|
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Na aula de história, a
professora falava sobre a noite de São Bartolomeu, que ocorreu na França em
1572. Dizia ela:
- Por intolerância religiosa, católicos e
protestantes guerrearam em "nome de Deus". Foi um massacre de mais de 20 mil
protestantes pelos católicos.
Um aluno mais curioso
perguntou:
-
Professora, onde estava Deus que permitiu a morte de tantas
pessoas?
A professora
respondeu:
-
Deus estava ausente na
“atitude das pessoas”...
É muito difícil acreditar na
perfeição de Deus, para quem não conhece, ou para quem não quer conhecer, a Lei
de Causa e Efeito.
Principalmente quando assistimos diariamente a violência: na
política, nos filmes, no esporte, nos programas infantis, no campo rural, na
fome, na imortalidade infantil, no trânsito, na prostituição infantil e adulta,
no meio policial, no vício, etc. A história nos mostra outras violências "em nome de Deus". Por exemplo: a
"santa inquisição", “as guerras santa”, etc. Por isso muitos perguntam:
Onde estava Deus nestes momentos?
A maior dificuldade está em
entender como o Criador pode ser justo e bom se há tanta injustiça e maldade no
Mundo.
Como pode permitir que crianças
morram de fome?
Que ditadores oprimam populações imensas?
Que ricos mercadores explorem seus
subordinados?
Que bandidos aterrorizem as pessoas?
Que torturadores façam tantas
vítimas?
Mas a pergunta que devemos
fazer é:
QUEM GERA A
VIOLÊNCIA?
Quem gera a violência somos
nós quando nossas atitudes não são baseadas nos ensinamentos cristãos.
Observemos que, quase todo dia cometemos um ato violento, nem que seja através
do pensamento ou da maledicência contra um irmão.
Queremos paz, mas os filmes
mais alugados ou assistidos são de sexo e violência; pais presenteiam filhos com
jogos de video game violentos; damos ibope para jornalismo que só fala de
violência, esportes violentos, programas onde “familiares”
entram em conflito; reality show com nada a acrescentar em relação a moral e a
ética; há quem torça pela vilã ou vilão de uma novela ou filme; há quem busque a
falsa alegria através de drogas que alteram seu comportamento, etc. Além de
buscarmos formas cada vez mais agressivas para acabar com a violência, como pena
de morte, extermínio, tortura, cerceamento da liberdade em condições subumanas,
etc. Ou seja, criamos um ciclo vicioso de agressões.
Como podemos ver, a
violência está enraizada no ser humano, que a tem vivido e até mesmo cultivado
através dos milênios. O que muitos ainda não
entenderam é que Deus nos dá livre arbítrio para agir mas, Sua lei explica que
"o plantio é livre, mas a colheita obrigatória." Toda ação gera
uma reação, ou seja, toda atitude boa ou má de nossa parte gerará uma reação, um
retorno no mesmo sentido. Se não for nesta encarnação será na
próxima.
A violência revela a
condição evolutiva do violento ou de quem gosta de violência.
É uma minoria que, tumultua,
conturba, espalha sofrimento e confusão, como lobos em meio de ovelhas. Mas que
fazem muito barulho.
O mais importante, é
reverter o quadro de violência, através do bem, da escolha de nossos
pensamentos, palavras, atitudes, gosto literário, televisivo e de lazer.
Juntamente por meio de grupos de orações, evangelho no lar, usando as armas do
amor, a fim de alterarmos nosso padrão vibratório e, consequentemente, o do
planeta Terra, que é o nosso lar.
A luta é de todos aqueles
que acreditam em um mundo melhor, no qual o bem se sobreponha ao mal e que seja
um local de regeneração.
grupo de estudos allan kardec
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Os ombros largos do
próximo
A revista VEJA, edição 2269 de 16/05/2012, páginas 112 a 114, traz uma interessante reportagem sobre a arte de culpar os outros ou, em termo mais vulgar, a arte de encontrar um bode expiatório.
Vamos a um trecho:
“Nada paralisou mais a inteligência do que a
busca por bodes expiatórios”, escreveu o historiador britânico Theodore Zeldin
no livro Uma História Íntima da Humanidade, de 1994.
Paralisou, e continua a
paralisar.
A tentativa de jogar a culpa por uma situação indesejada – de
desastres naturais e guerras, de crises econômicas e epidemias – nas costas de
um único indivíduo ou grupo quase sempre inocente é uma prática tão disseminada
que alguns estudiosos a consideram essencial para entender a vida em sociedade.
