terça-feira, 12 de março de 2013




A MEDIUNIDADE RECONHECIDA PELOS PAPAS

Já se sabe que os fenômenos envolvendo a mediunidade não são recentes, mas que têm sido registrados desde os tempos mais antigos da civilização.

A Igreja também reconheceu o fenômeno, e muitos papas estiveram envolvidos em ocorrências mediúnicas.

Em 18 de Abril de 2005, ocorreu a eleição de Joseph Ratzinger (1927), o novo papa da Igreja Católica Apostólica Romana, que adaptou o nome Bento XVI, em substituição a Karol Wojtyla (1920-2005),  chamado papa João Paulo II.

Aproveitaremos a oportunidade para destacar a mediunidade e a comunicabilidade dos Espíritos, presentes entre os papas desde a origem do papado e ao longo de sua história de quase dois mil anos.

Tínhamos ouvido referência de fenômenos espirituais com Pio V e Pio XII, em palestras do médium Divaldo Franco (1927-), e quisemos aprofundar e completar o assunto.

Consultando a historiografia católica sobre a origem doutrinária do papado, o imperador romano Constantino (272-337) é apontado entre os teólogos como um dos seus principais precursores, pois foi ele quem historicamente começou a dar forma ao Sistema Católico Romano.

Constantino presidiu o 1º Concílio das Igrejas, no ano 313, construindo depois a primeira basílica em Roma, tornando o cristianismo religião oficial do Império, seguido de Teodósio (347-395) e outros imperadores.

Começava-se a criar os fundamentos que possibilitaram que Valentiniano III (Flávio Plácido, 419-455), no ano 445, reconhecesse oficialmente ao papa (a palavra "papa" significa pai) o exercício de autoridade sobre as Igrejas, ganhando o papado poder mundial com Carlos Magno (747-814), no século 8.

Ocorre que Constantino, que os católicos consideram como o precursor da estruturação papal, converteu-se ao cristianismo através de uma visão espiritual, conforme relatou o historiador católico Eusébio de Cesareia (275-339), em sua obra Vita Constantini (Cap. XXVIII).

Durante a batalha contra o imperador Maxêncio (séc. 3/4), com seu exército em desvantagem, Constantino viu no céu um grupo de Espíritos, liderados pelo Espírito (chamado Anjo) São Miguel, mostrando-lhe uma cruz luminosa com os dizeres: "Com este sinal vencerás".

O impacto que sentiu foi tão grande que mandou pintar uma cruz em todas as bandeiras, venceu a batalha e se converteu ao cristianismo, estabelecendo o famoso Edito de Milão, do ano de 313.

O escritor Nicéforas (séc. 16) escreveu que Constantino viu este Espírito mais duas vezes - numa delas, orientando-o a edificar Constantinopla; e, na outra, para ajudá-lo numa revolta por parte dos moradores da antiga Bizâncio.

Portanto, encontramos visões espirituais nos primórdios da estruturação da Igreja e da criação do papado.

Encontramos exemplos de mediunidade dos papas numa ocorrência com António Michele Ghislieri (1504-1572), o papa Pio V, que foi o Sumo Pontífice no período de 1566 a 1572. Em 1570, os turcos otomanos invadiram a ilha de Chipre e tomaram Veneza, e os venezianos pediram ajuda.

 O papa Pio V enviou uma frota de 208 navios, sob o comando de Don John da Áustria. Essa frota encontrou 230 navios turcos em Lepanto, Grécia, em 7 de Outubro de 1571.

A batalha durou três horas. Miguel de Cervantes (1547-1616), o novelista espanhol, autor de D. Quixote, participou dessa batalha histórica.

Em Roma, Pio V aguardava notícias, orava e jejuava,  juntamente com monges, cardeais e fiéis. Em 7 de Outubro, ele trabalhava com seu tesoureiro, Donato Cesi, que lhe expunha problemas financeiros.

 De repente, separou-se de seu interlocutor, abriu uma janela, entrou em êxtase e teve uma visão em desdobramento espiritual.

Voltou-se para Donato e lhe disse: "Ide com Deus. Agora não é hora de negócios, mas sim de dar graças a Jesus Cristo, pois nossa esquadra acaba de vencer a batalha".

Duas semanas depois chegaram as notícias da vitória de sua esquadra, confirmando sua visão espiritual.

Mais recentemente, no século 20, encontramos outro exemplo de ação espiritual entre os papas, com o Cardeal Eugénio Pacelli (1876-1958), que viria a ser o papa Pio XII, no período de 1939 a 1958. O fato foi relatado pela própria Igreja Católica, em seu jornal oficial L'Observatore Romano, e depois publicado no Brasil, no jornal Ave Maria, de Petrópolis, transcrito pelo Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, em Setembro de 1956.

Em 19 de Fevereiro de 1939, nos aposentos do Vaticano, na ala esquerda da Catedral de São Pedro, o cardeal Eugénio Pacelli estava orando; ele era um diplomata da Santa Sé junto aos governos do Ocidente.

Em seus aposentos de cardeal, ele ouviu uma voz chamando: "Pacelli, Pacelli".

 Ele se voltou e viu o Espírito do papa Pio X (1835-1914).
Emocionado, ele se ajoelhou e chamou-o de Santidade.

O Espírito respondeu-lhe: "Não sou Santidade, mas apenas um irmão; venho avisá-lo que, dentro de alguns dias, se tornará papa, e que a Terra será devorada por uma avalanche de tragédia.

É da vontade do Senhor que seja papa para governar a Igreja com sabedoria, bondade diplomática e equilíbrio".

O cardeal Eugénio Pacelli redarguiu dizendo que não entendia aquilo, porque Pio XI (1857-1939) era o papa de então, e governava a Igreja com sabedoria. O Espírito Pio X não discutiu com o cardeal, desvaneceu-se.

Emocionado, Eugénio Pacelli desceu de seus aposentos e adentrou na Catedral de São Pedro.

 Foi até o subterrâneo, onde estão os túmulos papais, ajoelhando-se na cripta de Pio X, permanecendo em oração até o amanhecer.

 Ao raiar do dia, adentrou novamente na Catedral de São Pedro, e um guarda suíço perguntou-lhe se estava sentindo-se bem, pois estava muito pálido.

Eugénio Pacelli respondeu que tinha dialogado com Pio X. Surpreso, o guarda contrapôs que Pio X estava morto.

Mas Eugénio Pacelli disse que, naturalmente, o sabia, pois fora ele quem tinha feito o discurso laudatório.

Além do quê, Pio X tinha sido seu padrinho de cardinalato.

Pio X disse-lhe que ele seria papa e, em seguida, a humanidade entraria em guerra.

O fato permaneceu em sigilo, mas dois ou três meses depois, Pio XI morreu de uma doença misteriosa.

Eugénio Pacelli foi eleito o novo papa, Pio XII, e logo depois eclodiu a Segunda Guerra Mundial, conforme lhe dissera o Espírito Pio X.

É mais um fato mediúnico, registrado pela história, de comunicabilidade espiritual com os papas.

É interessante registrar que não foi por acaso que Pio X apareceu em Espírito e se comunicou mediunicamente com Pio XII.

 O papa Pio X conhecia os fenómenos espíritas, pois seu médico, dr. José Lapponi (1851-1906), foi uma pessoa interessada nos estudos espíritas e até publicou um livro à época - Hipnotismo e Espiritismo (1897) - aprovado pelo papa Leão XIII, e que foi traduzido e publicado no Brasil pela editora da Federação Espírita Brasileira.

O DR. LAPPONI TAMBÉM FOI MÉDICO do papa Leão XIII (1810-1903).

Vale anotar que, quando da segunda edição do livro Hipnotismo e Espiritismo, em 1904, o periódico Diário de Noticias, de Madri, do dia seis de Julho, publicou carta do dr. Lapponi na qual ele comentava que o órgão jesuíta La Civilitá Cattolica censurava seu livro porque ele divulgava teorias que não eram aprovadas pela Igreja, e que o próprio papa Pio X reprovara a obra. Mas à época, dom Eduardo Checci, redactor do Giornale d'Italia, foi entrevistado sobre isso, desmentindo que o papa Pio X tivesse reprovado a obra.

O dr. Lapponi acrescentou que Pio X conhecia o trabalho desde sua primeira edição e o tinha aprovado, e que o livro tinha merecido louvores até do papa Leão XIII, que disse que a ciência católica não devia ser contrária ao estudo do Espiritismo e suas manifestações.

É importante esclarecer que o dr. Lapponi não era espírita e, nesse livro, ele adaptou uma postura até de prevenção com relação aos fenômenos do hipnotismo e do Espiritismo, porque poderiam ensejar fraudes e mistificações. Chega a ser curiosa essa sua atitude, pois a verdade é que, se ele admitiu os fenômenos espíritas (e, para nós, é o que importa), não se compreende por que ele recrimina sua prática.

O dr. Lapponi demonstrou que não conheceu realmente o Espiritismo, uma vez que se ateve somente à parte fenomênica;  não conheceu a parte filosófica e ética da Doutrina Espírita.

 Nem no aspecto fenomênico ele se aprofundou, pois só se referiu às situações duvidosas; por temer fraudes e a ação de Espíritos brincalhões e zombeteiros (que, portanto, ele admitia), achou temerário e perigoso ocupar-se do Espiritismo.

Para nós vale que o dr. Lapponi, médico de dois papas, historiou a ocorrência de fenômenos espíritas desde a Antigüidade e reconheceu a intervenção dos Espíritos no mundo material.

