quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A BALSA

                                                     
                                                          A    B A L S A

Na História da Humanidade encontramos acontecimentos que nos levam a profundas reflexões. 

Em 1816, uma fragata francesa encalhou próxima à costa do Marrocos. