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sexta-feira, 7 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Alexandre Fontes da Fonseca |
Estaria o Espiritismo ultrapassado?... Ou
muito na frente? |
Nos últimos anos, o número de espíritas cresceu a uma taxa pouco acima da do crescimento da população brasileira, conforme apontam pesquisas recentes do IBGE [1,2]. Essa notícia, sem dúvida, demonstra o bom andamento das atividades de divulgação do Espiritismo, e estimula a continuidade e aprimoramento das mesmas.
Certamente, os avanços da tecnologia de armazenamento e divulgação de informação contribuíram para esse crescimento, o que nos mostra a responsabilidade que temos em nos instruirmos conforme orientação do Espírito de Verdade (item V do Cap. VI de O Evangelho segundo o Espiritismo[3]).
Entretanto, o mesmo progresso que facilita o acesso às obras e aos estudos espíritas também tem permitido o acesso a informações e estudos de teor moral e intelectual questionáveis e inseguros. No caso do movimento espírita, a facilidade de divulgar ideias e doutrinas espiritualistas próprias, e a de acessá-las, têm levado algumas pessoas a questionar o Espiritismo, propondo ao movimento espírita a adoção de práticas espiritualistas diferentes e alternativas em nome da modernidade. Em alguns casos, o próprio conhecimento científico tem sido invocado como razão suficiente para propor desde inovações na prática mediúnica até alterações na própria Doutrina Espírita, sob alegações de que seus conceitos estariam ultrapassados.
Alguns dizem que por causa do comentário de Kardec (item 55 de A Gênese[4]) de que “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”, tais novidades deveriam ser aceitas sem questionamento pois que afinal são “verdades novas que se revelam”. Porém, o que está de fato acontecendo é que muitos companheiros espíritas, seduzidos por um discurso de atualidade de doutrinas e práticas alternativas e, principalmente, por não terem conhecimento profundo de teorias modernas da Ciência para avaliar essas mesmas doutrinas, estão cedendo ao apelo de se questionar a validade do Espiritismo na descrição da realidade espiritual.
O receio que decorre da ignorância sobre o que é Ciência
Como analisado por nós anteriormente [5], “o receio de a Ciência encontrar erros no Espiritismo se reflete na preocupação exagerada em vê-lo confirmado por ela ou relacionado às novidades científicas como, por exemplo, na ênfase dada a teorias e práticas espiritualistas baseadas na Física Quântica”. Esse receio, que decorre da ignorância sobre o que é Ciência e como ela se desenvolve, abriu uma brecha no movimento espírita: a possibilidade de se introduzir novas práticas usando termos e conceitos desconhecidos dos espíritas. Como consequência, erros graves podem ocorrer como no exemplo da proposta de atualização da resposta dada pelos Espíritos à questão número 34 de O Livro dos Espíritos [6] que, segundo alguns, estaria errada do ponto de vista da Física e da Química. Porém, o erro desta crítica estava na falta de conhecimento da Física que permite justamente demonstrar que a resposta dos Espíritos à questão 34 do L.E. está completamente correta (ver artigo da ref. [7]). (*)
Se “Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade” (Kardec, item 7 do Cap. XIX de O Evangelho segundo o Espiritismo [3]), como encarar críticas ao Espiritismo e propostas espiritualistas que usam conceitos da Ciência se poucos têm condições de avaliá-los? Como encarar a razão dos que dizem que o Espiritismo está ultrapassado? Essas são questões importantes e é oportuno observar que tanto no passado, quanto no presente, a espiritualidade tem demonstrado preocupação com alterações ou inovações indevidas no Espiritismo:
“A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces em que se nos levanta a organização.” (“Unificação”, mensagem de Bezerra de Menezes recebida por D. P. Franco em 20-04-1963 [8]. Grifos em negrito nossos).
Pode o Espiritismo ser considerado uma revelação?
“A programação que estabelecestes para este quinquênio é bem significativa, porque verteu do Alto, onde se encontrava elaborada, e vós vestistes-a com as considerações hábeis e aplicáveis a esta atualidade. Este é o grande momento, filhos da alma. Não tergiverseis, deixando-vos seduzir pelo canto das sereias da ilusão. Fidelidade à doutrina é o que se nos impõe, celebrando os cento e cinquenta anos da obra básica da Codificação Espírita. Não permitais que adições esdrúxulas sejam colocadas em forma de apêndices que desviem os menos esclarecidos dos objetivos essenciais da doutrina. (...) Sede fiéis, permanecendo profundamente vinculados ao espírito do Espiritismo como o recebestes dos imortais através do preclaro Codificador.” (“O Meio-Dia da Nova Era”, mensagem de Bezerra de Menezes recebida por D. P. Franco em 12-04-2007 [9]. Grifos em negrito nossos).
