TODOS SOMOS FILHOS ADOTIVOS?
Pela
visão espírita, todos somos adotados.
Porque
o único Pai legítimo é Deus.
Os
pais da Terra não SÃO nossos
pais, eles ESTÃO nossos
pais.
Porque
a cada encarnação, mudamos de pais consanguíneos, mas em todas elas Deus é
sempre o mesmo Pai.
Mas,
para entendermos melhor a existência desta experiência na vida de muitos pais,
é necessário analisá-lo sob a óptica espírita, sob a luz da reencarnação.
A
formação de um lar é um planejamento que se desenvolve no Mundo Espiritual.
Sabemos que nada ocorre por acaso.
Assim
como filhos biológicos, nossos filhos adotivos também são companheiros de vidas
passadas.
E nossa vida de hoje é resultado do que
angariamos para nós mesmos, no passado.
Surge,
então, a indagação: "se são velhos conhecidos e deverão se encontrar no
mesmo lar, por que já não nasceram como filhos naturais?"
Na
literatura espírita encontramos vários casos de filhos que, em função do
orgulho, do egoísmo e da vaidade, se tornaram tiranos de seus pais,
escravizando-os aos seus caprichos e pagando com ingratidão e dor a ternura e
zelo paternos.
De
retorno à Pátria Espiritual (ao desencarnarem), ao despertarem-lhes a
consciência e entenderem a gravidade de suas faltas, passam a trabalhar para
recuperarem o tempo perdido e se reconciliarem com aqueles a quem lesaram
afetivamente.
Assim, reencontram aqueles mesmos pais a quem
não valorizaram, para devolver-lhes a afeição machucada, resgatando o carinho,
o amor e a ternura de ontem.
Porque a lei é a de Causa e Efeito.
Não
aproveitada a convivência com pais amorosos e desvelados, é da Lei Divina que
retomem o contato com eles como filhos de outros pais chegando-lhes aos braços
pelas vias de adoção.
Aos
pais cabe o trabalho de orientar estes filhos e conduzi-los ao caminho do bem,
independente de serem filhos consanguíneos ou não.
A
responsabilidade de pais permanece a mesma.
Recebendo
eles no lar a abençoada experiência da adoção, Deus sinaliza aos cônjuges estar
confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos
companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que ontem
não souberam fazer. Trazem no coração desequilíbrios de outros tempos ou
arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a
ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do
coração.
Allan Kardec elucida:
"Não são os da consanguinidade os
verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias".
DEVEMOS
ESCONDER QUE ELES SÃO ADOTIVOS?
Um
dos maiores erros que alguns pais adotivos cometem é o de esconder a verdade
aos seus filhos.
É importante, desde cedo, não esconder a
verdade.
Ás
vezes, fazem por amor, já que os consideram totalmente como filhos; outros o
fazem por medo de perder a afeição e o carinho deles.
Quando os filhos adotivos crescem, aprendendo
no lar valores morais elevados, sentem-se mais amados por entenderem que o são,
não por terem nascido de seus pais, mas sim frutos de afeição sincera e real, e
passam a entender que são filhos queridos do coração.
Revelar-lhes
a verdade somente na idade adulta é destruir-lhes todas as alegrias vividas, é
alterar-lhes a condição de filhos queridos em órfãos asilados à guisa de pena e
compaixão.
Não
devemos traumatizá-los, livrando-os do risco de perderem a oportunidade de
aprendizado no hoje.
André
Luiz esclarece-nos quanto a este perigo: "Filhos adotivos, quando crescem
ignorando a verdade, costumam trazer enormes complicações, principalmente
quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas".
Identicamente ao que ocorre em relação aos
nossos filhos biológicos, buscar o diálogo franco e sincero, com base no
respeito mútuo, sob a luz da orientação cristã de conduta.
Pais que conversam com os filhos fortalecem o
laço afetivo, tornando a questão da adoção coisa secundári0. Recebendo em nossa
jornada terrena a oportunidade de ter em nosso lar um filho adotivo, guardemos
no coração a certeza de que Jesus está nos confiando a responsabilidade sagrada
de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e
desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e
amparo.
E,
ajudando-o a superar suas próprias mazelas, amanhã poderá retornar ao seio
daqueles que o amam na posição de filho legítimo.
É
CERTO A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS?
Raul Teixeira responde:
“O
amor não tem sexo”. Como é que podemos imaginar que o melhor para uma criança é
ser criada na rua, ao relento, submetida a todo tipo de execração, a ser criada
nutrida, abençoada por um lar de casal homossexual?
Muita
gente assevera que a criança corre riscos. Mas como?
Nós
estamos acompanhando as crianças correndo riscos nas casas de seus pais
heterossexuais todos os dias.
Outros
afirmam que a criança criada por homossexuais poderá adotar a mesma postura, a
mesma orientação sexual.
O
que também é falso.
A
massa de homossexuais do mundo advêm de lares heterossexuais.
Então,
teremos de concluir que são os casais heterossexuais que formam os
homossexuais.
Logo,não devemos entrar nessa discussão que é
tola e preconceituosa. aquele que tem amor para dar que dê.”
Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia.
Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia.
Encerremos com Emmanuel
:
"Recorda que, em última instância, seja qual seja a nossa posição nas
equipes familiares da Terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus".
GRUPO DE ESTUDO
ALLAN KARDEC