Se observarmos à nossa volta, encontraremos muitos exemplos.
Quando um adulto
interrompe a briga de duas crianças, uma aponta o dedo inquisidor para a outra:
“Foi ela quem começou!”.
De maneira semelhante, a campanha para as eleições
presidenciais na França, encerradas na semana passada com a vitória do
socialista François Hollande, foi pautada em parte pelas retóricas
anti-imigração e antiunião europeia, como se um fator qualquer vindo de fora
fosse o bastante para explicar o desemprego no país. Nos Estados Unidos, o
culpado da vez é o 1% mais rico da população, que paga proporcionalmente menos
impostos do que a classe média.
Na América Latina, a tradição populista não
existiria sem a invenção de inimigos imaginários internos (as oligarquias, os
bancos, a imprensa) e externos (o FMI, os Estados Unidos).
A ditadura cubana
sustenta-se há mais de quatro décadas sobre a fantasia de que a miséria de sua
população se deve ao embargo ameriacano à ilha, e não ao fracasso de seu sistema
comunista.
Continua a reportagem: No livro intitulado em
português, traduzido do inglês – (Bode Expiatório – Uma História da Prática de
Culpar Outras Pessoas), publicado recentemente nos Estados Unidos e na
Inglaterra, o autor, Charlie Campbell, defende a tese de que cada ser humano
tende a se considerar melhor do que realmente é, e por isso tem dificuldade de
admitir os próprios erros. “Adão culpou Eva, Eva culpou a serpente, e assim
continuamos assiduamente desde então”, escreveu Campbell.
Infelizmente, como isso é frequente nos dias atuais,
não é verdade? Muitas pessoas tidas como possíveis responsáveis em falcatruas as
mais diversas procuram um bode expiatório para eximirem-se de culpa.
Se forem
vários os “bodes”, tanto melhor. No terreno particular isso também acontece.
Ou
será que não? Por exemplo, quando a paz no lar é comprometida devido a uma
discussão perfeitamente evitável entre os seus componentes, sempre foi o outro
lado quem deu início à confusão.
Quando um filho é envolvido pelas drogas
ilícitas, a culpa é só do traficante. Quando um velho vai parar no asilo, a
culpa é dele.
Quando uma criança é abandonada, procura-se o responsável cujo
autor da “proeza” é sempre o outro, o tal de bode expiatório.
Quando um casal se
separa, os motivos foram sempre fornecidos pela outra parte.
O homem está
absolutamente correto e a mulher também. Aliás, nas brigas de casais, é uma das
raras ocasiões em que podemos encontrar um ser humano perfeito porque nunca
nenhum dos dois está errado.
Isso quando não sobra culpa para os filhos, as
maiores vítimas de uma separação.
Quando no serviço alguma coisa dá errado, a
culpa é do patrão que paga mal. Ou será do funcionário que não cumpre com suas
obrigações?
E no trânsito, você já viu como só tem gente certa?
A culpa é sempre
do outro, do tal do bode expiatório, que pode ser até um sinaleiro que funciona
mal ou de uma placa de sinalização ausente ou mal colocada, nunca do real
culpado.
Agora, meu amigo e minha amiga, embora os Espíritos
não tenham ombros como entendemos no sentido material do termo, haja ombro neles
para aguentar a culpa que a eles imputamos!
Falta paz no lar?
Debite na conta dos Espíritos.
Aconteceu um acidente?
Jogue nos ombros perispirituais dos Espíritos. É. Para
jogar no ombro do coitado do Espírito, até ombro perispiritual serve, como não?
Os filhos estão indo mal na vida?
Não vacile, debita na conta (ou nos ombros?) dos Espíritos. Brigou com a sogra?
Espíritos que se cuidem. Desentendeu-se com a
esposa ou com o marido?
Ah! Não existem dúvidas.
Coloca nos ombros deles! É. Dos
Espíritos!
É correto que O Livro Dos Espíritos nos ensina que eles
participam intensamente de nossas vidas até o ponto de, se permitirmos, sermos
dirigidos por eles, mas gente, em nossos ombros não vai culpa
nenhuma?
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
|
terça-feira, 18 de setembro de 2012
A
IMPORTÂNCIA DO OUVIDO
Nas vésperas da reencarnação,
sou estimulado a falar de minha falência espiritual.