“Esses tempos atuais chamam-nos à fidelidade aos projetos do Espírito de Verdade, para que estejamos atentos a fim de que não abandonemos o trabalho genuinamente espiritista, passando a ocupar valioso tempo com palavrórios e disputas, situações e questões que, declaradamente, nada tenham a ver com a nossa Causa, por não serem da alçada do Espiritismo.” (“Definição e trabalho em tempos difíceis”, mensagem de Camilo recebida por Raul Teixeira em 11-11-2005 [10]. Grifos em negrito nossos).
Conforta-nos saber que Kardec não se esqueceu de analisar a importante questão da validade da Doutrina Espírita. No item 1 do Cap. 1 de A Gênese[4], Kardec lista questões fundamentais para o fortalecimento da fé espírita: “Pode o Espiritismo ser considerado uma revelação?”, “Neste caso, qual o seu caráter?”, “Em que se funda sua autenticidade?”, “A quem e de que maneira foi ela feita?”, e outras. Essas questões demonstram o cuidado de Kardec em munir o espírita de razões sólidas para assegurar a integridade do Espiritismo e orientar a condução do seu aspecto progressivo. Se não soubermos qual o caráter do Espiritismo, seus valores, suas bases, e os critérios utilizados na codificação, dificilmente saberemos nos posicionar perante as novidades que se apresentam na atualidade.
O Espiritismo é a única doutrina que possui duplo caráter
O leitor encontrará em A Gênese [4] as respostas de Kardec a essas questões. Aqui, desejamos apenas destacar um detalhe muito importante que nos permite responder à pergunta título deste artigo: “Estaria o Espiritismo ultrapassado? ... Ou muito na frente?” Esse detalhe irá certamente contribuir para a nossa segurança em preservar a Doutrina Espírita conforme nos pedem Bezerra e Camilo. Mostraremos ao leitor que o Espiritismo, na verdade, como revelação, está à frente dos avanços de nosso tempo e não ultrapassado, como alguns acreditam.
Este detalhe, como já ressaltado em artigos anteriores [11,12], consiste da constatação de que o Espiritismo é a única doutrina ou teoria do conhecimento humano que possui duplo caráter de uma revelação! O “duplo” significa “dois tipos” possíveis: o caráter divino e o caráter científico de uma revelação. A codificação do Espiritismo ocorreu através de ambos, e o leitor é remetido ao item 13 de A Gênese [4] para verificar a explicação de Kardec.
O caráter divino da revelação espírita decorre do fato de os conceitos fundamentais do Espiritismo serem oriundos da revelação dos Espíritos. O caráter científico decorre do fato de que, como meio de elaboração (Kardec, item 14 de [4]), “o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental”.
Como, em pleno século 21, não há doutrina ou teoria sequer que tenha o duplo caráter de uma revelação, podemos concluir que o Espiritismo é uma doutrina inédita e ao mesmo tempo única na história da humanidade! As teorias científicas e filosóficas possuem apenas o caráter científico de uma revelação, enquanto que todas as obras de natureza mediúnica possuem apenas o caráter divino de uma revelação.
Isso também nos leva a concluir com segurança que por mais que se reconheça o valor moral, literário e científico das obras psicografadas por médiuns exemplares como Francisco C. Xavier, Divaldo P. Franco, José Raul Teixeira, e muitos outros, essas obras não podem formar uma doutrina com o mesmo valor e caráter de revelação que o Espiritismo possui. Isso porque são elas apenas revelações de caráter divino.
Como o progresso do Espiritismo deverá processar-se?
O fato de algumas obras possuírem conteúdos científicos não é razão para considerarmo-las como tendo caráter científico de uma revelação, pois que esse caráter decorre da metodologia de pesquisa e descobrimento das novas ideias e não do tipo de novas ideias.
