QUE MUNDO É ESTE?
A humanidade tem-se perguntado que mundo é este em que vivemos sob o guante da violência, da promiscuidade, da corrupção, das misérias e mazelas humanas.
Incluem-se aqui a exploração da fé, através das
crenças materialistas que ensinam que “você será salvo se doar a
Jesus (para que ele lhe devolva em dobro – que Jesus é esse afinal?)”, que
tanto nos assombram e, o que é pior, por mais esforços e programas, projetos e
processos que o homem cria, não consegue ao menos amenizar tudo isso.
Torna-se
angustiante e sofrível diante da sua incapacidade de solucionar as misérias que
ele mesmo cria, pois em síntese a vida é sempre o resultado do que dela
fazemos.
Responder a essas questões não é tarefa fácil, alguns diriam
que não é mesmo plausível respondê-las. Façamos uma análise e algum esforço
para nos perguntarmos qual é a natureza (a sua essência) do homem na face do
planeta na atualidade?
Diríamos, corroborados nos princípios espíritas da Filosofia Espírita
(necessitamos de um parâmetro razoável para tentar explicar tais indagações)
que, entre os homens da modernidade, “... há os que não fazem nem o mal
nem o bem; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando
se lhes depara ocasião de praticá-lo.
Há também os levianos ou estouvados, mais
perturbadores do que malignos, que se comprazem antes na malícia do que na
malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades,
de que se riem.”
Como se confirma na assertiva, o homem ainda é o ser mais
“primitivo” no reino da criação, apesar de nos considerarmos no topo da
cadeia evolutiva das espécies, o que é verdade, mas ainda primitivo
no terreno do moral, mesmo tendo alcançado o patamar intelectual
que já alcançamos.
“Isso indica que existe no homem uma variedade de
sentimentos, de posição na escala evolutiva ainda inferior e que parece
desconhecer o valor do bem, que não sentem tendência para a caridade, ao
contrário, procuram menosprezar o bem e mesmo atrapalhar quem começa a melhorar
as suas condições de benevolência”.
Está presente em seu caráter a mentira, o
egoísmo o orgulho e adora criar discussões estéreis, pois isso confunde e
desarmoniza qualquer ambiente ou ideia ajustada. Essa natureza está presente em grande
parte nos que habitamos este maravilhoso planeta.
Encontra-se (o homem)
presente em todos os setores e atividades da humanidade, quer na política, na
ciência e na religião, encontrando sintonia em uma massa que não sabe pensar e
conduzir os próprios destinos, portanto fáceis de serem manipulados e
conduzidos feito boiada.
Podemos conseguintemente entender por que no campo
político a realidade é de tanto escracho (caso para polícia) e usurpadora do
bem público.
Quando o povo elege um governante, deputado, senador ou vereador,
o faz para que este lhe represente e lhe garanta os direitos de cidadão no
contexto das necessidades humanas e não o autoriza a roubar, explorar, promover
tráfico de influências, ficar refém de grupos políticos, de facções criminosas
ou coisa do gênero.
Como pode um prefeito ou um vereador, que sãos os governantes
mais próximos da população, tornar-se usurpador do bem público, visando seu
próprio interesse e esquecendo-se do primeiro e primordial compromisso
democrático que é o de representar o cidadão diante da comunidade?
A questão é
tão antiga que o pensador Rousseau afirmava em seu tempo:
“Na política, como na
moral, é um grande mal não se fazer de algum modo o bem e todo cidadão inútil
pode ser considerado pernicioso (…). Os antigos políticos falavam
constantemente de costumes e virtudes, os nossos só falam de comércio, de
dinheiro e de poder.
Avalia os homens como gado. Segundo eles (os políticos),
um homem só vale para o Estado pelo seu consumo, concluindo que a razão
política está em crise.
Na cidade não existe o cidadão. Foi anulado,
nulificado, sem ‘costumes e virtudes’.
O comércio, o dinheiro e poder são
valores humanos para uma minoria e a maioria excluída, à margem da sociedade,
sem esses bens econômicos. Sem viver. Sem direitos”. Enquanto que outros
(geralmente os que estão temporariamente no poder temporal das coisas)
enriquecem da noite para o dia. Só mesmo a natureza perversa do homem para
explicar tais realidades.
Analisemos o significado da religião nos tempos modernos. Religião é um termo que nasceu com a língua latina, podendo ter três interpretações diferentes: "re-legio"
= "re-ler", um significado atribuído por Cícero para descrever a
repetição de escrituras; "re-ligio" = "re-ligar", o que
poderia significar a tentativa humana de "religar-se" a suas origens,
a seu (s) criador (es), a seu passado e finalmente "re-ligio" =
"re-atar", (no sentido de "prender", não de
"conectar"), significando uma restrição de possibilidades.
“Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de
crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa ou conjunto de
pessoas.
Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas. Os
símbolos tem o significado de representação.
”
“O problema é que as igrejas, ou religiões, se transformaram
em instituições políticas e lucrativas (esqueceram-se de Deus). Seus líderes
usam seu poder de persuasão para ganhar dinheiro e eleger seus políticos, e
para demonstrar sua força perante as demais, cria regras absurdas, como algumas
que proíbem as mulheres de cortar os cabelos e rapar as pernas, ou outras que
não admitem transfusão de sangue.
Com base em teologias fajutas e em promessas
impossíveis de um paraíso depois da morte, eles manipulam multidões.
Muitos
desses religiosos, que sequer têm uma fé verdadeira, mas que usam a religião
como muleta para a vida – porque é sempre mais fácil seguir o caminho que os
outros "aconselham" em vez de fazer a sua própria trilha –, cultivam
preconceitos absurdos, apesar de recitar salmos bíblicos e dizer que
"deve-se amar ao próximo como a si mesmo", a ponto de desrespeitar os
seguidores de outras religiões, chutando imagens e fazendo pouco de rituais,
apesar dos seus também não terem o menor sentido.”
Atentemos para a reflexão do Espírito Miramez, a seguir:
“O quadro da Terra é algo triste, no que tange ao
ambiente inferior, não obstante, os recursos estão e vão ser usados para o
devido saneamento espiritual.
Cabe a nós outros, já despertados para o bem
comum, fazer parte daqueles que saíram a semear com Jesus, sem reclamar, sem
exigir e sem blasfemar, para que não percam as sementes de luz deitadas nas
leiras dos corações.
A última categoria dos Espíritos não se compõe de almas
totalmente más, no sentido da palavra expressa, mas que carregam consigo toda
espécie de deturpação da verdade.
O seu ambiente constitui um ninho de
serpentes, de todas as más qualidades que se possa imaginar... Entretanto, são
irmãos que precisam da nossa assistência, mas, ao dá-la, é sempre bom nos
lembrar da advertência de nosso Jesus Cristo, quando nos fala: Vigiai e orai...
Mas a Doutrina Espírita, na feição do Evangelho Redivivo, está no mundo para
limpar a eira das nações e colocá-las à frente de todas as decisões que possam
tomar a palavra e a vivência daquilo que conheces pelo nome de Amor”.