sábado, 9 de junho de 2012

O MUNDO VAI ACABAR EM   2012?

O calendário usado pela antiga civilização Maia prevê que algo de muito grave se passará em 21 de dezembro de 2012. Segundo previsão, o acontecimento será tão grave, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Isto não quer dizer que o mundo acabará, quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o mundo.

Como explica Raul Teixeira no livro “Ante o Vigor do Espiritismo”,
 as previsões são os registros capitados pelos profetas (médiuns) que sofriam modificações pelas interpretações que correspondiam a sua cultura, sua maturidade intelectual e/ou experiências religiosas, o que tornava sempre vulnerável a veracidade de tais comunicações. Sem deixarmos de lembrar que os Espíritos Nobres nunca tem o objetivo de amedrontar, de impor, de nos modificar à força, mas, ao contrário, estão sempre dispostos a sugerir, a orientar, a propor sem nada exigir.

O que circula na internet é que haverá um alinhamento dos planetas em nossa galáxia, que perturbará o campo gravitacional da Terra ou uma inversão da rotação da Terra. A publicidade para o filme “2012” contribuiu bastante para o medo sobre a data, assim como muitos ficaram apreensivos na entrada do terceiro milênio.
E a tradição religiosa, em várias outras culturas, também destaca um "juízo final", com a premiação dos bons e o castigo dos maus, em bem-aventuranças ou sofrimentos eternos.
Algumas religiões cristãs anunciam a ressurreição dos mortos e o retorno de Jesus para separar o "joio" do "trigo", os "bodes" das "ovelhas", os bons dos maus, transformando a Terra em paraíso pelos "eleitos".
 Parece filme de horror imaginar corpos decompostos reorganizando-se, reestruturando células e órgãos, com o aproveitamento de átomos que se dispersaram e que, no desdobrar do tempo, formaram incontáveis organismos nos reinos vegetais e animais.
Ainda que isso ocorresse, por mágica divina, haveria uma multidão tão grande de ressuscitados que, literalmente, ocuparia todos os espaços, tornando impossível a vida na Terra, já que o homem surgiu há pelo menos um milhão de anos.
 Essas fantasias, extremamente ingênuas à luz do conhecimento atual, nasceram de interpretações equivocadas, por má fé ou descuido, de textos evangélicos.
O "juízo final" é incompatível com a Justiça, pois nenhum crime, por mais tenebroso, nenhum comportamento, por mais vicioso, nenhuma existência, por mais comprometida com o mal, justifica uma destinação definitiva, um sofrimento sem fim.
 Não há crime que justifique um castigo eterno. Toda sentença deve ser compatível com as necessidades evolutivas de cada um.

ENTÃO, O QUE É O FIM DO MUNDO PARA OS ESPÍRITAS? 
O fim do mundo para os espíritas significa o fim do mundo de provas e expiações e o começo do mundo de regeneração, ou seja, nosso planeta está evoluindo. A peneira que Jesus separará o joio do trigo já está acontecendo após a desencarnação de cada um de nós, no plano espiritual. Lá serão avaliados nossos atos.
Todos aqueles que não vacilam em praticar o mal, com o propósito de atender suas ambições, seus vícios, conscientes dos prejuízos que causam, sem nenhum constrangimento, sem nenhum respeito pela vida humana, “NÃO HERDARÃO A TERRA” como advertiu Jesus, ou seja, não reencarnarão mais na Terra.
Os Espíritos que persistirem no mal (OS JOIOS) encarnarão em planetas inferiores, ONDE HAVERÁ CHORO E RANGER DE DENTES, porque lá enfrentarão limitações e dores que funcionarão como lições que ajudarão na eliminação das falhas morais que ainda fazem parte da sua personalidade, até que aprendam a serem mansos e pacíficos, para que suas atitudes sejam dignas de filhos de Deus.

 EIS ALGUNS EXEMPLOS:
 O seqüestrador que comercializa a vida de suas vítimas; O traficante de drogas que prospera arruinando vidas; O assaltante que não vacila em "apagar" os que se atrevem a esboçar a mais leve reação às suas exigências;
 O explorador de jovens, que lhes impõe o lamentável comércio do sexo; O profissional que assassina friamente seres indefesos no ventre materno, no tenebroso delito do aborto; O terrorista que mata indiscriminadamente, com o propósito de conseguir seus objetivos em bases de intimidação da sociedade, etc.
Por outro lado, o progresso do nosso planeta está acontecendo com a ajuda dos Bons (OS TRIGOS). 
Estes continuarão a reencarnar na Terra, e consequentemente, herdarão um mundo melhor.
Eis alguns exemplos do progresso do planeta: Os espetáculos de gladiadores lutando até a morte; A escravidão foi erradicada;
Os preconceitos raciais são combatidos; A tirania é contestada; A guerra é encarada pelos governos como triste espetáculo de barbárie e subdesenvolvimento; Os povos começam a entender a necessidade de coexistência pacífica; A necessidade de cuidar do planeta; Iniciou-se a conscientização do cuidado com o corpo físico e já estamos eliminando o cigarro de nossos hábitos; a bebida alcoólica começa a ser questionada, o exercício físico, a boa alimentação, etc.; Multidões trabalham diligentemente, cumprindo seus deveres e respeitando as leis.

SE O MUNDO ESTÁ MELHORANDO, POR QUE TANTA VIOLÊNCIA? 
A incidência maior dessas ocorrências decorre da reencarnação de multidões de Espíritos em estágios primários de evolução. São Espíritos ainda dominados por instintos, sem noção razoável do bem e do mal.
Obedecem aos seus impulsos, roubando, matando e lesando ao próximo e a si mesmo sem nenhum constrangimento.
Desconhecem o que seja sentir culpa ou remorso. Estão tendo a oportunidade de escolher ser joio ou trigo.