Instrutores e guardiães recomendam-me destacar A IMPORTÂNCIA DO OUVIDO.
Pedreiro modesto, órfão de mãe desde a meninice, casei por amor, embora contra os planos de meus irmãos, que escolheram noiva diferente para mim. Meu pai ficou ao meu lado apoiando na escolha. Durante seis anos a hostilidade familiar contra minha mulher não diminuiu. Alice, a companheira inexperiente, proporcionou-me 2 filhos queridos, quando se engravidou pela terceira vez. Nessa época, o veneno já me corroia a confiança. Diziam que um amigo nosso de infância seria o responsável pelos supostos deslizes da minha esposa. Os interessados em nossa desunião provocavam falsos testemunhos, bilhetes anônimos e difamações acabaram por arruinar-me.
Discutimos.
Acusei-a, defendeu-se.
Chorou, zombei . . .
E, para fiscalizar-lhe a conduta, transferi-me para a casa de meu pai, ameaçando tomar-lhe as crianças, através do desquite. Para isso, porém, queria provas, tinha fome de confirmações do inexistente.
Meu pai surgia conciliador dizendo:
- Meu filho, paternidade é compromisso perante Deus. Você não tem direito de proceder assim. Onde está a caridade para com a esposa ingênua? Mesmo que ela errasse, constituiria isso motivo para uma sentença de abandono implacável? Há comportamentos ditados por desequilíbrios espirituais que não conhecemos na origem. Pense nas tragédias da obsessão que campeiam no mundo. E os pequeninos? Terão eles a culpa de nossas perturbações? Recorramos a prece, meu filho! A prece nos clareará o caminho.
Eu ficava em silencio, ao ouvir suas advertências, mas, no íntimo, articulava minhas respostas íntimas: "orarei pela boca do revolver", "pobre pai", "bobo de velho com 66 anos", "cabeça tonta", "caduco", "fanático".
E, noite a noite, vigiava, de longe, os movimentos de Alice.
Duas semanas decorreram normais, quando vi o vulto de um homem que saía de nossa casa. Achei que fosse o rival. Guardei segredo e prossegui na tocaia. Mais 4 dias e o mesmo homem chegou de carro, despediu-se do motorista e entrou. Puxei o relógio. 11h:15m, noite quente.
Prevenido, acerquei-me da moradia, que se localizava em subúrbio. Os dois pareciam íntimos à distância, notei que se acomodavam num banco de pedra do pátio lateral. Conversavam sugerindo carinho mútuo. Desvairado, consultei o portão de entrada, verificando-o semi-aberto. Acesso fácil. Com a sagacidade de um felino, avancei, descarregando a arma nos dois. Ouvi gritos, mas ocultei-me na vizinhança, para fugir em seguida, senti-me vingado. Tentando refrigerar a cabeça, procurei descansar algumas horas em praias deserta. Joguei o revólver no esgoto e voltei a casa para saber, amedrontado, que eu não apenas assassinei minha esposa, mas também meu abnegado pai que a socorria. Não acreditei. Corri ao necrotério e, ao reconhecê-los, tornei ao lar, atormentado pelo remorso, e enforquei-me. Exilado por minha própria crueldade, em vales tenebrosos, nunca mais vi os que amo.
Vocês entendem o que sofro? Quantos anos passaram sobre os meus crimes? Não sei. Os que choram sem o controle do tempo não sabem contar as horas. Misericórdia, meu Deus! Dai-me a reencarnação, os obstáculos da Terra, a luta, a provação e o esquecimento, mas ainda que eu padeça humilhação e surdez, durante séculos, permiti Senhor, que eu aprenda a escutar! . . .
Instrutores e guardiães recomendam-me destacar A IMPORTÂNCIA DO OUVIDO.
Pedreiro modesto, órfão de mãe desde a meninice, casei por amor, embora contra os planos de meus irmãos, que escolheram noiva diferente para mim. Meu pai ficou ao meu lado apoiando na escolha. Durante seis anos a hostilidade familiar contra minha mulher não diminuiu. Alice, a companheira inexperiente, proporcionou-me 2 filhos queridos, quando se engravidou pela terceira vez. Nessa época, o veneno já me corroia a confiança. Diziam que um amigo nosso de infância seria o responsável pelos supostos deslizes da minha esposa. Os interessados em nossa desunião provocavam falsos testemunhos, bilhetes anônimos e difamações acabaram por arruinar-me.