A transfiguração de Jesus é citada como exemplo de fenômeno mediúnico que aparece na Bíblia, com Moisés e Elias aparecendo em espírito material.

Ao final do livro, ele afirmou que o Espiritismo só deveria ser estudado com as necessárias precauções e por ação de pessoas reconhecidamente competentes (op.cit., pág. 219).

Portanto, a Doutrina Espírita e os fenômenos mediúnicos transitaram pelo Vaticano no século 19, entre os papas e pelo médico que cuidou de dois deles nesse período e escreveu um livro sobre o assunto, reconhecendo sua existência, apesar de sua atitude de temor.

Mesmo nos tempos mais recuados, os fenômenos mediúnicos estavam presentes na sociedade, em todos os lugares, já que fazem parte da Natureza.

 Por isso, encontramos referência a eles desde há dois mil anos. Basta citarmos o apóstolo Pedro, que é considerado como o primeiro papa da Igreja.

Na Bíblia, encontramos várias ocorrências mediúnicas e de interferência dos Espíritos, ocorridos com Pedro.

Por exemplo:

a) em Mt: 17, 1-6, está descrita a transfiguração de Jesus na qual, estando Ele num monte, acompanhado por Pedro, Tiago e João, apareceram, em Espírito, Moisés e Elias, que já estavam mortos havia séculos, e conversaram com Jesus;

b) em At: 2, 1-14, ocorreu o fenômeno chamado Pentecostes, no qual os doze apóstolos ouviram um som vindo do céu, como um vento, e como que línguas de fogo pousaram sobre cada um deles, que então começaram a falar em diversos idiomas;

c) At: 3, 2-8, é descrita a mediunidade curativa de Pedro, quando ele curou um coxo de nascimento que todo dia ia à porta do templo para pedir esmolas. Ele tomou o coxo pela mão e ordenou-lhe que se levantasse e andasse, e assim ocorreu;

d) At: 11,5-10, Pedro teve um arrebatamento espiritual e teve vidência e audiência. Viu, a céu aberto, um vaso que descia, como grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra, e ouviu uma voz: "Levanta-te Pedro, mata e come". Pedro disse ao Senhor que nunca tinha comido coisa imunda. A Voz disse-lhe que não devia chamar de imundo o que Deus purificou; isso se repetiu por três vezes;

e) At:11, 11-1, Pedro viu três homens de Cesárea que o buscavam, e estavam em frente à casa onde estava; um Espírito lhe disse que fosse com eles, nada duvidando;

f) At:12, 5-11, Pedro estava dormindo na prisão, vigiado por dois guardas. Quando Herodes ia chamá-lo, houve uma luz na prisão, e apareceu um Espírito (chamado anjo) despertando-o, rompendo as correntes e dizendo-lhe para fugir; e conduziu-o, fazendo-o passar pelos guardas, chegando à porta da cidade, pela qual saíram.

E Pedro percebeu que Deus havia enviado um Espírito para ajudá-lo.

Para encerrar esse importante registro histórico sobre a mediunidade e seu reconhecimento entre os papas, temos necessariamente que citar o recém-falecido papa João Paulo II, reconhecido como um grande missionário do bem.

A revista Veja, de 6 de Abril de 2005, na página 93, transcreveu uma frase pronunciada por ele numa pregação na Basilica de São Pedro, em Novembro de 1983, e que dispensa comentários: "O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".

Portanto, fica registrado, segundo as próprias fontes católicas e as não espíritas, que a mediunidade e a comunicabilidade espiritual têm se manifestado e sido reconhecidas pela Igreja, mesmo entre os seus maiores representantes, desde a Antiguidade.

E ainda hoje ocorre, demonstrando que a vida não se restringe à realidade material nem é interrompida com a morte.

Washington L.N.Fernandes - Revista Espiritismo e Ciência





sexta-feira, 8 de março de 2013

CASAMENTO E DIVÓRCIO





Casamento e divórcio

“Não perturbeis o que Deus harmonizou”.       
Tudo o que procede de Deus é imutável no mundo. Tudo o que procede do homem está sujeito a mudanças.

Todas as Leis Divinas permanecerão sem modificações, porque são eternas, enquanto as leis dos homens não o são, pois se transformam, alteram-se, à medida que o ser humano evolui. Assim, em cada lugar e, em diferentes épocas, essas leis sofreram, sofrem e sofrerão modificações, atendendo às novas necessidades. Os ensinamentos de Jesus nos trazem esses dois esclarecimentos, mas também nos dão a certeza de que, um dia, quando essas duas leis caminharem juntas, os homens serão felizes.