ENTÃO, A HUMANIDADE NÃO ESTÁ PIOR? 
Fomos criados para evoluir, nunca para retroceder.
 A Humanidade não está pior do que aquela de épocas recuadas.
Ocorre que, com o crescimento demográfico, com a facilidade da Informática, dos meios de comunicação, nós recebemos informações maciças e muito expressivas, que nos dão uma idéia desagregadora do comportamento humano.
 Isto, porque, lamentavelmente, os valores positivos ainda não tem merecido muito destaque nas programações da televisão, das rádios, etc. O bem não causa impacto; infelizmente, a tragédia, sim.
O amor sensibiliza por um pouco, mas o infortúnio deprime por muito tempo. Nunca houve no mundo tanta bondade como hoje. O mal aparente está, somente, numa minoria militante do desequilíbrio.
Uma minoria que faz muito barulho.
Mas, neste século veio uma grande equipe de espíritos missionários para ajudar.

QUANTO TEMPO LEVARÁ PARA OCORRER ESTA TRANSIÇÃO DO PLANETA?
Segundo o médium Divaldo Franco o processo de evolução é muito lento e que, se for nesse milênio a transformação, lembremos que até o dia 31 de dezembro de 2999, ainda estaremos no 3º Milênio.

UMA CURIOSIDADE: 
No auge da Guerra Fria, quando havia grande possibilidade de um conflito atômico envolvendo os Estados Unidos e a União Soviética, uma pessoa apavorada perguntou a Chico Xavier: “VÃO ACABAR COM NOSSO MUNDO!
 O QUE SERÁ DE NÓS?”
Chico, respondeu: “
NÃO SE PREOCUPE, MEU FILHO. DEUS ARRANJARÁ OUTRO RINCÃO (lugar afastado) PRÁ GENTE MORAR.” Chico tinha razão.
 Não podemos esquecer que somos espíritos eternos, ou seja, não morreremos só mudaremos de casa, ou melhor, encarnaremos em outro planeta.
OUTRA CURIOSIDADE: 
Divaldo Franco contou em uma de suas palestras que os espíritos lhe disseram que, Jesus interferiu nesta mesma guerra enviando missionários a Terra, para mudar o rumo catastrófico que estava tomando. Como disse Jesus: “MEU PAI CONTINUA TRABALHANDO ATÉ AGORA, E EU TAMBÉM TRABALHO.”
Como vemos, eles não ficam sentados em tronos de ouro vendo o “planeta pegar fogo”. Deus administra o Universo e Jesus colabora administrando nosso planeta. Não estamos desamparados.

Então, a única preocupação que devemos ter é em viver “bem” hoje.
Porque amanhã prestaremos conta do que fizemos e principalmente do que deixamos de fazer, porquanto o conhecimento que a Doutrina nos oferece é uma convocação clara, objetiva, irrecusável para que participemos do impulso inicial que operará a grande transição terrestre.
 “Muito será exigido daquele a quem muito é dado”(Lucas, 12:47 e 48) – alertou-nos Jesus.


PREVISÕES DO FIM DO MUNDO QUE NÃO ACONTECERAM:
- William Miller noticiou o apocalipse em 1840 que não aconteceu. Os seguidores de Miller fundaram a Igreja Adventista do sétimo dia.
- Joseph Smith, fundador da religião mórmon, nos Estados Unidos, afirmou a líderes da igreja em 1835 que Deus havia dito a ele que Jesus retornaria em 56 anos, o que não ocorreu.
- O fundador da Coalizão Cristã, Pat Robertson, se levantou em 1980 para anunciar o fim. Suas palavras asseguravam que o dia do julgamento seria em 1982. Mais uma previsão falsa.
- Em 1910 o cometa Halley também deixou o mundo em pânico, mas dessa vez a ideia do fim não veio de um religioso e sim de cientistas, que não aconteceu.
- Dez anos depois surge Harold Camping com a sua primeira previsão, seus estudos iniciais apontavam que o arrebatamento aconteceria em 6 de setembro de 1994 de acordo com os mesmos cálculos que o fez sugerir uma nova data, 21 de maio de 2011, sendo assim o único “profeta do apocalipse” que falhou duas vezes.
- Outra importante profecia que datava o fim da humanidade foi a de Nostradamos, seus escritos de mais de 400 anos, afirmavam que “no ano 1999, sétimo mês / Do céu virá o grande rei do terror”.
- Muitos ficaram preocupados com a virada do milênio, e mais uma vez nada aconteceu.
- No século XXI já surgiram muitas outras previsões que fracassaram, mas a mais falada é a que prevê o fim da humanidade para dezembro de 2012, baseada no calendário Maia.