Discutimos.
Acusei-a, defendeu-se.
Chorou, zombei . . .
E, para fiscalizar-lhe a conduta, transferi-me para a casa de meu pai, ameaçando tomar-lhe as crianças, através do desquite. Para isso, porém, queria provas, tinha fome de confirmações do inexistente.
Meu pai surgia conciliador dizendo:
- Meu filho, paternidade é compromisso perante Deus. Você não tem direito de proceder assim. Onde está a caridade para com a esposa ingênua? Mesmo que ela errasse, constituiria isso motivo para uma sentença de abandono implacável? Há comportamentos ditados por desequilíbrios espirituais que não conhecemos na origem. Pense nas tragédias da obsessão que campeiam no mundo. E os pequeninos? Terão eles a culpa de nossas perturbações? Recorramos a prece, meu filho! A prece nos clareará o caminho.
Eu ficava em silencio, ao ouvir suas advertências, mas, no íntimo, articulava minhas respostas íntimas: "orarei pela boca do revolver", "pobre pai", "bobo de velho com 66 anos", "cabeça tonta", "caduco", "fanático".
E, noite a noite, vigiava, de longe, os movimentos de Alice.
Duas semanas decorreram normais, quando vi o vulto de um homem que saía de nossa casa. Achei que fosse o rival. Guardei segredo e prossegui na tocaia. Mais 4 dias e o mesmo homem chegou de carro, despediu-se do motorista e entrou. Puxei o relógio. 11h:15m, noite quente.
Prevenido, acerquei-me da moradia, que se localizava em subúrbio. Os dois pareciam íntimos à distância, notei que se acomodavam num banco de pedra do pátio lateral. Conversavam sugerindo carinho mútuo. Desvairado, consultei o portão de entrada, verificando-o semi-aberto. Acesso fácil. Com a sagacidade de um felino, avancei, descarregando a arma nos dois. Ouvi gritos, mas ocultei-me na vizinhança, para fugir em seguida, senti-me vingado. Tentando refrigerar a cabeça, procurei descansar algumas horas em praias deserta. Joguei o revólver no esgoto e voltei a casa para saber, amedrontado, que eu não apenas assassinei minha esposa, mas também meu abnegado pai que a socorria. Não acreditei. Corri ao necrotério e, ao reconhecê-los, tornei ao lar, atormentado pelo remorso, e enforquei-me. Exilado por minha própria crueldade, em vales tenebrosos, nunca mais vi os que amo.
Vocês entendem o que sofro? Quantos anos passaram sobre os meus crimes? Não sei. Os que choram sem o controle do tempo não sabem contar as horas. Misericórdia, meu Deus! Dai-me a reencarnação, os obstáculos da Terra, a luta, a provação e o esquecimento, mas ainda que eu padeça humilhação e surdez, durante séculos, permiti Senhor, que eu aprenda a escutar! . . .
Pelo Espírito: João; do livro
Luz no Lar; psicografia de Chico Xavier.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
A FAMÍLIA É PROGRAMADA NO ALÉM? - J. Raul Teixeira
Embora encontremos no Movimento Espírita o
pensamento do senso comum estabelecendo que cada fulano vem à Terra para
encontrar uma certa “beltrana”, ambos
devidamente definidos um para o outro, desde o além, as coisas não se passam
exatamente assim.
Somente aos
espíritos dotados de expressivos valores morais, é permitido a escolha, a
seleção, o condicionamento do núcleo familiar com quem irá casar-se ou viver
afetivamente na Terra. A livre escolha é quando o indivíduo deseja realizar certos ministérios que lhe exigem
entrega total.
Geralmente são afetos do passado. Neste caso chamamos de
prova.
Faltando esses valores nos espíritos
de pouca evolução (a maioria), a escolha é estabelecida pelos Espíritos
Mentores que sabem o que será melhor para o progresso e a libertação gradual dos
seus tutelados. Trata-se de expiação. Muitas vezes, quando encarnados,
desviam-se da pessoa ou do tipo de pessoa que lhe foram planejadas.
Exemplo:
casam-se com outras pessoas, abortam, diminuem o número de filhos que se
comprometeram ter, etc.
Quando os desencarnados, na erraticidade, estão
pensando no próximo retorno aos campos terrenos (reencarnação), os Mentores
Espirituais costumam se reunir para tratar da questão. Essas reuniões, diálogos
e entendimentos só acontecem quando se trata de Espíritos com maturidade
suficiente para compreender o que seja melhor para si, na caminhada evolutiva.