Entretanto, não podemos prescindir dessas leis, porque são elas que regulam o bem-viver; são elas que estabelecem os direitos e os deveres de cada um de nós em relação aos demais; são elas que permitem a convivência social, se não fraterna, pelo menos respeitosa; são elas que regulam os interesses familiais; e são elas, por fim, que tiram o homem do estado de selvageria para a civilidade. A lei civil é útil, necessária, mas variável, enquanto a de Deus é eterna e imutável.

Isso acontece, também, em relação à união dos seres, pois os homens interpretam as palavras de Jesus, segundo seus interesses e não segundo a Lei de Deus. Jesus nos ensinou que o sentimento mais elevado que o ser humano possui é o amor e, em cada experiência evolutiva que temos mais e mais se desenvolvem os valores morais que as conquistas espirituais proporcionam nesse processo.

Assim, é com o sentimento que une dois seres: lentamente, ele vai-se afastando dos interesses da matéria, que envolvem paixões de todas as espécies, onde apenas os sentidos o movem, para um sentimento verdadeiro que não une apenas corpos, mas também almas. Nenhuma lei civil, nem os compromissos que ela determina podem suprir a lei de Amor, que deve presidir uma união, seja ela qual for. Nenhuma lei humana obrigará as pessoas a se amarem, seja entre cônjuges, entre filhos e pais, seja entre aqueles que convivem em um grupo mais amplo.

Dessa forma, a afirmação de Jesus de “não separar o que Deus uniu” só terá sentido real se juntarmos a ela a idéia de que aquilo que se uniu à força, isto é, que não procurou a satisfação do coração através do amor verdadeiro, mas somente a do orgulho, da vaidade, da ganância, da posse, do ciúme, da carência afetiva, para se livrar da família, enfim de todos os interesses pessoais, de valores ilusórios, por si mesmo se separará.

É muito importante que tenhamos a coragem de nos perguntar e responder, com total honestidade de propósitos, quais são os valores que motivam nossas escolhas afetivas, porque quando o móvel dessas escolhas é outro que não o amor, não há como sustentar essa situação. Estabelecemos, dessa forma, necessidades emocionais, sem consciência e sem responsabilidade pelas perdas futuras, que trarão, mais adiante, frustrações, desilusões quando não situações desesperadoras que podem levar, até mesmo, a atitudes criminosas.

Assim, os compromissos conjugais ou domésticos que não atenderem os desígnios superiores, ou seja, a união pelo amor, serão corrigidos e restaurados pelos princípios que equilibram a lei divina no seu devido tempo.

Há mais de mil anos essas palavras do Cristo, como tantas outras, foram erroneamente interpretadas ou interpretadas de maneira a atender apenas a interesses econômicos, políticos, financeiros ou de poder, e tudo isso ainda está gravado em nós, como se não pudéssemos, sob hipótese de estar cometendo um crime perante Deus e a sociedade, dissolver uma união infeliz que traz sofrimento para todos os envolvidos. Assim é com o divórcio que separa legalmente o que já estava separado de fato.

A idéia de que aquilo que Deus uniu não se separa é porque somente o amor verdadeiro, o afeto real de alma para alma, sobrevive à destruição do corpo, e esses seres se procuram e se encontram no mundo dos Espíritos, fortalecendo esses laços.

Isso também acontece no que diz respeito às amizades. Se, de um lado, temos as amizades interesseiras que buscam uma aproximação para usufruir as vantagens que isso possa proporcionar em que não há afinidades, espontaneidade, cujo sentimento é superficial e sem qualquer vínculo afetivo, do outro lado, temos as amizades verdadeiras, que se fortalecem com as vidas sucessivas, e que, a cada oportunidade que se apresenta, procuram reunir-se, novamente, no corpo físico, a fim de trabalharem juntas e se fortalecerem no amor, alegrando-se umas com as outras pelo crescimento que cada uma dessas almas conquistou.

Uma visão bastante interessante e que deve ser alvo de nossa reflexão é a que Emmanuel traz em Caminho, Verdade e Vida.  O Instrutor Espiritual, referindo-se às palavras de Jesus: ...“Portanto, o que Deus juntou não o separe o homem”, alerta-nos para o fato de que a palavra divina não se refere apenas aos casos do coração, mas vai além. Corresponde, também, ao “não perturbeis o que Deus harmonizou”.

Assim, por mais duro que seja o dever a cumprir, ele constitui sempre a vontade do Criador e, para isso contamos com a nossa consciência, sentinela vigilante de Deus, que permanece apta a discernir o que constitui obrigação moral e o que representa, apenas, fuga disfarçada desse compromisso.

O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas, ajustando-as para o bem comum. Assim, quem desarmoniza as obras divinas deve preparar-se para a recomposição”. (2)

Na Terra, hoje, existem milhões de criaturas em serviço restaurador por haverem perturbado, com o mal, o que Ele estabelecera para o bem. “Às vezes, é possível perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas seremos, invariavelmente, forçados a repará-las com suor e lágrimas”. (2)


Bibliografia:

(1) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Lake, Capítulos 22 e 17, item 7.
 