terça-feira, 5 de junho de 2012




FIDEDIGNIDADE KARDEQUIANA

O que caracteriza o homem, habitante da Terra há milhões de anos, é a inteligência de que é dotado. Essa inteligência complementa-se com a vontade e com a liberdade para pensar e agir. Mas o ser humano, com sua inteligência e atributos, tem uma causa, uma geratriz, um Criador, que está fora de si mesmo. Essa causa primeira, a Inteligência Suprema, nos ensinos da Espiritualidade Superior, é o Criador não somente do homem, mas de tudo que existe em todo o Universo.  
Esses ensinos sintéticos, que se encontram na obra básica do Espiritismo, foram complementados por outros para que o homem pudesse formar ideia de si mesmo, de sua origem e de seu destino, do mundo em que vive e do Universo infinito. As noções que a Doutrina dos Espíritos oferece do Criador e da criação - Deus, espírito e matéria - facilitam a compreensão de tudo o que existe, máxime quando esses conhecimentos básicos são complementados pela revelação das leis divinas estabelecidas para o funcionamento de tudo o que foi criado.  
Pelas leis naturais, ou divinas, pode a Humanidade hoje perceber que a Inteligência Suprema não só criou os dois elementos - espírito e matéria -, mas regulou o funcionamento de toda a criação dentro de uma harmonia total, universal. Matéria e espírito estão ligados de tal forma que, regidos por leis perfeitas e imutáveis, podemos, hoje, perceber o sentido da vida na Terra e em outros mundos, numa realidade que se contrapõe ao que as religiões e as escolas filosóficas do passado e do presente têm ensinado.  
A sabedoria dos Espíritos Reveladores procurou não definir Deus 
A Nova Revelação desvenda, assim, os grandes mistérios do passado, com os quais se depararam tanto o homem primitivo das cavernas quanto os sistemas filosóficos e religiosos de todas as épocas. Deus é a causa primária, é o Criador Divino de tudo que existe, mas é também o Legislador que estabeleceu as leis eternas para o funcionamento de toda a sua criação, nos domínios da Natureza e da Vida. A sabedoria dos Espíritos Reveladores procurou não definir Deus, o Criador, para evitar erros e limitações ao Ser perfeito e infinito.  
A linguagem e a inteligência humanas, limitadas, não têm condições de definir o que é infinito e ilimitado. São muito importantes para a Humanidade as Revelações da Espiritualidade Superior formuladas na Codificação Espírita, sob todos os seus aspectos. Mas, no que concerne às noções sobre Deus, o Criador e o Universo, as Revelações assumem excepcional importância, pela diversidade de concepções reinantes nas religiões, nas filosofias e nas ciências, mostrando que Deus não pode ser confundido com sua criação, como no panteísmo oriental; nem é um Deus antropomorfo, como nas concepções religiosas do Ocidente; ou não existe, para o materialismo multifário e o ateísmo dominantes em determinadas ciências e filosofias. 
As condições de vida na Terra foram elaboradas de forma tal que o homem, dispondo de livre-arbítrio, outorgado por seu Criador, chegou às mais variadas conclusões a respeito de si mesmo e de seu Deus, no decorrer dos milênios. Entretanto, em determinado momento da vida planetária, quando a Humanidade já alcançara considerável progresso em conhecimentos científicos sobre a matéria e modificara muitos aspectos da organização social, essa evolução alcançada contrastava com suas concepções sobre seu Criador e sobre as leis divinas que regem tudo no Universo. É nesse momento histórico da Humanidade, em pleno século XIX da Era Cristã, que a Misericórdia Divina, representada pelo Governador Espiritual do Orbe, o Cristo de Deus, vem em socorro dos habitantes deste Planeta, trazendo-lhes os esclarecimentos que se transformaram em luzes iluminando causas e efeitos não percebidos até então. 
A Revelação Espírita vem em socorro de todos os que já se encontram em condições de entender o Poder, a Bondade e a Misericórdia de Deus, suas múltiplas formas de manifestação por todo o Universo, inclusive em nosso mundo de expiações e provas. Essa revelação, como todas as anteriores, está à disposição daqueles que estão em busca de conhecimentos reais, em demanda da coerência e da verdade. Entretanto, as novas revelações não obrigam nem constrangem os negadores ou os céticos a aceitá-las. Elas representam a solidariedade, o amor e a bondade do Alto aos que já fazem jus à ajuda e à compreensão.  

O espírita não teme o progresso das ciências 

O Espiritismo não se apresenta à Humanidade como uma imposição do Superior ao Inferior. Busca, sim, abrir a mente humana ao conhecimento geral sobre a vida, sobre tudo o que existe, suas causas e manifestações. Seus postulados básicos não só explicam e aclaram os grandes problemas defrontados pelo homem como auxiliam o pensamento a evoluir sempre, não se detendo em colocações dogmáticas que cerceiam futuros desdobramentos da realidade e da verdade. É o que ocorreu, após a Codificação formulada pelo missionário Allan Kardec, através de vasta literatura, mediúnica ou não, que se ocupou em desdobrar conceitos, definições e verdades reveladas nas obras básicas, sem lhes alterar a essência, mostrando-nos a continuação da vida nos mundos e esferas espirituais, o funcionamento perfeito das leis divinas, nas mais diferentes situações, e a confirmação da insuperável Mensagem do Cristo, sem as distorções interpretativas das diversas seitas denominadas cristãs.  
Além da segurança que a Doutrina Consoladora e Esclarecedora proporciona ao pensamento lógico e racional de seus seguidores sinceros, a própria Doutrina assegura que qualquer ponto mal-entendido ou equivocado que as ciências e o progresso geral comprovem como tal, ela aceita a verdade comprovada ou o fato novo, antes desconhecido, já que seu compromisso é com a realidade, e esta não lhe afeta a estrutura essencial. Em decorrência desse princípio, o espírita não teme o progresso das ciências, nem se preocupa com o confronto dos princípios de sua Doutrina com os ensinos de outras filosofias e religiões.  
A certeza da continuação da vida, após a morte do corpo físico, o contato com as realidades transcendentes, a percepção de um Deus justo e misericordioso, o conhecimento e a comprovação das vidas sucessivas e a demonstração da presença permanente das leis divinas na Natureza, nos seus diversos reinos e em todos os bilhões de mundos do Universo, dão ao seguidor da Doutrina Espírita uma percepção diferente da vida na Terra, diante das vicissitudes e do futuro, induzindo-o a não se apegar às coisas transitórias do mundo e a valorizar tudo que diz respeito ao ser imortal que ele é - o Espírito. Dilatando a importância da vida, a Doutrina auxilia seu adepto a aceitar os fatos afligentes e as circunstâncias dolorosas, com confiança e resignação. Sabendo que a morte só atinge o corpo, aceita com naturalidade o próprio decesso e o daqueles que o precederam, certo de que o reencontro é questão de tempo. Essas e outras motivações, reais e não ilusórias, influem poderosamente no crescimento espiritual e na renovação moral do ser, dando-lhe uma outra dimensão da vida, em cuja realidade se encontra imerso, para sempre.  
Por isso, considerando que a lei do progresso e da evolução, como norma divina, renova toda a criação, inclusive o mundo ainda atrasado em que vivemos, é lícito que se espere a regeneração deste orbe, com o predomínio dos ensinos do Cristo, em espírito e verdade, e do Consolador por Ele enviado, propiciando a substituição da mentalidade atual, oriunda de um passado de erros, por outra, calcada na realidade e na Verdade... Desde a Antiguidade clássica, na qual os gregos predominaram com suas filosofias na civilização ocidental, o campo dos conhecimentos encontra-se dividido em duas partes: numa prevalece o pensamento materialista, presente em diversas correntes filosóficas; na outra, o pensamento espiritualista embasa as religiões. Filosofias e religiões tradicionais não conseguiram solucionar satisfatoriamente todos os problemas humanos. A Doutrina dos Espíritos, compreendendo aspectos filosóficos, científicos, morais, religiosos, educacionais e sociais, veio, no momento certo, aclarar os problemas e dar-lhes soluções corretas, com a revelação de realidades desconhecidas e aproveitamento de verdades antigas, como a doutrina da reencarnação, ou das vidas sucessivas, conhecida há milênios no Oriente.  

