai tem poderes para interferir nele
Qualquer outro ser
não detém esse direito, a não ser, no caso de abortamento (“aborto”), quando
ficar sobejamente comprovada, pela Ciência Médica, que a continuidade da
gestação trará risco de morte para a gestante.
Fora dessa condicionante criada
pelos seres humanos, não há, absolutamente, quaisquer explicações que
justifiquem a prática desse crime doloroso, traiçoeiro, hediondo.
As divinas e cristãs
orientações trazidas pela Filosofia Espiritista, ensinada pela Doutrina
Espírita e praticada sob as luzes do Espiritismo, fundamentadas na prática da
caridade sem ostentação, têm como epicentro o amor incondicional ao próximo.
Para o reencarnante, a
maneira como for gerado seu corpo físico é de somenos importância.
Para Deus é
mais um filho (a) que vem como estrela cadente viajando inocente à procura de
um lar para ser amado(a), educado(a) e instruído(a).
A infeliz mãe que
privar seu filho do direito de nascer, crescer, reproduzir, evoluir, moral e
espiritualmente, desce ao mais baixo nível da degradação humana praticando uma
atitude nefasta, comprometendo-se inapelavelmente com as leis regeneradoras do
Código Divino.
*
Quando uma pessoa toma o
primeiro contato com o Espiritismo através de uma atividade espírita, no Centro
Espírita, poderá sair:
decepcionada, satisfeita, vislumbrada e até feliz,
julgando que encontrou o caminho certo para suprir as necessidades materiais,
psicológicas ou espirituais.
Ledo engano.
Uma
instituição espírita que se preze não direciona suas atividades no sentido de
resolver problemas.
Nesse sentido, seu papel é orientar, direcionar, incentivar
e aumentar a autoestima do indivíduo para lutar contra as adversidades que, com
certeza, não foram criadas por Deus e, sim, pelas atitudes egoístas dos seres
humanos.
Nesse raciocínio, sua
finalidade precípua não é somente enxugar lágrimas ou minimizar dores e
sofrimentos, mas proporcionar informações e conhecimentos úteis e relevantes
que possam ajudar o indivíduo a erradicar as causas que façam verter lágrimas e
propiciar dores e sofrimentos.
Neste particular é
importante que se conheçam os fundamentos da Doutrina Espírita que se baseiam
na Ciência que prova fatos;
na Filosofia que estuda os primeiros princípios e
os últimos fins das causas e das coisas (Lei de Causa e Efeito; Ação e Reação);
e na Religião que liga, individualmente, a criatura ao Criador, pela fé
inabalável em Deus, em Jesus
– o Cristo e Seus Prepostos –, impulsionada pela
prática da caridade e na presunção da esperança de que amanhã será sempre um
dia melhor.
Essas condicionantes
imperativas respaldam a conclusão de que tudo na vida de uma pessoa está
diretamente proporcional à conduta do indivíduo (Espírito).
Nada acontece por
acaso. Tudo tem uma razão de ser, como afirma o adágio: “no mundo existem
muitas injustiças, porém ninguém vive injustiçado”; e, como ensinou o Cristo:
“A cada um será dado conforme a sua obra”.
Nos postulados
espíritas vislumbra-se a certeza absoluta, inequívoca e inquestionável de que
Deus jamais desamparará Seu filho ao ponto de deixá-lo sofrer sem ter uma causa
que justificasse esse sofrimento.
Afinal de contas, não há efeito sem
causa.