(2) Emmanuel (Espírito) . Caminho Verdade e Vida, [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. FEB Editora, 17 ed., Rio de Janeiro: RJ, Lição 164.
 
(3) Joanna de Ângelis (Espírito). Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, [psicografado por] Divaldo Pereira Franco. 1 ed., LEAL Ed., p. 163.
  

terça-feira, 5 de março de 2013

                       
   APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS


“Dize-me o que pensas, dir-te-ei com quem andas” (1). Allan Kardec.

Um assunto muito atual não só no meio espírita como na sociedade em geral é a alteridade, ou seja, “a qualidade do que é outro” (2).

É na alteridade que se desenvolve, é nas diferenças de qualidades com o outro que se aprende, é na variedade de aptidões que se complementa uma tarefa. 
Aceitar, conviver, aprender e amar a diversidade denota a presença de um ser mais evoluído, seja individual ou coletivamente.

O predomínio que a vaidade e o orgulho ainda exercem sobre as pessoas impede, muitas vezes, de crescerem somando qualidades e esta atitude facilita o acesso dos Espíritos inferiores para a influenciação negativa, exacerbando as mazelas internas de cada um, provocando embates, cisões, rupturas no trabalho.

Quando isto ocorre nas Casas Espíritas, o prejuízo se torna inda maior, porque ali é o local onde a causa única e suprema deve ser o desenvolvimento da caridade e da tolerância como ferramenta de renovação íntima individual.

Allan Kardec, no seu discurso de encerramento do ano social da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas do ano de 1858/59, tecia comentários de outras sociedades que surgiram desejando rivalizar com aquela a qual ele pertencia.

 Contava-se de sociedades com grandes números de participantes, com muitos recursos financeiros, sendo para ele um motivo de regozijo, ressaltando, apenas, que elas tivessem uma “unicidade de sentimentos para frustrar as influências de maus Espíritos e consolidar a sua existência” (3).

Naquela época, nos Estados Unidos, na Europa, especialmente em Paris, ocorria o surgimento de inúmeras reuniões íntimas, como outrora fora a própria Sociedade Parisiense, fato normal devido ao então crescente interesse pelos assuntos espíritas e ao surgimento de vários médiuns. 

 Denotavam-se os mais variados resultados possíveis, desde reuniões sérias com resultados notáveis, até de fanfarronices e brincadeiras fúteis, de acordo com os interesses e intenções de cada uma. 

A despeito disso, Kardec ressaltou que poucas constituíam uma sociedade propriamente dita, pois lhes faltavam condições de vitalidade em razão do escasso número de componentes, de sua estabilidade, permanência e persistência.

A primeira condição, preconizada pelo mestre francês, é a de homogeneidade de princípios e maneira de ver. Toda sociedade formada de elementos heterogêneos traz em si o germe da dissolução, podendo considerá-la natimorta.

Mais adiante o Codificador explica a homogeneidade como comunhão de pensamentos. Sem a calma e o recolhimento, dificilmente os bons Espíritos se apresentarão, pois não encontrarão as condições necessárias para dar assistência à sociedade. 

Eles desejam ardentemente esclarecer para o bem, não participando em reuniões onde impera o espírito da oposição sistemática, da discórdia e da controvérsia.

A homogeneidade propagada por Kardec é a de ideais nobres, da vivência ético-moral e do estudo doutrinário com seriedade. 

As diferentes maneiras de agir, de conduzir e de pensar são saudavelmente administradas para o crescimento do grupo e dos seus componentes, quando não comprometem o corpo doutrinário.

Neste ideal, Bezerra de Menezes levanta a bandeira da unificação não como a uniformização de procedimentos, mas como a união afetiva em torno da prática da moral de Jesus à luz dos esclarecimentos espíritas.

Para unir deve-se ter o trabalho consistente, a ação correta, a vivência do discurso cristão.

São Luís, Espírito protetor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fornece o meio infalível para não temer os conflitos: 
“Compreendei-vos e amai-vos” (4).

O trabalho da compreensão exige caridade e abnegação. “Que o amor ao próximo esteja inscrito em nossa bandeira e seja a nossa divisa” (5).

Kardec considerava todas as outras sociedades como irmãs e jamais como concorrentes.

 A inveja, o ciúme e a rivalidade indicam a assistência dos maus Espíritos e um direcionamento equivocado.

 A boa intenção, a benevolência, a vontade de servir e o pensamento reto revelam a natureza superior dos Espíritos que presidem a sociedade, procurando conduzi-la, por meio dos homens que a servem, ao trabalho no bem.

Aos grupos que se sintam melindrados pelo crescimento de outro, Kardec instiga que depende somente dele não ser ultrapassado.