Doutrina evolucionista 

A Codificação Espírita foi edificada em sólidas bases, sob os auspícios da Espiritualidade Superior. Tão firmes são seus fundamentos que, apesar do enorme avanço dos conhecimentos científicos na segunda metade do século XIX e no século XX, não houve necessidade de ajustar a Doutrina Espírita a quaisquer verdades ou descobertas novas. Os espíritas estudiosos sabem que muitos dos ensinos doutrinários constituem-se em antevisões de realidades que só futuramente serão reconhecidas pelos diversos departamentos científicos a que se dedica o homem. Isto não significa que o Espiritismo seja obra pronta e acabada. Os próprios Espíritos Instrutores e o Codificador caracterizaram-no como doutrina evolucionista, no sentido de agregar sempre as novas verdades descobertas e comprovadas. Se há um terreno em que a lei de evolução opera com toda nitidez, este é o das revelações sucessivas. E o Espiritismo é precisamente a última fase das Manifestações Espirituais Superiores junto à Humanidade.  
Se há uma sucessividade de revelações do Alto, fácil será deduzir-se sua continuação no futuro. As Revelações são suprimentos, proporcionados pela Espiritualidade Superior aos homens, a povos, raças e civilizações, para que possam perceber determinadas verdades transcendentes, as quais permaneceriam ocultas sem a intervenção superior, pela incapacidade de percepção humana em determinadas fases evolutivas. A iniciativa das Revelações parte do Alto, em função das necessidades humanas. Entretanto, nem todos os homens estão aptos a recebê-las e aceitá-las de imediato.  
Muitos se opõem a elas, por não compreendê-las devidamente, ou por contrariarem elas seus interesses imediatos. Isto ocorreu com a Mensagem de Jesus, inovadora e retificadora de muitas coisas assentes, trazida pessoalmente pelo Mestre Incomparável. Com a Nova Revelação ocorreria o mesmo. São muitas as oposições, umas frutos da ignorância espiritual, outras resultantes de interesses contrariados e de preconceitos. Entretanto, o que não se justifica são os desvios do pensamento espírita, da sua moral fundamentada totalmente nos ensinos morais do Cristo. Tornam-se necessários um cuidado permanente, uma vigilância constante para que não se desvirtuem os princípios espíritas. Esse é um compromisso sério de todo espírita sincero e digno da Doutrina que abraçou. Arvorados em "espíritos fortes e independentes", certas criaturas, dos dois planos da vida, imbuídas de personalismo excessivo, primam por estabelecer no Movimento Espírita a confusão, com a negação de valores consagrados, alardeando-se em árbitros do que está além e acima de seu entendimento. Falta-lhes autocrítica, apesar de se converterem em críticos do Cristo, dos Evangelhos, dos Espíritos Instrutores, dos médiuns. 

Compreender a grandeza e a beleza das Revelações Espíritas 

Questões de ordem secundária são por esses críticos transformadas em pontos capitais, como se fossem eles os reconstrutores da Doutrina. Eis alguns exemplos das questões levantadas, sem a menor procedência, denotando desconhecimento e inconsequência, resultantes do orgulho, da vaidade e do personalismo exagerado: "Kardec está superado"; "a Doutrina precisa ser atualizada"; "a moral espírita é independente da moral cristã"; debates e críticas sobre questões perfeitamente definidas no contexto doutrinário; preocupações com aspectos sociais e políticos, sem o necessário embasamento na Doutrina; preocupação com a criação de termos novos, como se a adjetivação, só por si, modificasse a substância das coisas; confusão entre liberdade responsável, reconhecida pela Doutrina Espírita, com licença ampla para se dizer e fazer o que bem se entenda.  
Essas referências, meramente exemplificativas, dão ideia do que ocorre de negativo no Movimento Espírita, consequência do posicionamento individualista, no qual falta sempre a humildade, virtude cristã e espírita que se contrapõe ao orgulho e à vaidade. Na vivência e na divulgação da Doutrina Espírita, o que se requer, antes de tudo, é a fidelidade aos seus princípios. Esquecem-se certos divulgadores de que sua liberdade encontra limites naturais na própria Doutrina, que não pode e não deve ser mutilada em seus princípios. Vivenciar e divulgar a Doutrina dos Espíritos requer, antes de tudo, seu conhecimento e fidelidade a ela. O divulgador espírita não pode ser, ao mesmo tempo, crítico ou inconformado com princípios corretos da Doutrina. A Codificação e os Evangelhos são valores assentes, interpretados pela Espiritualidade Superior em auxílio aos homens. Nós, espíritas de hoje e do amanhã, somos seus aprendizes, em demanda do caminho certo referido pelo Cristo, e não reconstrutores desse caminho. Para compreender a grandeza e a beleza das Revelações Espíritas Superiores torna-se necessário evitar o preconceito, o personalismo e a precipitação, vícios humanos comuns que prejudicam e impedem o conhecimento da verdade.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

TODOS SOMOS FILHOS ADOTIVOS? 

Pela visão espírita, todos somos adotados.
Porque o único Pai legítimo é Deus.

Os pais da Terra não SÃO nossos pais, eles ESTÃO nossos pais.