Assim, o Espiritismo, mesmo tendo sido codificado há século e meio atrás, demonstra estar, na verdade, ainda na frente de todas essas doutrinas, teorias e propostas espiritualistas, tanto de encarnados quanto desencarnados. Mesmo as doutrinas que se baseiam em conceitos considerados modernos não estão à frente do Espiritismo, por lhes faltarem desenvolvimento em um dos dois tipos de caráter. E, é importante dizer, essa característica única do Espiritismo não significa que ele não irá progredir. Porém, o progresso do Espiritismo deverá ocorrer respeitando-se o duplo caráter de uma revelação, isto é, deverá ocorrer através do estudo e da pesquisa sérias, aliado ao apoio da espiritualidade através do consenso universal. Portanto, não será meramente aceitando conceitos que não sabemos avaliar, mas queparecem modernos, que devemos incentivar alterações ou inserções no Espiritismo; não será nem com mensagens que aparentam elevação, nem com comparações superficiais com conceitos da Ciência, que novas práticas espiritualistas devem ser aceitas no movimento espírita. Quando não tivermos conhecimento bastante para avaliar uma novidade, seja ela proposta por encarnado ou por desencarnado, devemos seguir a recomendação de Erasto (item 230 de O Livro dos Médiuns [13]): “É melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.”
Percebemos, agora, o alcance e a sabedoria dessas palavras na defesa do movimento espírita e do Espiritismo. Não foi à toa que o Espírito de Verdade nos orientou a estudar com mais profundidade o Espiritismo.
Nota:
(*) A questão 34 d´O Livro dos Espíritos diz o seguinte:
34. As moléculas têm forma determinada? “Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.”
a) — Essa forma é constante ou variável? “Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do que aglomerações das primeiras. Porque, o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.”
Referências:
[1] http://oglobo.globo.com/infograficos/censo-religiao/ acessado em 5 de Julho de 2012.
[2] http://estadaodados.com/html/religiao/ acessado em 5 de Julho de 2012.
[3] A. Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Editora FEB, 112ª Edição, Rio de Janeiro (1996).
[4] A. Kardec, A Gênese, FEB, 34ª Edição, Rio de Janeiro, (1991).
[5] A. F. da Fonseca, “O “Medo” da Ciência e a Atualização do Espiritismo: Parte I”, Reformador Julho, p. 18 (2011).
[6] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, 1ª Edição, Rio de Janeiro (2006).
[7] A. F. da Fonseca, “A Física Quântica e as questões 34 e 34-a de O Livro dos Espíritos”, Reformador Dezembro, p. 14 (2008).
[8] D. P. Franco, pelo Espírito Bezerra de Menezes, “Unificação”, mensagem recebida em 20-04-1963 em Uberaba e publicada em Reformador Dezembro (1975).
[9] D. P. Franco, pelo Espírito Bezerra de Menezes, “O Meio-Dia da Nova Era”, mensagem recebida em 12-04-2007 em Brasília e publicada em Reformador Junho (2007).
[10] J. R. Teixeira, pelo Espírito Camilo, “Definição e trabalho em tempos difíceis”, mensagem recebida em 11-11-2005 em Brasília e publicada em Reformador Janeiro (2006).
[11] A. F. da Fonseca, “A Revelação Espírita”, Reformador Abril, p. 36 (2011).
[12] A. F. da Fonseca, “Espiritismo: único conhecimento humano que tem o duplo caráter de uma Revelação!” O Consolador 209 (2011). Link para o artigo: http://www.oconsolador.com.br/ano5/209/alexandre_fonseca.html acessado em 1º de Julho de 2012.
[13] A. Kardec, O Livro dos Médiuns, Ed. FEB, 1ª Edição, Rio de Janeiro (2008).
Alexandre Fontes da Fonseca é professor de Física na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", em Bauru-SP.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
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terça-feira, 28 de agosto de 2012
ALMAS ENAMORADAS
Geralmente, é na juventude do corpo que temos
despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos
sonhos. Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e
ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a
fim de não sermos rejeitados.
Então, tudo
começa. O namoro é o doce encantamento.
Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.
Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.
Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.
Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...
O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.
Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.
Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.
Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.
Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...
O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.
* *
*
Se a pessoa
com quem nos casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a
escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa
que precisamos conviver para aparar arestas.
Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
E se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.
Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
E se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.
* *
*
Os
casamentos são programados antes do berço.
Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.
Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.
Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.
Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.
Redação do Momento
Espírita
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
SALVAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO
FORA DA IGREJA
NÃO HÁ SALVAÇÃO?