 A Doutrina Espírita, sendo acessível a todos, depende do esforço próprio, do trabalho em equipe e da dedicação para que a Sociedade evolua e cumpra o seu papel na comunidade. 

Neste particular, outras poderão igualar-se, tanto melhor, pois serão irmãos que crescem juntos.

O laço de união dos homens de bem, sejam quais forem as divergências, é o amor ao bem, a abnegação, a abjuração de todo sentimento de inveja e ciúme.

Na alteridade, em vista de diversidade humana, importa seu enfoque prático de convivência fraterna.

O codificador encerra seu discurso com a convicção de que a finalidade do Espiritismo é melhorar aqueles que o compreendem, buscando através do exemplo demonstrar a vivacidade da Doutrina e a sua praticidade na vida cotidiana. 

“Numa palavra, sejamos dignos dos bons Espíritos se quisermos que eles nos assistam. 

O bem é uma couraça contra a qual virão sempre quebrar-se as armas da malevolência” (6).
 
Referências:
(1) KARDEC, Allan. Revista Espírita 1859. Sobradinho, DF: EDICEL, Discurso de encerramento do ano social (1858-1859), p. 196.
(2) Novo Dicionário Aurélio.
(3) KARDEC, Allan. Idem, p. 200.
(4) Idem, p. 20.1
(5) Idem.
(6) Idem, p. 202.
 
O CONSOLADOR - LUIZ ROBERTO SCHOLL

sexta-feira, 1 de março de 2013

KARDEC E O SEXO E SEUS EXTREMOS






Em “O Livro dos Espíritos”, na questão de nº 698, Kardec faz o seguinte questionamento aos sábios da Espiritualidade: 

P O celibato voluntário é meritório aos olhos de Deus? 
R Não, e os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam a todos. 
Na questão de nº 699, Kardec prossegue com os questionamentos: 

P O celibato não é para algumas pessoas um sacrifício com a finalidade de se devotar mais inteiramente ao serviço da humanidade? 
R Isso é bem diferente; eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório quando é para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito. 
SEGUE O COMENTÁRIO DO CODIFICADOR
“Deus não pode se contradizer nem achar mau o que fez. Não pode haver mérito na violação de Sua lei; mas se o celibato, por si mesmo, não é meritório, não ocorre o mesmo quando é pela renúncia às alegrias da família, um sacrifício decidido em favor da humanidade. 

Todo sacrifício pessoal para o bem e sem o disfarce do egoísmo eleva o homem acima de sua condição material”. 
Em épocas distantes, o homem, ainda pouco espiritualizado, considerava necessário agradar a Deus com alguns sacrifícios. 
O celibato, a abstinência sexual era um deles.  
Por isso, na Idade Média, o sexo representava a impureza, o pecado, chegava mesmo a macular a figura de quem dele gostasse. 
As mulheres, pobres coitadas! Eram as que mais sofriam com a ignorância. Nada de prazer! Sexo somente para a procriação. 
Essa mentalidade, porém, se traduz nos dias de hoje com os mais variados bloqueios psicológicos a impedir criaturas de terem uma vida plena em todos sentidos. 
Mas continuemos.  
Os tempos foram gradativamente se modificando. A evolução humana naturalmente impôs a mudança no padrão de pensamento. Surgiu o Enovid – primeira pílula contraceptiva – proporcionando assim uma revolução nos costumes. 
O sexo, que outrora era motivo de repugnância, passou a ser endeusado, antes avacalhado, agora intensamente perseguido.  
De um extremo ao outro, do inferno ao céu...
A mídia, na sociedade contemporânea, faz o papel de propagar uma busca frenética pelo sexo. Onde há pares opostos existe busca insana pelo prazer. O apelo sexual tornou-se produto vendável e de grande rentabilidade.

 Os corpos bem delineados ganharam status e tornaram-se objetos de perseguição de todos aqueles que querem se enquadrar nos padrões impostos pela sociedade erotizada. Os olhos começaram a se voltar apenas para a superfície, impondo com isso, relacionamentos sem bases de afetividade e afinidade autênticas.

Com o sonho da independência financeira, homens e mulheres comercializam seus dotes físicos. A infidelidade é divulgada sem constrangimentos por programas televisivos com o marketing sutil de que perigo é sinônimo de prazer.

Com isso, a fidelidade conjugal é relegada a segundo plano, abrindo espaço para a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis.

E no meio desse alvoroço, as religiões tentam impor limites a seus fiéis, seus líderes manifestam-se de forma a tentar preservar seus pupilos dos desatinos mundanos. Porém, o fazem de forma ingênua se posicionando contra os métodos de prevenção à gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Esses apelos não surtirão os efeitos desejados pelos líderes religiosos.

