“Quem se aplica a servir, desde os
anos da juventude, muit antes da velhice e servido pela vitória da madureza.”
(“Sol nas almas”, André Luiz, Waldo Vieira, Ed.
CEC. lição 19-Mocidade”)
O Espiritismo é o Consolador Prometido por
Jesus, sendo que, para cumprir sua
missão na melhoria moral da Humanidade, os espíritas precisam trabalhar com um
objetivo essencial – a educação das almas. A Seara espírita não poderá, em
época alguma, desprezar seu próprio futuro, buscando orientar com carinho a
criança e o jovem.
Em meados da primeira metade deste século,
os jovens espíritas, sentindo a necessidade de se unirem para estudar a
Doutrina Espírita e trabalhar na sua divulgação (pois encontravam incompreensão
entre os mais velhos para participarem das atividades doutrinárias), iniciaram
nas décadas de 30 e 40, a criação das
primeiras MOCIDADES ESPÍRITAS.
Um dos grandes
incentivadores na criação dos grupos de jovens espíritas neste período foi a
personalidade vigorosa, alegre e atuante de Leopoldo Machado, que residia em Nova Iguaçu no Estado Rio de Janeiro, e que
deu a eficiente colaboração à Federação Espírita Brasileira.
Estava sendo dados os passos iniciais para
os jovens participarem efetivamente do Movimento Espírita Brasileiro.
Surgiu tanto entusiasmo de união que os
moços conseguiram promover com muita
alegria espiritual o 1º CONGRESSO DE MOCIDADES ESPÍRITAS DO BRASIL, de 17 a 23
de abril de 1948.
Desse memorável encontro em diante, os
Grupos de Mocidades Espíritas multiplicaram-se em todos os estados brasileiros,
promoveram confraternizações regionais e estaduais, participando ativa e
fecundamente dos serviços do Espiritismo.
O jovem é o sucessor dos mais velhos,
podendo muito bem estudar, divulgar, trabalhar e servir junto dos mais
experientes, para aprender melhor e produzir mais.
O moço doa a sua parte de energia,
entusiasmo e ideal e recebe dos mais amadurecidos o conhecimento, a prudência e
a experiência.
Jovens sinceros, responsáveis e operosos
dentro das linhas da obediência, disciplina e respeito, fizeram aumentar a
alegria, a simpatia e o dinamismo nos trabalhos e confraternizações.
Os espírito Superiores
valorizam em muito a força espírita jovem que assim afirma no livro: “Caminho,
Verdade e Vida” na lição nº 151 – o sábio Espírito Emanuel: “O moço poderá e
fará muito, se o espírito envelhecido na experiência não o desamparar no
trabalho”.
Os trabalhadores espíritas mais
amadurecidos através dos anos nas atividades doutrinárias não poderão , em
circunstância alguma, esquecer-se de apoiar e conviver com os jovens – não para
fiscalizar, impor ou proibir – mas, sim, para amar e estimular, ajudar e
promover os corações iniciantes nos caminhos do Bem e da Verdade.
A Juventude necessita muito de orientação
doutrinária e direção moral, que deve nascer invariavelmente da convivência
fraterna, da amizade espontânea e da simpatia contagiante por parte dos mais
velhos.
Mediante estes sentimentos de fraternais de profundo amor e
indispensável entendimento, os jovens não se desviarão das diretrizes luminosas
de Jesus e Kardec, conforme nos chama a atenção, na mesma lição do livro
referido acima, o responsável mentor espiritual Emmanuel:
“Não podemos esquecer que esta fase da
existência terrestre, é a que apresenta o maior número de necessidades no
capítulo da direção.”
O CENTRO ESPÍRITA, que
tenha jovens entrosados na tarefa da assistência fraterna e divulgação da
doutrina ( sem contudo sobrecarregarem suas responsabilidades com muitas
atividades que nesta idade poderão ser prejudiciais ao invés de benéficas),
demonstra ser uma equipe altamente produtiva, porque está aproveitando a vitalidade
do jovem, para preencher vários setores de serviços que poderão ficar
deficientes ou nem mesmo existir, como, por exemplo, os comentários evangélicos, estudos
doutrinários, a evangelização da criança, as campanhas do “quilo”, as visitas
fraternas às vilas, favelas ou lares de caridade.
Não estamos referindo-nos a cargos de
direção que tragam muitas responsabilidades e nem tarefas específicas (assistência
e doutrinária) de que deverão participar única e exclusivamente os jovens,
poderá decretar o isolamento e a separação entre os mais velhos e os mais
novos.
O ideal é que os jovens se misturem com os
mais experientes nas atividades da casa espíritas.
Somente nas reuniões de Mocidade é que poderá
predominar o sangue jovem, mesmo assim, indispensável haver por perto alguém por
perto que ame muito os jovens, e que por sua vez, seja muito amado por eles, a
fim de ser o ponto de ligação fraterna, amiga e boa entre a direção e a
juventude.
As reuniões específicas de Mocidade nos
Centros Espíritas são um grande núcleo aglutinador da atenção, interesse e
força jovem, constituindo-se num valioso estágio de estudo e aprendizado das
Obras de Allan Kardec, esclarecendo a inteligência e iluminando o sentimento,
afim de que, mais tarde,possa trabalhar a casa espírita, demonstrando
segurança, sinceridade, amadurecimento, convicção e abnegação pela causa do Bem
e do Progresso da Humanidade.
O jovem espírita que começa mais cedo, o seu esforço do conhecimento da Doutrina
Espírita, sua transformação moral, sua reforma íntima e trabalho de amor
desinteressado no bem do próximo renova o seu destino mai cedo, pois aproveita
melhor o tempo da existência humana e adquire maiores valores de mérito e
proteção espiritual, aliviando as dívidas cármicas e aprimorando-se mais
rápido.
Se os pais dedicarem mais cuidado e zelo à
posição espiritual dos filhos e os dirigentes espíritas não desprezarem a
participação atuante dos jovens, poderemos estar certos de que a juventude
brasileira caminhará nos trilhos da educação cristã.
Aprendendo Amando e Servindo - Cap XII
Aprendendo Amando e Servindo - Cap XII