Se a máxima fosse “Fora da igreja não há salvação”, cada religião “puxaria sardinha para sua brasa”, haveria muito mais orgulho e briga do que já tem. Se a salvação fosse através de uma determinada religião, Deus seria injusto com aqueles que fazem ou fizeram Sua vontade, mas são de religiões diferentes como Madre Teresa, Chico Xavier, Buda, Gandhi, etc. Afinal, muitos dizem “Senhor, Senhor...", mas não fazem a sua vontade.
A SALVAÇÃO É INDIVIDUAL?
Sim. “Deus retribuirá a cada um segundo suas obras” (Rom. 2:6), “cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Rom. 14:12). Portanto, não será por religião, será pelas nossas obras, baseadas no amor ao próximo, como fez o samaritano da parábola que socorreu um homem que estava todo machucado (porque havia sido assaltado), sem perguntar se ele era um judeu que eles (samaritanos) tanto odiavam. Sendo que, havia passado pelo homem ferido um sacerdote e logo após um levita (ambos trabalhadores do templo e conhecedores da Lei), que apenas olharam e passaram reto. Aqui confirmamos que não é por igreja a salvação, não basta conhecer as leis divinas ou freqüentar uma casa religiosa, tem que colocar em prática.
PARA SER SALVO BASTA ACEITAR JESUS?
Não. Lembremos de Zaqueu. Ele aceitou Jesus, mas somente quando declarou que iria modificar sua atitude Jesus disse que ele estava salvo. Muitos chegam à religião, submetem-se aos rituais, cultos, dogmas, etc, mas não se transformam, não buscam saber o que Deus ou Jesus esperam delas. Fora do templo religioso tornam-se tiranos, corruptos, desonestos, infiéis, exploradores, etc. Esquecem ou não buscam aprender que, “a fé sem obras (úteis) é morta”, ou seja, acreditar ou aceitar e não praticar o que Eles pedem não terá valor.
O SANGUE DE JESUS NOS REDIME (SALVA)?
Não. Jesus Cristo é o nosso Redentor, no sentido de que Ele foi o Enviado do Pai para nos trazer a mensagem do Evangelho. Mas, se fosse o sangue de Jesus que nos remisse (salvasse), não precisaríamos fazer nada. Poderíamos nos esbaldar! E o próprio Jesus disse: Se “Ninguém deixará de pagar até o último centavo”. fosse, pois, o sangue Dele que nos redimisse, não teríamos que pagar nem o primeiro nem o último centavo do preço de nossas faltas! E esse ensino do Mestre nos deixa claro, também, que pago o último centavo, estaremos quites com a Justiça Divina, não tendo nós que pagar mais nada, porquanto, a justiça divina é perfeita. E isso derruba por completo as chamadas penas eternas.
Se a máxima fosse “Fora da igreja não há salvação”, cada religião “puxaria sardinha para sua brasa”, haveria muito mais orgulho e briga do que já tem. Se a salvação fosse através de uma determinada religião, Deus seria injusto com aqueles que fazem ou fizeram Sua vontade, mas são de religiões diferentes como Madre Teresa, Chico Xavier, Buda, Gandhi, etc. Afinal, muitos dizem “Senhor, Senhor...", mas não fazem a sua vontade.
A SALVAÇÃO É INDIVIDUAL?
Sim. “Deus retribuirá a cada um segundo suas obras” (Rom. 2:6), “cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Rom. 14:12). Portanto, não será por religião, será pelas nossas obras, baseadas no amor ao próximo, como fez o samaritano da parábola que socorreu um homem que estava todo machucado (porque havia sido assaltado), sem perguntar se ele era um judeu que eles (samaritanos) tanto odiavam. Sendo que, havia passado pelo homem ferido um sacerdote e logo após um levita (ambos trabalhadores do templo e conhecedores da Lei), que apenas olharam e passaram reto. Aqui confirmamos que não é por igreja a salvação, não basta conhecer as leis divinas ou freqüentar uma casa religiosa, tem que colocar em prática.
PARA SER SALVO BASTA ACEITAR JESUS?
Não. Lembremos de Zaqueu. Ele aceitou Jesus, mas somente quando declarou que iria modificar sua atitude Jesus disse que ele estava salvo. Muitos chegam à religião, submetem-se aos rituais, cultos, dogmas, etc, mas não se transformam, não buscam saber o que Deus ou Jesus esperam delas. Fora do templo religioso tornam-se tiranos, corruptos, desonestos, infiéis, exploradores, etc. Esquecem ou não buscam aprender que, “a fé sem obras (úteis) é morta”, ou seja, acreditar ou aceitar e não praticar o que Eles pedem não terá valor.