Nesse particular, o Espiritismo acompanha o avanço das idéias humanas, sem ceder às conveniências, nem se curvar diante dos modismos e dos apelos comerciais. Kardec foi um visionário, e, ao afirmar que a Doutrina Espírita deveria acompanhar a ciência, proporcionou que ela continuasse atual, com seus princípios não entrando em descompasso com a época vivida. Por isso, o Espiritismo trata o assunto referente ao sexo com a seriedade que ele exige, explicando que, os extremos que foram criados em torno do sexo são frutos da ignorância; é necessário desmistificá-lo, tirá-lo da nociva alcunha de tabu, incorporando-o ao cotidiano, porque só assim lhe daremos o justo valor, nem mais, nem menos.

E para que o sexo seja desmistificado, a tarefa dos pais é de suma importância, pois devem ser eles, através do diálogo franco e aberto, os esclarecedores de seus filhos, debatendo, tirando dúvidas, e, sobretudo, instruindo, a fim de que não cresçam adultos sem conhecimento quanto essas questões existenciais.
 Muitos são os jovens que por falta de diálogo com os pais se perdem em dúvidas e tormentos que poderiam ser evitados se houvesse uma maior sincronia e amizade entre os familiares. É tudo questão de se estabelecer um elo de confiança entre pais e filhos, proporcionando uma convivência salutar, disposta a abordar qualquer assunto sob a guante da sinceridade.

Os meios de comunicação também podem fazer sua parte, deixando de lado o comércio dos atributos físicos e os apelos sensacionalistas, para debater a questão com maturidade, porque é através de sua influência que muitos desavisados precipitam-se, trocando os pés pelas mãos, enredando-se em teias de difícil solução, que, freqüentemente resultam em:

● Filhos indesejados; porta escancarada ao aborto criminoso.

● Doenças sexualmente transmissíveis; clara abreviação da existência.

● Infidelidade conjugal; chamariz de crimes passionais.
● Envolvimento efêmero; futuras dores de cabeça.

A real importância do sexo em nossa vida

O sexo é importante em nossa vida? 
Sim, muito colabora para a melhoria na qualidade de vida, aproxima o casal, transforma o astral, traz bom humor a repercutir em ondas de paz e harmonia por toda a família.

 É remédio para depressão, é fonte de energia, previne o estresse...

Contudo, nem a vida do casal, nem o relacionamento dos seres humanos se reduzem ao relacionamento sexual. 
Se isso ocorre, há uma visão distorcida da realidade, que pode trazer traumas de complicada resolução, onde não raro o sentimento de posse transforma pessoas em objeto.
Tratando o assunto concernente ao sexo com seriedade, desmistificando-o e posicionado- o como força criadora que é só teremos a ganhar:

● A infidelidade e as doenças sexualmente transmissíveis não mais terão lugar, porque o sexo será praticado com amor e responsabilidade.

● Nada de processos obsessivos, onde há vampirização efetuada por algozes do além, que se aproveitam da invigilância daqueles que pensam somente “naquilo”.

● Extinção do aborto criminoso, porquanto o sexo aliado ao amor irá gerar uma amada criatura.

Nada de extremos, de visões enceguecidas pelo fanatismo obscuro, a energia sexual faz parte da natureza humana, é essência divina a concorrer para nosso progresso e felicidade, portanto, deve ser tratada como tal, sem exageros, nem desprezos.

 Para finalizar, deixo ao leitor frase do espírito André Luiz, psicografada pelas mãos de Chico Xavier:
"O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmico em todos os círculos evolutivos." (André Luiz)
Pensemos nisso.
  

Wellington Balbo - O consolador



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MOCIDADE ESPIRITA E SUA IMPORTÂNCIA


                             


             “Quem se aplica a servir, desde os anos da juventude, muit antes da velhice e servido pela vitória da madureza.”
              (“Sol nas almas”, André Luiz, Waldo Vieira, Ed. CEC. lição 19-Mocidade”)