Os mentores colocam os prós e contras, ou seja, as conquistas, débitos, ações
complicadoras, e virtudes trazidos das encarnações anteriores. Avaliam os modos
de vida que lhes propiciarão liberação rápida ou lenta, verificam suas condições
para suportar uma ou outra vereda provacional-expiatória, e estabelecem, desde
então, com que “tipo” de indivíduo e não com que indivíduo deverão se encontrar.
É desses entendimentos e ajustes que cada ser, que se prepara para o grande
retorno ao cenário da matéria densa e que características deverão ter suas
relações conjugais, filiais, pater-maternais, ou seja, que caráter deverá ter a
esposa ou o esposo, o pai ou a mãe, os filhos, propiciando-lhe oportunidade de
expiar o que deve alcançar as virtudes das quais carece, ajustando-se ao
contexto das leis do Criador.
Por exemplo: Há espíritos que renascerão em corpos masculinos e necessitarão de esposas exigentes, disciplinadoras, sem grandes demonstrações emotivas, em razão da equipagem que trazem do pretérito.
Por exemplo: Há espíritos que renascerão em corpos masculinos e necessitarão de esposas exigentes, disciplinadoras, sem grandes demonstrações emotivas, em razão da equipagem que trazem do pretérito.
Outros deverão encontrar esposas
afetuosas, emotivas, românticas e liberais.
Outros mais precisarão de
companheiras nas quais se misturem essas várias nuances do caráter; há os que
reencarnarão com corpos femininos e que, por sua vez, carecerão de esposos, de
companheiros portadores de tipos de caráter como os apontados acima.
Uns serão
esposos rígidos, policiadores, dominadores, afetivamente frios, outros serão
sensíveis, amigos, parceiros, atenciosos ou que experimentem no modo de ser
combinações dessas características.
Dadas as necessidades, os espíritos são
preparados para renascer em novo corpo físico em determinada família cujas
características melhor atendam ao reencarnante, seja em termos biológicos,
sociais, econômicos ou morais.
A família terrena tem, então, grande
importância no processo da reencarnação de cada espírito. Nela este encontrará o
que lhe seja necessário para podar os males do caráter, quanto para conquistar
as virtudes que lhe faltam.
Caso não consiga perceber essa função divina do
grupo familiar, o reencarnado poderá complicar-se ou complicar-se mais,
fazendo-se devedor desse benefício que lhe foi concedida pela vontade amorosa de
Deus, da qual não fez bom uso.
Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Uma receita
para afastar
os maus Espíritos
os maus Espíritos
Toda vez que alguém envolvido em um processo obsessivo busca auxílio numa Casa Espírita, as pessoas, sobretudo seus familiares, imaginam que o resultado positivo se dará rapidamente, o que nem sempre ocorre.
Será que os bons
Espíritos, os protetores espirituais chamados para o socorro, são mais fracos do
que o Espírito causador da obsessão?
Não!
Não é isso que
ocorre.
Não é o bom Espírito que é mais fraco: é a pessoa que não é bastante
forte para sacudir o manto lançado sobre ela, para se livrar do constrangimento
dos braços que a enlaçam e nos quais, é preciso que se diga, algumas vezes se
compraz.
Ora, se a pessoa prefere comprazer-se no envolvimento que a constrange,
nada ou pouco poderá fazer o amigo espiritual.
Imaginemos, porém,
que a pessoa tenha realmente o desejo de se desembaraçar desse jugo e mesmo
assim nada consegue.
Qual a explicação?
Examinando esse
assunto, Kardec explica que nem sempre o desejo, em casos assim, basta, porque a
tarefa da desobsessão é uma espécie de luta contra um adversário.
Se duas
pessoas lutam corpo a corpo, aquela que tem músculos mais fortes derruba a
outra.
Nos processos
obsessivos, é necessário lutar não corpo a corpo, mas Espírito a Espírito, e é
ainda aqui o mais forte que domina, sendo que nesse caso a força está na
autoridade moral que se pode tomar sobre o Espírito.
Esforçar-se para ser
bom, tornar-se melhor se já é bom, purificar-se de suas imperfeições, em uma
palavra: elevar-se moralmente o mais possível, esse é o meio para se adquirir o
poder de dominar os Espíritos inferiores e, desse modo, afastá-los.