O SANGUE DE JESUS NOS REDIME (SALVA)?
Não. Jesus Cristo é o nosso Redentor, no sentido de que Ele foi o Enviado do Pai para nos trazer a mensagem do Evangelho. Mas, se fosse o sangue de Jesus que nos remisse (salvasse), não precisaríamos fazer nada. Poderíamos nos esbaldar! E o próprio Jesus disse: Se “Ninguém deixará de pagar até o último centavo”. fosse, pois, o sangue Dele que nos redimisse, não teríamos que pagar nem o primeiro nem o último centavo do preço de nossas faltas! E esse ensino do Mestre nos deixa claro, também, que pago o último centavo, estaremos quites com a Justiça Divina, não tendo nós que pagar mais nada, porquanto, a justiça divina é perfeita. E isso derruba por completo as chamadas penas eternas.
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ
SALVAÇÃO?
Sim. Mas, primeiro precisamos aprender o significado da palavra caridade. Caridade não é somente dar esmolas. Caridade é “fazer ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse”, ou seja, não enganar, não roubar, não adulterar, não desrespeitar, não ser violento, é matar a fome de alguém, é vestir alguém, é calçar alguém, é evangelizar alguém, é retirar alguém do vício, é não julgar, é levar uma palavra de consolo, é um sorriso sincero, é um abraço afetuoso, é cuidar do idoso, dos animais, da Natureza, do planeta, enfim, é respeitar e cuidar de tudo o que Deus criou, inclusive nós mesmos que também somos criação Dele.
Como disse Emmanuel “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é libertação de compromisso; é regularização de débitos. E, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não seremos salvos do resgate das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade.
Quando fizermos da caridade a nossa lei, e da solidariedade nossa norma de conduta, nos converteremos em agentes do Bem na Terra, a mesma luz que acendermos para os outros purificará a nossa alma. Em I Pedro, 4:8 diz: “O amor cobre a multidão dos pecados”, quer dizer que todo o Bem que estendermos ao próximo diminuiremos a multidão de erros que cometemos no passado e no presente. Só assim estaremos salvos, livres de resgates, muitas vezes dolorosos, aflitivos através das reencarnações. Reencarnaremos quantas vezes for preciso até que paguemos o último centavo de nossos débitos com a lei divina.
Por isso
a bandeira do Espiritismo é FORA DA CARIDADE NÃO
HÁ SALVAÇÃO. Sim. Mas, primeiro precisamos aprender o significado da palavra caridade. Caridade não é somente dar esmolas. Caridade é “fazer ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse”, ou seja, não enganar, não roubar, não adulterar, não desrespeitar, não ser violento, é matar a fome de alguém, é vestir alguém, é calçar alguém, é evangelizar alguém, é retirar alguém do vício, é não julgar, é levar uma palavra de consolo, é um sorriso sincero, é um abraço afetuoso, é cuidar do idoso, dos animais, da Natureza, do planeta, enfim, é respeitar e cuidar de tudo o que Deus criou, inclusive nós mesmos que também somos criação Dele.
Como disse Emmanuel “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é libertação de compromisso; é regularização de débitos. E, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não seremos salvos do resgate das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade.
Quando fizermos da caridade a nossa lei, e da solidariedade nossa norma de conduta, nos converteremos em agentes do Bem na Terra, a mesma luz que acendermos para os outros purificará a nossa alma. Em I Pedro, 4:8 diz: “O amor cobre a multidão dos pecados”, quer dizer que todo o Bem que estendermos ao próximo diminuiremos a multidão de erros que cometemos no passado e no presente. Só assim estaremos salvos, livres de resgates, muitas vezes dolorosos, aflitivos através das reencarnações. Reencarnaremos quantas vezes for preciso até que paguemos o último centavo de nossos débitos com a lei divina.
OBSERVAÇÃO: Numa entrevista feita pela TV
gaúcha, uma pessoa, perguntou para o médium espírita Divaldo P. Franco: “Porque, sendo espírita, sofro tanto a muito
tempo?” E Divaldo respondeu que o Espiritismo não nos torna salvos da
dor. A função do Espiritismo é a de nos fortalecer para a dor e não a de nos
libertar dela sem o necessário mérito do sofrimento; a função do Espiritismo é
nos dar uma visão ampla da vida, nos oferecendo recursos para superarmos as
limitações. E acrescentou, que graças a Deus, ela sendo espírita, estava
sofrendo, porque é sempre bem-aventurado aquele que resgata perante os Bancos da
Misericórdia Divina. Porque a dor, ao invés de ser punição, é benção, é crédito
perante a vida.