    O Espiritismo é o Consolador Prometido por Jesus, sendo que,  para cumprir sua missão na melhoria moral da Humanidade, os espíritas precisam trabalhar com um objetivo essencial – a educação das almas. A Seara espírita não poderá, em época alguma, desprezar seu próprio futuro, buscando orientar com carinho a criança e o jovem.
    Em meados da primeira metade deste século, os jovens espíritas, sentindo a necessidade de se unirem para estudar a Doutrina Espírita e trabalhar na sua divulgação (pois encontravam incompreensão entre os mais velhos para participarem das atividades doutrinárias), iniciaram nas décadas de 30  e 40, a criação das primeiras MOCIDADES ESPÍRITAS.
Um dos grandes incentivadores na criação dos grupos de jovens espíritas neste período foi a personalidade vigorosa, alegre e atuante de Leopoldo Machado, que residia em  Nova Iguaçu no Estado Rio de Janeiro, e que deu a eficiente colaboração à Federação Espírita Brasileira.
    Estava sendo dados os passos iniciais para os jovens participarem efetivamente do Movimento Espírita Brasileiro.
    Surgiu tanto entusiasmo de união que os moços  conseguiram promover com muita alegria espiritual o 1º CONGRESSO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DO BRASIL, de 17 a 23 de abril de 1948.
    Desse memorável encontro em diante, os Grupos de Mocidades Espíritas multiplicaram-se em todos os estados brasileiros, promoveram confraternizações regionais e estaduais, participando ativa e fecundamente dos serviços do Espiritismo.
    O jovem é o sucessor dos mais velhos, podendo muito bem estudar, divulgar, trabalhar e servir junto dos mais experientes, para aprender melhor e produzir mais.
    O moço doa a sua parte de energia, entusiasmo e ideal e recebe dos mais amadurecidos o conhecimento, a prudência e a experiência.

    Jovens sinceros, responsáveis e operosos dentro das linhas da obediência, disciplina e respeito, fizeram aumentar a alegria, a simpatia e o dinamismo nos trabalhos e confraternizações.
Os espírito Superiores valorizam em muito a força espírita jovem que assim afirma no livro: “Caminho, Verdade e Vida” na lição nº 151 – o sábio Espírito Emanuel: “O moço poderá e fará muito, se o espírito envelhecido na experiência não o desamparar no trabalho”.
    Os trabalhadores espíritas mais amadurecidos através dos anos nas atividades doutrinárias não poderão , em circunstância alguma, esquecer-se de apoiar e conviver com os jovens – não para fiscalizar, impor ou proibir – mas, sim, para amar e estimular, ajudar e promover os corações iniciantes nos caminhos do Bem e da Verdade.
    A Juventude necessita muito de orientação doutrinária e direção moral, que deve nascer invariavelmente da convivência fraterna, da amizade espontânea e da simpatia contagiante por parte dos mais velhos.
    Mediante estes sentimentos de fraternais de profundo amor e indispensável entendimento, os jovens não se desviarão das diretrizes luminosas de Jesus e Kardec, conforme nos chama a atenção, na mesma lição do livro referido acima, o responsável mentor espiritual Emmanuel:
    “Não podemos esquecer que esta fase da existência terrestre, é a que apresenta o maior número de necessidades no capítulo da direção.”
O CENTRO ESPÍRITA, que tenha jovens entrosados na tarefa da assistência fraterna e divulgação da doutrina ( sem contudo sobrecarregarem suas responsabilidades com muitas atividades que nesta idade poderão ser prejudiciais ao invés de benéficas), demonstra ser uma equipe altamente produtiva, porque está aproveitando a vitalidade do jovem, para preencher vários setores de serviços que poderão ficar deficientes ou nem mesmo existir, como, por  exemplo, os comentários evangélicos, estudos doutrinários, a evangelização da criança, as campanhas do “quilo”, as visitas fraternas às vilas, favelas ou lares de caridade.
    Não estamos referindo-nos a cargos de direção que tragam muitas responsabilidades e nem tarefas específicas (assistência e doutrinária) de que deverão participar única e exclusivamente os jovens, poderá decretar o isolamento e a separação entre os mais velhos e os mais novos.
    O ideal é que os jovens se misturem com os mais experientes nas atividades da casa espíritas.
   Somente nas reuniões de Mocidade é que poderá predominar o sangue jovem, mesmo assim, indispensável haver por perto alguém por perto que ame muito os jovens, e que por sua vez, seja muito amado por eles, a fim de ser o ponto de ligação fraterna, amiga e boa entre a direção e a juventude.
    As reuniões específicas de Mocidade nos Centros Espíritas são um grande núcleo aglutinador da atenção, interesse e força jovem, constituindo-se num valioso estágio de estudo e aprendizado das Obras de Allan Kardec, esclarecendo a inteligência e iluminando o sentimento, afim de que, mais tarde,possa trabalhar a casa espírita, demonstrando segurança, sinceridade, amadurecimento, convicção e abnegação pela causa do Bem e do Progresso da Humanidade.
   O jovem espírita que começa mais cedo,  o seu esforço do conhecimento da Doutrina Espírita, sua transformação moral, sua reforma íntima e trabalho de amor desinteressado no bem do próximo renova o seu destino mai cedo, pois aproveita melhor o tempo da existência humana e adquire maiores valores de mérito e proteção espiritual, aliviando as dívidas cármicas e aprimorando-se mais rápido.
    Se os pais dedicarem mais cuidado e zelo à posição espiritual dos filhos e os dirigentes espíritas não desprezarem a participação atuante dos jovens, poderemos estar certos de que a juventude brasileira caminhará nos trilhos da educação cristã.


Aprendendo Amando e Servindo - Cap XII