Mas alguns ainda
perguntam – não podem os Espíritos protetores ordenar ao mau Espírito que se
afaste?
Sem dúvida, podem e o
fazem algumas vezes; contudo, permitindo a luta, deixam também à vítima do
processo o mérito da vitória.
Se deixam se debaterem pessoas merecedoras sob
certos aspectos, é para provar a sua perseverança e fazê-las adquirir mais
força no bem, o que será, para elas, uma espécie de ginástica moral.
Muitos, sem dúvida,
prefeririam uma receita prática para a expulsão dos maus Espíritos.
Quem sabe?
algumas frases de efeito, alguns sinais cabalísticos, o que seria mais cômodo do
que corrigir seus defeitos.
Não se conhece, porém, nenhum meio eficaz para
vencer um inimigo senão sendo moralmente mais forte do que ele.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
|
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Alexandre Fontes da Fonseca |
Estaria o Espiritismo ultrapassado?... Ou
muito na frente? |
Nos últimos anos, o número de espíritas cresceu a uma taxa pouco acima da do crescimento da população brasileira, conforme apontam pesquisas recentes do IBGE [1,2]. Essa notícia, sem dúvida, demonstra o bom andamento das atividades de divulgação do Espiritismo, e estimula a continuidade e aprimoramento das mesmas.
Certamente, os avanços da tecnologia de armazenamento e divulgação de informação contribuíram para esse crescimento, o que nos mostra a responsabilidade que temos em nos instruirmos conforme orientação do Espírito de Verdade (item V do Cap. VI de O Evangelho segundo o Espiritismo[3]).
Entretanto, o mesmo progresso que facilita o acesso às obras e aos estudos espíritas também tem permitido o acesso a informações e estudos de teor moral e intelectual questionáveis e inseguros. No caso do movimento espírita, a facilidade de divulgar ideias e doutrinas espiritualistas próprias, e a de acessá-las, têm levado algumas pessoas a questionar o Espiritismo, propondo ao movimento espírita a adoção de práticas espiritualistas diferentes e alternativas em nome da modernidade. Em alguns casos, o próprio conhecimento científico tem sido invocado como razão suficiente para propor desde inovações na prática mediúnica até alterações na própria Doutrina Espírita, sob alegações de que seus conceitos estariam ultrapassados.
Alguns dizem que por causa do comentário de Kardec (item 55 de A Gênese[4]) de que “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”, tais novidades deveriam ser aceitas sem questionamento pois que afinal são “verdades novas que se revelam”. Porém, o que está de fato acontecendo é que muitos companheiros espíritas, seduzidos por um discurso de atualidade de doutrinas e práticas alternativas e, principalmente, por não terem conhecimento profundo de teorias modernas da Ciência para avaliar essas mesmas doutrinas, estão cedendo ao apelo de se questionar a validade do Espiritismo na descrição da realidade espiritual.
O receio que decorre da ignorância sobre o que é Ciência
Como analisado por nós anteriormente [5], “o receio de a Ciência encontrar erros no Espiritismo se reflete na preocupação exagerada em vê-lo confirmado por ela ou relacionado às novidades científicas como, por exemplo, na ênfase dada a teorias e práticas espiritualistas baseadas na Física Quântica”. Esse receio, que decorre da ignorância sobre o que é Ciência e como ela se desenvolve, abriu uma brecha no movimento espírita: a possibilidade de se introduzir novas práticas usando termos e conceitos desconhecidos dos espíritas. Como consequência, erros graves podem ocorrer como no exemplo da proposta de atualização da resposta dada pelos Espíritos à questão número 34 de O Livro dos Espíritos [6] que, segundo alguns, estaria errada do ponto de vista da Física e da Química. Porém, o erro desta crítica estava na falta de conhecimento da Física que permite justamente demonstrar que a resposta dos Espíritos à questão 34 do L.E. está completamente correta (ver artigo da ref. [7]). (*)
Se “Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade” (Kardec, item 7 do Cap. XIX de O Evangelho segundo o Espiritismo [3]), como encarar críticas ao Espiritismo e propostas espiritualistas que usam conceitos da Ciência se poucos têm condições de avaliá-los? Como encarar a razão dos que dizem que o Espiritismo está ultrapassado? Essas são questões importantes e é oportuno observar que tanto no passado, quanto no presente, a espiritualidade tem demonstrado preocupação com alterações ou inovações indevidas no Espiritismo:
“A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces em que se nos levanta a organização.” (“Unificação”, mensagem de Bezerra de Menezes recebida por D. P. Franco em 20-04-1963 [8]. Grifos em negrito nossos).