Portanto, como vemos, até entre nós espíritas, que temos o esclarecimento espiritual da lei de causa e efeito, há pessoas que querem ter o privilégio de se “salvar”, ou seja, de escapar do sofrimento, causado por nós mesmos quando transgredimos as leis divinas, só porque somos dessa ou daquela religião. Isso só acontece, porque nosso orgulho nos faz achar que somos melhores do que os outros, e principalmente por não buscarmos o conhecimento, ou esclarecimento da Doutrina dos Espíritos.
Portanto, como vemos, até entre nós espíritas, que temos o esclarecimento espiritual da lei de causa e efeito, há pessoas que querem ter o privilégio de se “salvar”, ou seja, de escapar do sofrimento, causado por nós mesmos quando transgredimos as leis divinas, só porque somos dessa ou daquela religião. Isso só acontece, porque nosso orgulho nos faz achar que somos melhores do que os outros, e principalmente por não buscarmos o conhecimento, ou esclarecimento da Doutrina dos Espíritos.
Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN
KARDEC
terça-feira, 21 de agosto de 2012
CONFLITOS
FAMILIARES
- Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado, meu Deus, para merecer esse "trem"?
- Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Agüento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!
Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.
Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado. Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.
Importante considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredir e magoarmos uns aos outros.
É incrível, mas somos ainda tão duros de coração, como dizia Jesus, que não conseguimos conviver pacificamente. Reunamos duas ou mais pessoas numa atividade qualquer e mais cedo ou mais tarde surgirão desentendimentos e desarmonia. Isso ocorre principalmente no lar, onde não há o verniz social e damos livre curso ao que somos, exercitando o mais conturbador de todos os sentimentos, que é a agressividade.
Neste particular, o estilete mais pontiagudo, de efeito devastador, é o palavrão. Pronunciado sempre com entonação negativa, de desprezo, deboche ou cólera, é qual raio fulminante. Se o familiar agredido responde no mesmo diapasão, o que geralmente acontece, "explode" o ambiente, favorecendo a infiltração de forças das sombras. A partir daí tudo pode acontecer: gritos, troca de insultos, graves ofensas e até agressões físicas, sucedidos, invariavelmente, por estados depressivos que desembocam, geralmente, em males físicos e psíquicos.
Se desejamos melhorar o ambiente doméstico, em favor da harmonização, o primeiro passo é inverter o processo de cobrança.
Normalmente os membros de uma casa esperam demais dos outros, reclamando atenção, respeito, compreensão, tolerância . . . A moral cristã ensina que devemos cobrar tudo isso sim, e muito mais, mas de nós mesmos, porquanto nossa harmonia íntima depende não do que recebemos, mas do que damos. E, melhorando-nos, fatalmente estimularemos os familiares a fazer o mesmo.
Todos aprendendo pelo exemplo, até o amor. Está demonstrado que crianças carentes de afeto tem muita dificuldade para amar. Será que estamos dando amor aos familiares?
Não é fácil fazê-lo porque somos Espíritos muito imperfeitos. Mas foi para nos ajudar que Jesus esteve entre nós, ensinando-nos como conviver harmoniosamente com o semelhante, exercitando valores de humildade e sacrifício, marcados indelevelmente pela manjedoura e pela cruz.• exerça severa vigilância sobre o que fala. Geralmente as desavenças no lar tem origem no destempero verbal;
• diante de familiares difíceis, não diga: "É minha cruz!" O único peso que carregamos, capaz de esmagar a alegria e o bom-ânimo, é o de nossa milenar rebeldia ante os sábios planos de Deus;
• elogie as virtudes do familiar, ainda que incipientes, e jamais critique seus defeitos. Como plantinhas tenras, tanto uns como outros crescem na proporção em que os alimentamos;
• evite, no lar, hábitos e atitudes não compatíveis com as normas de civilidade vigentes na vida social sem respeito pelos companheiros de jornada evolutiva fica difícil sustentar a harmonia doméstica;
• cultive o diálogo. Diz André Luiz que quando os companheiros de um lar perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa a família.