Porque a cada encarnação, mudamos de pais consanguíneos, mas em todas elas Deus é sempre o mesmo Pai.
Mas, para entendermos melhor a existência desta experiência na vida de muitos pais, é necessário analisá-lo sob a óptica espírita, sob a luz da reencarnação.
A formação de um lar é um planejamento que se desenvolve no Mundo Espiritual. Sabemos que nada ocorre por acaso.
Assim como filhos biológicos, nossos filhos adotivos também são companheiros de vidas passadas.
 E nossa vida de hoje é resultado do que angariamos para nós mesmos, no passado.
Surge, então, a indagação: "se são velhos conhecidos e deverão se encontrar no mesmo lar, por que já não nasceram como filhos naturais?"
Na literatura espírita encontramos vários casos de filhos que, em função do orgulho, do egoísmo e da vaidade, se tornaram tiranos de seus pais, escravizando-os aos seus caprichos e pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paternos.
De retorno à Pátria Espiritual (ao desencarnarem), ao despertarem-lhes a consciência e entenderem a gravidade de suas faltas, passam a trabalhar para recuperarem o tempo perdido e se reconciliarem com aqueles a quem lesaram afetivamente.
 Assim, reencontram aqueles mesmos pais a quem não valorizaram, para devolver-lhes a afeição machucada, resgatando o carinho, o amor e a ternura de ontem.
 Porque a lei é a de Causa e Efeito.
Não aproveitada a convivência com pais amorosos e desvelados, é da Lei Divina que retomem o contato com eles como filhos de outros pais chegando-lhes aos braços pelas vias de adoção.
Aos pais cabe o trabalho de orientar estes filhos e conduzi-los ao caminho do bem, independente de serem filhos consanguíneos ou não.
A responsabilidade de pais permanece a mesma.
Recebendo eles no lar a abençoada experiência da adoção, Deus sinaliza aos cônjuges estar confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que ontem não souberam fazer. Trazem no coração desequilíbrios de outros tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do coração.
 Allan Kardec elucida:

 "Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias".

DEVEMOS ESCONDER QUE ELES SÃO ADOTIVOS?

Um dos maiores erros que alguns pais adotivos cometem é o de esconder a verdade aos seus filhos.
 É importante, desde cedo, não esconder a verdade.
Ás vezes, fazem por amor, já que os consideram totalmente como filhos; outros o fazem por medo de perder a afeição e o carinho deles.
 Quando os filhos adotivos crescem, aprendendo no lar valores morais elevados, sentem-se mais amados por entenderem que o são, não por terem nascido de seus pais, mas sim frutos de afeição sincera e real, e passam a entender que são filhos queridos do coração.
Revelar-lhes a verdade somente na idade adulta é destruir-lhes todas as alegrias vividas, é alterar-lhes a condição de filhos queridos em órfãos asilados à guisa de pena e compaixão.
Não devemos traumatizá-los, livrando-os do risco de perderem a oportunidade de aprendizado no hoje.
André Luiz esclarece-nos quanto a este perigo: "Filhos adotivos, quando crescem ignorando a verdade, costumam trazer enormes complicações, principalmente quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas".
 Identicamente ao que ocorre em relação aos nossos filhos biológicos, buscar o diálogo franco e sincero, com base no respeito mútuo, sob a luz da orientação cristã de conduta.
 Pais que conversam com os filhos fortalecem o laço afetivo, tornando a questão da adoção coisa secundári0. Recebendo em nossa jornada terrena a oportunidade de ter em nosso lar um filho adotivo, guardemos no coração a certeza de que Jesus está nos confiando a responsabilidade sagrada de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e amparo.
E, ajudando-o a superar suas próprias mazelas, amanhã poderá retornar ao seio daqueles que o amam na posição de filho legítimo.

É CERTO A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS?

 Raul Teixeira responde:

“O amor não tem sexo”. Como é que podemos imaginar que o melhor para uma criança é ser criada na rua, ao relento, submetida a todo tipo de execração, a ser criada nutrida, abençoada por um lar de casal homossexual?
Muita gente assevera que a criança corre riscos. Mas como?
Nós estamos acompanhando as crianças correndo riscos nas casas de seus pais heterossexuais todos os dias.
Outros afirmam que a criança criada por homossexuais poderá adotar a mesma postura, a mesma orientação sexual.
O que também é falso.
A massa de homossexuais do mundo advêm de lares heterossexuais.
Então, teremos de concluir que são os casais heterossexuais que formam os homossexuais.
 Logo,não devemos entrar nessa discussão que é tola e preconceituosa. aquele que tem amor para dar que dê.”
Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia.
 Encerremos com Emmanuel
: "Recorda que, em última instância, seja qual seja a nossa posição nas equipes familiares da Terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus".

GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC 

terça-feira, 29 de maio de 2012


ALMA GÊMEA OU ALGEMADAS?
Principalmente os jovens, iniciantes na arte de amar, sonham encontrar essa “metade”, alimentando ternos anseios de uma convivência perfeita, de um afeto sem fim, marcados por imensa ternura e imorredoura ventura.
Quase todos encontram seu par. Raros concretizam seus sonhos, porque a Terra é um planeta de expiação e provas, onde a maioria dos casamentos representa o cumprimento de reajuste assumido perante a Espiritualidade.
Por isso, passadas as primeiras emoções, quando os cônjuges enfrentam as realidades do dia-a-dia, os problemas relacionados com a educação dos filhos, as dificuldades financeiras e, sobretudo, o confronto de duas personalidades distintas, com suas limitações, ansiedades, viciações, angústias e desajustes, não tardam em desconfiar que a suposta “alma gêmea” é apenas uma “algema”, cerceados que se sentem em sua liberdade, frustrados em suas aspirações.
Muitos se casam arrebatados de amor, que logo acaba diante dos atritos e dificuldades do matrimônio. Julgando que erraram na escolha, alimentam secreto desejo de um novo encontro, na eterna procura da alma afim.
Muitas vezes, rompem os compromissos conjugais e partem, decididos, reiniciando a procura. E encontram novas algemas, eternizando suas angústias e gerando problemas que se sucedem, a envolver principalmente os filhos, vítimas indefesas dessas uniões passageiras.