Pode o Espiritismo ser considerado uma revelação?
“A programação que estabelecestes para este quinquênio é bem significativa, porque verteu do Alto, onde se encontrava elaborada, e vós vestistes-a com as considerações hábeis e aplicáveis a esta atualidade. Este é o grande momento, filhos da alma. Não tergiverseis, deixando-vos seduzir pelo canto das sereias da ilusão. Fidelidade à doutrina é o que se nos impõe, celebrando os cento e cinquenta anos da obra básica da Codificação Espírita. Não permitais que adições esdrúxulas sejam colocadas em forma de apêndices que desviem os menos esclarecidos dos objetivos essenciais da doutrina. (...) Sede fiéis, permanecendo profundamente vinculados ao espírito do Espiritismo como o recebestes dos imortais através do preclaro Codificador.” (“O Meio-Dia da Nova Era”, mensagem de Bezerra de Menezes recebida por D. P. Franco em 12-04-2007 [9]. Grifos em negrito nossos).
“Esses tempos atuais chamam-nos à fidelidade aos projetos do Espírito de Verdade, para que estejamos atentos a fim de que não abandonemos o trabalho genuinamente espiritista, passando a ocupar valioso tempo com palavrórios e disputas, situações e questões que, declaradamente, nada tenham a ver com a nossa Causa, por não serem da alçada do Espiritismo.” (“Definição e trabalho em tempos difíceis”, mensagem de Camilo recebida por Raul Teixeira em 11-11-2005 [10]. Grifos em negrito nossos).
Conforta-nos saber que Kardec não se esqueceu de analisar a importante questão da validade da Doutrina Espírita. No item 1 do Cap. 1 de A Gênese[4], Kardec lista questões fundamentais para o fortalecimento da fé espírita: “Pode o Espiritismo ser considerado uma revelação?”, “Neste caso, qual o seu caráter?”, “Em que se funda sua autenticidade?”, “A quem e de que maneira foi ela feita?”, e outras. Essas questões demonstram o cuidado de Kardec em munir o espírita de razões sólidas para assegurar a integridade do Espiritismo e orientar a condução do seu aspecto progressivo. Se não soubermos qual o caráter do Espiritismo, seus valores, suas bases, e os critérios utilizados na codificação, dificilmente saberemos nos posicionar perante as novidades que se apresentam na atualidade.
O Espiritismo é a única doutrina que possui duplo caráter
O leitor encontrará em A Gênese [4] as respostas de Kardec a essas questões. Aqui, desejamos apenas destacar um detalhe muito importante que nos permite responder à pergunta título deste artigo: “Estaria o Espiritismo ultrapassado? ... Ou muito na frente?” Esse detalhe irá certamente contribuir para a nossa segurança em preservar a Doutrina Espírita conforme nos pedem Bezerra e Camilo. Mostraremos ao leitor que o Espiritismo, na verdade, como revelação, está à frente dos avanços de nosso tempo e não ultrapassado, como alguns acreditam.
Este detalhe, como já ressaltado em artigos anteriores [11,12], consiste da constatação de que o Espiritismo é a única doutrina ou teoria do conhecimento humano que possui duplo caráter de uma revelação! O “duplo” significa “dois tipos” possíveis: o caráter divino e o caráter científico de uma revelação. A codificação do Espiritismo ocorreu através de ambos, e o leitor é remetido ao item 13 de A Gênese [4] para verificar a explicação de Kardec.
O caráter divino da revelação espírita decorre do fato de os conceitos fundamentais do Espiritismo serem oriundos da revelação dos Espíritos. O caráter científico decorre do fato de que, como meio de elaboração (Kardec, item 14 de [4]), “o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental”.
Como, em pleno século 21, não há doutrina ou teoria sequer que tenha o duplo caráter de uma revelação, podemos concluir que o Espiritismo é uma doutrina inédita e ao mesmo tempo única na história da humanidade! As teorias científicas e filosóficas possuem apenas o caráter científico de uma revelação, enquanto que todas as obras de natureza mediúnica possuem apenas o caráter divino de uma revelação.