Um dos mais graves problemas humanos está na
dificuldade de convivência no lar. Pessoas que enfrentam desajustes físicos e
psíquicos tem, não raro, uma história de incompatibilidade familiar, marcada por
freqüentes conflitos.
Há quem resolva de forma sumária: o marido que desaparece, a esposa que pede divórcio, o
filho que opta por morar distante.
Alguns espíritas utilizam o
conhecimento doutrinário para curiosas racionalizações:- Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado, meu Deus, para merecer esse "trem"?
- Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Agüento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!
Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.
Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado. Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.
Importante considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredir e magoarmos uns aos outros.
É incrível, mas somos ainda tão duros de coração, como dizia Jesus, que não conseguimos conviver pacificamente. Reunamos duas ou mais pessoas numa atividade qualquer e mais cedo ou mais tarde surgirão desentendimentos e desarmonia. Isso ocorre principalmente no lar, onde não há o verniz social e damos livre curso ao que somos, exercitando o mais conturbador de todos os sentimentos, que é a agressividade.
Neste particular, o estilete mais pontiagudo, de efeito devastador, é o palavrão. Pronunciado sempre com entonação negativa, de desprezo, deboche ou cólera, é qual raio fulminante. Se o familiar agredido responde no mesmo diapasão, o que geralmente acontece, "explode" o ambiente, favorecendo a infiltração de forças das sombras. A partir daí tudo pode acontecer: gritos, troca de insultos, graves ofensas e até agressões físicas, sucedidos, invariavelmente, por estados depressivos que desembocam, geralmente, em males físicos e psíquicos.
Se desejamos melhorar o ambiente doméstico, em favor da harmonização, o primeiro passo é inverter o processo de cobrança.
Normalmente os membros de uma casa esperam demais dos outros, reclamando atenção, respeito, compreensão, tolerância . . . A moral cristã ensina que devemos cobrar tudo isso sim, e muito mais, mas de nós mesmos, porquanto nossa harmonia íntima depende não do que recebemos, mas do que damos. E, melhorando-nos, fatalmente estimularemos os familiares a fazer o mesmo.
Todos aprendendo pelo exemplo, até o amor. Está demonstrado que crianças carentes de afeto tem muita dificuldade para amar. Será que estamos dando amor aos familiares?
Não é fácil fazê-lo porque somos Espíritos muito imperfeitos. Mas foi para nos ajudar que Jesus esteve entre nós, ensinando-nos como conviver harmoniosamente com o semelhante, exercitando valores de humildade e sacrifício, marcados indelevelmente pela manjedoura e pela cruz.• exerça severa vigilância sobre o que fala. Geralmente as desavenças no lar tem origem no destempero verbal;
• diante de familiares difíceis, não diga: "É minha cruz!" O único peso que carregamos, capaz de esmagar a alegria e o bom-ânimo, é o de nossa milenar rebeldia ante os sábios planos de Deus;
• elogie as virtudes do familiar, ainda que incipientes, e jamais critique seus defeitos. Como plantinhas tenras, tanto uns como outros crescem na proporção em que os alimentamos;
• evite, no lar, hábitos e atitudes não compatíveis com as normas de civilidade vigentes na vida social sem respeito pelos companheiros de jornada evolutiva fica difícil sustentar a harmonia doméstica;
• cultive o diálogo. Diz André Luiz que quando os companheiros de um lar perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa a família.
Grupo de Estudos Allan Kardec
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
DESENCARNAÇÃO
TEREZINHA
DE OLIVEIRA
DEFINIÇÃO: Desencarnação é o processo pelo qual o espírito se desprende do
corpo, em virtude da cessação da vida orgânica e, conservando o seu
perispírito, volta à vida espírita.
SEPARAÇÃO DA ALMA DO CORPO: O desprendimento do perispírito em relação ao
corpo:
a)
Opera-se
gradativamente, pois os laços fluídicos que o ligam ao corpo não se
quebram, mas se desatam.
b)
O cérebro é o último ponto a
se desligar.
No
instante da agonia, quando esse desligamento está se processando, o
desencarnante costuma ter uma visão panorâmica, rápida e resumida, mas
viva e fiel, dos pontos principais da existência terrena que está
findando (chegando ao fim).
Logo após a desencarnação, o espírito entra em um estado
de perturbação espiritual. Como estava acostumado às impressões dos órgãos dos
sentidos físicos, fica confuso, como quem desperta de um longo sono e ainda não
se habituou, de novo, ao ambiente onde se encontra. A lucidez das idéias e a
lembrança do passado irão voltando, à medida que se desfaz a influência da
matéria.