O sucesso no casamento implica em compreender que não há metades eternas que se buscam para completar-se, como na alegoria platônica.
Há Espíritos que conseguem uma convivência fraterna, com o empenho por ajustarem-se às Leis Divinas, superando seus desajustes íntimos, suas deficiências e fragilidades.
Um coração amargurado, um caráter agressivo, uma vocação para o ressentimento, um comportamento impertinente – tudo isso azeda o casamento. Então, existe um engano de perspectiva, um equívoco generalizado.
As pessoas estão esperando que o casamento dê certo para que sejam felizes, quando é imperioso serem felizes para que o casamento dê certo.
A felicidade, por sua vez, não repousa em alguém, no que possa nos oferecer ou fazer, mas, essencialmente, nos valores que conseguimos desenvolver em nós mesmos, em nosso universo interior.
Somente assim poderemos contribuir de forma decisiva para um casamento bem sucedido.
Fundamental, nesse particular, que nos detenhamos na definição do amor, o principal agente das uniões conjugais. O amor legítimo não é uma flecha de Cupido que nos atinge. Não é uma fonte que brota borbulhante.
Não é mera chama arrebatadora, como destaca a bela, mas equivocada imagem poética de Vinícius de Morais: “Que não seja imortal, posto que seja chama, mas que seja infinito enquanto dure.” 
Muito mais que chama de atração passageira, o amor pede os valores da convivência para que se desenvolva e consolide.
Cônjuges que se querem bem, que se amam de verdade, são aqueles que atravessaram juntos as tempestades da existência, relevando um ao outro as falhas, cultivando compreensão, respeito e boa vontade.
Assim, a “algema” de hoje poderá ser a “alma gêmea” de amanhã, mesmo porque o objetivo maior do casamento é a harmonização dos Espíritos que se unem para experiências na Terra.
Hoje desencontrados, atritados, talvez até inimigos de outras vidas. Amanhã amigos! Amantes de verdade!
É lamentável quando os casais se separam, adiando a própria edificação.
O mesmo pode dizer quando alguém proclama que suporta o cônjuge por fidelidade à religião ou aos filhos.
Na avaliação de nossas experiências terrestres, quando regressarmos ao Plano Espiritual, uma das medidas ponderáveis, a ver se aproveitamos a experiência humana, diz respeito à convivência com as pessoas, principalmente no lar.
Voltamos para o Além levando rancores, ódios, mágoas, ressentimentos?
Deixamos inimigos e inimizades?
Perdemos tempo, complicando o futuro.
Harmonizamo-nos com os familiares?
Edificamos a fraternidade legítima?
Construímos as bases de um entendimento cristão com o semelhante?
Ótimo.
Teremos realmente valorizado a jornada terrestre, habilitando-nos a estágios em regiões felizes, habitadas por almas afins, gêmeas na virtude, na sabedoria, no empenho por cumprir as leis de Deus.

RICHARD SIMONETTI

sexta-feira, 25 de maio de 2012


DROGAS...SERÁ QUE DEVEM SER LIBERADAS?


Quando falamos em suicídio, logo imaginamos alguém colocando fim a sua vida física através de envenenamento, tiro na cabeça ou na boca, corte nos pulsos, enforcamento, etc., é o que chamamos de SUICÍDIO DIRETO OU CONSCIENTE.

 Mas nos esquecemos que, há um suicídio lento e silencioso, que chamamos de SUICÍDIO INDIRETO OU INCONSCIENTE. 

Este, é o que mais mata.
O suicídio indireto, é quando aniquilamos lentamente nosso corpo físico, através: DA IRRITAÇÃO (causadora de distúrbio circulatório, como entupimento de veias do coração);
 CALMANTES (a busca da tranqüilidade artificial); ALUCINÓGENOS (a busca da euforia ilusória através da maconha, cocaína, bebidas alcoólicas, etc.);
 O VÍCIO MENTAL COMO OS HIPOCONDRÍACOS (que de tanto imaginar doença, ficam doentes); OS MELANCÓLICOS (adoecem porque a parte psicológica está em baixa); OS MALEDICENTES (se envenenam com o mal que julgam identificar nos outros); OS REBELDES (os eternos inconformados com a vida); OS APEGADOS A FAMÍLIA E BENS TERRENOS (passam a vida preocupados em ter, em cuidar, em não perder, em não deixar ninguém lhe passar a perna); OS EXCESSOS (à alimentação, ao cigarro, ao sexo desregrado, à bebida alcoólica).

 Como vemos, as formas de suicídio são grande. André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto. E conta também, no livro "Nosso Lar", seu sofrimento ao desencarnar, porque foi um suicida indireto.

Sua desencarnação ocorreu porque todo aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas. E a sífilis devorou-lhe energias essenciais para a recuperação pós operatória.


E, no tempo atual, infelizmente, observamos o aumento da auto aniquilação pelas drogas como: maconha, cocaína, heroína, crack, bebidas alcoólicas (esta já é liberada), etc.

Há muitos problemas causados pelo uso de drogas, e muitos são os tipos de morte, a mais conhecida é a overdose, porque o organismo se adapta aos efeitos da droga implicando a necessidade de aumentar a dose para continuar obtendo resultados semelhantes.


 Muitos defendem a droga dizend0: NÃO ESTOU PREJUDICANDO NINGUEM, A VIDA É MINHA E FAÇO O QUE QUERO COM ELA

Este discurso egoísta, mostra total ignorância no assunto. O dependente de drogas, geralmente, envolve a família, a sociedade e torna-se envolvido com a criminalidade, pois quando este fica sem condições financeiras para adquiri-la, a consegue com o traficante, através do sistema de comissão nas vendas; sem contar pequenos e grandes furtos, assaltos, muitas vezes, seguidos de mortes, etc.


Chegam a matar familiares para obter algo que possam vender e sustentar seu vício. E com isso, traficantes se fortalecem, matando vidas de maneira direta ou indireta, desagregando famílias e desequilibrando a sociedade. Muitos acreditam também, que o usuário não deve ser punido.