Isso também nos leva a concluir com segurança que por mais que se reconheça o valor moral, literário e científico das obras psicografadas por médiuns exemplares como Francisco C. Xavier, Divaldo P. Franco, José Raul Teixeira, e muitos outros, essas obras não podem formar uma doutrina com o mesmo valor e caráter de revelação que o Espiritismo possui. Isso porque são elas apenas revelações de caráter divino.
Como o progresso do Espiritismo deverá processar-se?
O fato de algumas obras possuírem conteúdos científicos não é razão para considerarmo-las como tendo caráter científico de uma revelação, pois que esse caráter decorre da metodologia de pesquisa e descobrimento das novas ideias e não do tipo de novas ideias.
Assim, o Espiritismo, mesmo tendo sido codificado há século e meio atrás, demonstra estar, na verdade, ainda na frente de todas essas doutrinas, teorias e propostas espiritualistas, tanto de encarnados quanto desencarnados. Mesmo as doutrinas que se baseiam em conceitos considerados modernos não estão à frente do Espiritismo, por lhes faltarem desenvolvimento em um dos dois tipos de caráter. E, é importante dizer, essa característica única do Espiritismo não significa que ele não irá progredir. Porém, o progresso do Espiritismo deverá ocorrer respeitando-se o duplo caráter de uma revelação, isto é, deverá ocorrer através do estudo e da pesquisa sérias, aliado ao apoio da espiritualidade através do consenso universal. Portanto, não será meramente aceitando conceitos que não sabemos avaliar, mas queparecem modernos, que devemos incentivar alterações ou inserções no Espiritismo; não será nem com mensagens que aparentam elevação, nem com comparações superficiais com conceitos da Ciência, que novas práticas espiritualistas devem ser aceitas no movimento espírita. Quando não tivermos conhecimento bastante para avaliar uma novidade, seja ela proposta por encarnado ou por desencarnado, devemos seguir a recomendação de Erasto (item 230 de O Livro dos Médiuns [13]): “É melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.”
Percebemos, agora, o alcance e a sabedoria dessas palavras na defesa do movimento espírita e do Espiritismo. Não foi à toa que o Espírito de Verdade nos orientou a estudar com mais profundidade o Espiritismo.
Nota:
(*) A questão 34 d´O Livro dos Espíritos diz o seguinte:
34. As moléculas têm forma determinada? “Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.”
a) — Essa forma é constante ou variável? “Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do que aglomerações das primeiras. Porque, o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.”
Referências:
[1] http://oglobo.globo.com/infograficos/censo-religiao/ acessado em 5 de Julho de 2012.
[2] http://estadaodados.com/html/religiao/ acessado em 5 de Julho de 2012.
[3] A. Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Editora FEB, 112ª Edição, Rio de Janeiro (1996).
[4] A. Kardec, A Gênese, FEB, 34ª Edição, Rio de Janeiro, (1991).
[5] A. F. da Fonseca, “O “Medo” da Ciência e a Atualização do Espiritismo: Parte I”, Reformador Julho, p. 18 (2011).
[6] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, 1ª Edição, Rio de Janeiro (2006).
[7] A. F. da Fonseca, “A Física Quântica e as questões 34 e 34-a de O Livro dos Espíritos”, Reformador Dezembro, p. 14 (2008).
[8] D. P. Franco, pelo Espírito Bezerra de Menezes, “Unificação”, mensagem recebida em 20-04-1963 em Uberaba e publicada em Reformador Dezembro (1975).
[9] D. P. Franco, pelo Espírito Bezerra de Menezes, “O Meio-Dia da Nova Era”, mensagem recebida em 12-04-2007 em Brasília e publicada em Reformador Junho (2007).
[10] J. R. Teixeira, pelo Espírito Camilo, “Definição e trabalho em tempos difíceis”, mensagem recebida em 11-11-2005 em Brasília e publicada em Reformador Janeiro (2006).
[11] A. F. da Fonseca, “A Revelação Espírita”, Reformador Abril, p. 36 (2011).
[12] A. F. da Fonseca, “Espiritismo: único conhecimento humano que tem o duplo caráter de uma Revelação!” O Consolador 209 (2011). Link para o artigo: http://www.oconsolador.com.br/ano5/209/alexandre_fonseca.html acessado em 1º de Julho de 2012.
[13] A. Kardec, O Livro dos Médiuns, Ed. FEB, 1ª Edição, Rio de Janeiro (2008).
Alexandre Fontes da Fonseca é professor de Física na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", em Bauru-SP.
Assinar:
Postagens (Atom)