O QUE INFLUI NO PROCESSO DE
DESENCARNAÇÃO: O processo todo da
desencarnação e reintegração à vida espírita dependerá:
a) Das circunstâncias da morte do
corpo. Nas mortes por velhice, a
carga vital foi se esgotando pouco a pouco e, por isso, o desligamento tende a
ser natural e fácil e o espírito poderá superar logo a fase de perturbação. Nas
mortes por doença prolongada, o processo
de desligamento também é feito pouco a pouco, com o esgotamento paulatino da
vitalidade orgânica, e o espírito vai se preparando psicologicamente para a
desencarnação e se ambientando com o mundo espiritual que, às vezes, até começa
a entrever, porque percepções estão transcendendo ao corpo. Nas mortes
repentinas ou violentas (acidentes, desastres, assassinatos, suicídios,
etc.) o desatar dos laços que ligam o espírito ao corpo é brusco e o espírito
pode sofrer com isso, e a perturbação tende a ser maior. Em casos excepcionais
(como o de alguns suicidas), o espírito poderá (não é regra geral) sentir-se por
algum tempo, "preso" ao corpo que se decompõe, o que lhe causará dolorosas
impressões.
b)
Do grau de evolução do espírito
desencarnante. De modo geral, quanto mais espiritualizado o desencarnante,
mais facilmente consegue desvencilhar-se do corpo físico já sem vida. Quanto
mais material e sensual, apegada aos sentidos físicos, tiver sido sua
existência, mais difícil e demorado é o desprendimento. Para o espírito
evoluído, a perturbação natural por se sentir desencarnado é menos demorada e
causa menos sofrimento. Quase que imediatamente ele reconhece sua situação,
porque, de certa forma, já vinha se libertando da matéria antes mesmo de cessar
a vida orgânica (vivia mais pelo e para o espírito). Logo retoma a
consciência de si mesmo, percebe o ambiente em que se encontra e vê os espíritos
ao seu redor. Para o espírito pouco evoluído, apegado à matéria, sem cultivo das
suas faculdades espirituais, a perturbação é difícil, demorada, sendo
acompanhada de ansiedade, angústia, e podendo durar dias, meses e até anos. O
conhecimento do Espiritismo ajuda muito o espírito na desencarnação, porque não
desconhecerá o que se está passando e poderá favorecer o processo, sem se
angustiar desnecessariamente e procurando recuperar-se mais rápido
da natural perturbação. Entretanto, a prática do bem e a consciência pura é que
pode assegurar um despertar pacífico no plano espiritual.
A AJUDA ESPIRITUAL: A bondade divina, que sempre prevê e provê o que
precisamos, também não nos falta na desencarnação. Por toda a parte, há Bons
Espíritos que, cumprindo os desígnios divinos, se dedicam à tarefa de auxiliar
na desencarnação os que estão retornando à vida espírita. Alguns amigos e
familiares( desencarnados antes) costumam vir receber e ajudar o desencarnante
na sua passagem para o outro lado da vida, o que lhe dá muita confiança, calma
e, também, alegria pelo reencontro. Todos receberão essa ajuda, normalmente, se
não apresentarem problemas pessoais e comprometimento com espíritos inferiores.
Em caso contrário, o desencarnante às vezes não percebe nem assimila a ajuda ou
é privado dessa assistência, ficando à mercê de espíritos adversários e
inferiores, até que os limites da lei divina imponham um basta à ação destes e o
espírito rogue e possa receber e perceber a ajuda espiritual.
DEPOIS DA MORTE: Após desligar-se do corpo material, o espírito conserva
sua individualidade, continua sendo ele mesmo com seus defeitos e virtudes. Sua
situação, feliz ou não, na vida espírita, será conseqüência da sua existência
terrena e de suas obras. Os bons sentem-se felizes e no convívio de amigos; os
maus sofrem a conseqüência de seus atos; os medianos experimentam as situações
de seu pouco preparo espiritual. Através do perispírito, conserva a aparência da
última encarnação, já que assim se mentaliza. Mais tarde, se o puder e desejar,
a modificará. Depois da fase de transição, poderá estudar, trabalhar e
preparar-se para nova existência, a fim de continuar evoluído.
Grupo de Estudos ALLAN KARDEC
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