 Mas é o usuário que fortalece o traficante e, consequentemente, ambos fortalecem a criminalidade. Se não houvesse usuário, não haveria traficante.


 O usuário deveria ser encaminhado, obrigatoriamente, a um centro de recuperação, antes de tornar-se violento, perigoso a sociedade. E os que já estão cometendo delitos também.


Hoje, o Governo deveria construir centros de recuperação
como constrói presídio.


Se todos acreditassem na reencarnação, saberiam que a vida não começa no berço, não acaba no túmulo e que a lei é de Causa e Efeito, consequentemente, abusariam menos da lei divina. Então, quando maltratamos nosso corpo físico, geralmente, ressarciremos a mal causado através de doenças, assim como desfrutaremos da saúde se dela cuidarmos.


 Aquilo que causamos, de bom ou de mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o efeito, nesta ou em outra encarnação.


Por exemplo: o usuário de cigarro lesa vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer, asma, bronquite, etc.


Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão, provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam pela vida saudáveis, estão plantando.


 Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por exemplo:


Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e, um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável?
 Como dissemos, um está colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está plantando (o adulto). Como nos foi avisado:
 "O plantio é livre mas a colheita é obrigatória.

PORTANTO AS DROGAS NÃO DEVEM SER LIBERADAS, NÓS É QUE TEMOS QUE NOS LIBERTAR DELAS.

terça-feira, 22 de maio de 2012

 RAUL TEIXEIRA RESPONDE SOBRE: "CESTAS BÁSICAS, RECEITUÁRIOS HOMEOPÁTICOS E CIRURGIAS ESPIRITUAIS" NAS CASAS ESPÍRITAS.

- Como você analisa as cestas básicas de alimentos, os receituários homeopáticos e a cirurgia espiritual nas casas espíritas?

RAUL TEIXEIRA: Quando falamos em cirurgias espirituais, temos que destacar aquilo que os Espíritos fazem e de que, muitas vezes, não temos consciência. Eles trabalham no campo do perispírito, utilizando-se dos recursos fluídicos do mundo espiritual e do poder mediúnico que a casa tem, em função do seu corpo de médiuns, e que nem ficamos sabendo. Quando passamos a saber, costumamos fazer em torno disso um verdadeiro carnaval. Então, surgem celeumas, discrepâncias, desentendimentos, jogos de interesse e cerimoniais plenamente desnecessários para o  trabalho em questão.

Quando se tratar de cirurgias com utilização de instrumentos de perfuração ou corte, a casa espírita deverá todo cuidado possível porque essa não é a proposta da Doutrina Espírita. Com todo respeito devido aos médiuns curadores que utilizam as facas, canivetes, bisturis, serras, agulhas, etc, cumpre saibamos que não é essa a finalidade de um centro espírita, evitando, sempre que possível, semelhantes práticas em nossas instituições. Perfurações, cortes, extirpações de órgãos e tudo o mais nessa órbita são da alçada da medicina humana, e devemos respeito aos facultativos, respeito à ciência.

Temos à nossa disposição a fluidoterapia, que é uma forma de tratamento que os Espíritos nos ensinaram, conforme as referências de Allan Kardec, no cap. XIV, itens 32 e 33, de A Gênese, o que deve ser observado e realizado com profunda unção, identificando os princípios da fluidoterapia com as perfeitas leis da natureza.

Há, contudo, médiuns com possibilidade de realizar essas atividades de cura espiritual, sem que pertençam a centro espírita algum, mas quando pertencem, é comum haver muita indisciplina em torno desse tipo de atividade, porquanto são raros os dirigentes que não se põem extasiados diante dessa expressão mediúnica, passando a devotar aos médiuns uma perigosa veneração e por isso se sentem desencorajados de lhes chamar a atenção para a indispensável vigilância e a urgente renovação, enquanto atuam nos labores do bem ao próximo.

É muita gente que procura essa faceta mediúnica, é muita gente que a deseja e diversos são os médiuns que se dedicam a essa lida, mas que se sentem impossibilitados de vivenciar a disciplina que o Espiritismo propõe, e passam, em nome do exercício da caridade, a dedicar um tempo muito grande a essas práticas, deixando de lado o tempo precioso para os estudos indispensáveis para refletir em torno da sua própria atividade, para saber como atuam os Espíritos por seu intermédio, que objetivos têm eles ao se prestar a esse serviço; e por desconhecer o sentido da mediunidade para a vida dos médiuns, menosprezam os esforços da auto renovação, conquanto se apóiem, quase sempre, numa visão distorcida do que seja a prática da caridade. Esse é um aspecto perigoso das práticas cirúrgicas nos centros espíritas. É certo que os Espíritos dedicados ao bem do próximo realizam verdadeiros prodígios sem que o saibamos. Outros dão-se a conhecer, mas investem recursos na melhoria íntima daqueles aos quais oferecem curas físicas, em nome do Senhor.

No Rio de Janeiro há instituições muito conhecidas que, como o Templo Espírita Tupyara, realizam respeitáveis trabalhos de tratamento de saúde física, que se tornaram dignos de confiança pelos resultados obtidos, em razão dos médiuns que lidam nesse labor serem instados às disciplinas e à boa conduta, para que possam merecer o auxílio dos Bons Espíritos. Realizam tratamentos cirúrgicos à distância sem que nenhum médium necessite furar ou cortar os pacientes. É comum que as pessoas sintam os resultados e as curas são realizadas, demonstrando, exatamente, aquilo que O Livro dos Médiuns nos ensina, ou seja, quando há mérito do enfermo e um médium em boas condições para a realização do fenômeno da cura, ela se dá.

Os indispensáveis cuidados que o centro espírita deverá ter são: primeiro, verificar se há médiuns com essas habilidades todas - que são raros - e, depois, que tipo de trabalho será chancelado pela instituição, em nome do Espiritismo. O tratamento da saúde alheia é algo de muita responsabilidade.

QUANTO AOS RECEITUÁRIOS,
os Espíritos (segundo O Livro dos Médiuns) trabalham com o laboratório do mundo invisível. Diz Allan Kardec que os Espíritos não têm nenhuma pretensão de competir com os farmacêuticos e inventores de reconstituintes da Terra (O Livro dos Médiuns, cap. VIII, questão 13.ª, nota de Kardec), o que nos permite entender que o trabalho de lidar com as dificuldades da saúde humana, de tratá-la e medicá-la pertence à humana medicina.
O receituário mediúnico não deveria ser uma coisa realizada sem sentido, aberta ou escancarada, em que as pessoas com indisposição para ir ao médico, ou as que não desejam enfrentar as filas dos institutos de previdência, ou as que se valem dos motivos mais banais se alistam, por comodidade, no rol dos necessitados e vão ao centro espírita para que os Espíritos as mediquem. Naturalmente, os Espíritos não se negam a dar uma orientação, desde que haja razão de ser no pedido, restando saber se o centro espírita dispõe de um médium receitista conforme manda o figurino, ou se serão pessoas receitando placebos para enganar a boa fé dos consulentes, enquanto as reais enfermidades se vão agravando.

O fato de um médium ser psicógrafo não significa que ele tenha que ser um médium receitista. O receituário mediúnico é uma especialização que pode ser através da psicografia, da psicofonia, da inspiração ou da intuição. Não nos cabe, apenas por querer imitar outros grupos e instituições, "inventar" um médium receitista para atrair multidões, pois não é essa a função dessa expressão mediúnica. As consequências dessa "invenção" costumam ser muito danosas, muito dolorosas mesmo.

Quando se descobre que no centro espírita há médiuns com essa habilidade para o receituário mediúnico, aqueles que conseguem estabelecer contato psíquico com médicos desencarnados em prol dos necessitados humanos, então se deverá providenciar uma reunião para esse mister. O trabalho do médium Chico Xavier nesse caso é um exemplo muito interessante, pois se realizava uma reunião de estudos doutrinários, com os comentários dos participantes, enquanto o médium receitista, no caso, o próprio Chico, era situado numa outra sala, com a ajuda de um auxiliar, a fim de atender às solicitações que lhe chegavam, com os mais variados tipos de solicitação. No caso, deverão ser selecionados os pedidos de orientação para os casos de saúde. As leituras, estudos e comentários ajudarão a criar e a manter o clima de salutar vibração para que o receitista possa atender ao seu compromisso.

Essas atividades de receituário devem ser muito bem pensadas, para que não modifiquemos a proposta da doutrina espírita, em nome de um suposto movimento de caridade. É importante que não desenvolvamos uma ação de "descaridade" para com o Espiritismo, em nome da caridade.

A coordenação dos trabalhos doutrinários do centro espírita deverá persuadir, caso seja necessário, o médium a participar das reuniões de estudos, para que ele não se apresente como um livre atirador, nem fique à mercê dos inimigos desencarnados de todos os que, embora se dediquem ao bem, mostram-se relapsos ou negligentes com suas responsabilidades pessoais. Os médiuns, quaisquer que sejam não podem visitar o centro espírita somente nos dias de reuniões mediúnicas, alegando não ter mais tempo para as demais atividades da instituição. Se não participa dos estudos, se não desenvolve disciplinas e se não participa de uma obra social em que teria chance de pôr em prática o seu discurso teórico, o resultado será o envolvimento na má inspiração, em razão da fuga deliberada da sintonia dos bons Espíritos. Esses são cuidados cabíveis a uma instituição espírita dinâmica e 
 responsável.


QUANTO ÀS CESTAS BÁSICAS, vestuários, remédios, médicos, etc., deveremos ter a nítida consciência de que fazemos isso por causa dos descompromissos das autoridades governamentais, a quem caberia tais providências. Precisamos ter a consciência de que esse não é o papel fundamental do centro espírita. Não será de bom alvitre abrir-se um Centro Espírita com essa finalidade, uma vez que o centro deve ser o educandário básico da mente popular.

Entretanto, com base no Evangelho de Jesus, se nos chega alguém padecendo fome, não adiantará fazer discursos bonitos e doutrinários para essa pessoa; ela precisa é de alimentação. Tem que se lhe dar comida. Se se aproxima alguém ao relento, desnudo, precisando de roupa, não adianta oferecer-lhe comida, será preciso dar-lhe uma peça de roupa. Por outro lado, se aparece em nossa instituição alguém doente, não valem discursos nem peças de roupa; há que se lhe providenciar um atendimento médico, seja num posto de saúde, seja num hospital para que seja devidamente tratado. Assim, atenderemos os nossos irmãos do caminho em função das carências que apresentem.

Não viveremos para dar cestas básicas ou roupas. Seria um trabalho de mera filantropia e nós, os espíritas, precisamos ter a consciência de que isto é o de menor importância na pauta de nosso trabalho. Torna-se por demais importante ensinar as pessoas a se conduzir no mundo, ensinar-lhes a viver... Ao lado de tudo o que o centro espírita possa ofertar, a importância maior recairá sobre aquilo que possamos dar de nós mesmos aos necessitados de quaisquer matizes. Muitas vezes somos hábeis na entrega de muitas "coisas" a necessitados, embora tenhamos muita dificuldade de abrir o coração às pessoas. Costumamos ficar sempre longe deles; não procuramos saber quem são, seus nomes, ou quais são as suas necessidades verdadeiras.

Os nossos irmãos necessitados não deverão ser transformados em números fichados, a fim de que os espíritas os utilizemos para sermos caridosos, às custas da exibição da miséria ou das carências deles. O aprendizado espírita nos faz compreender que são, todos, nossos irmãos, são os filhos e as filhas do calvário. Por isso é que todos os trabalhos desenvolvidos pelo centro espírita devem ser bem pensados, devem ter um porquê, precisam ter um sentido, uma razão de ser, a fim de que não percamos tempo realizando atividades que podem ser comparadas às de quem enxuga gelo.

Jamais deveremos fazer algo somente por fazer, sem que haja um sério e espiritual objetivo nessa realização.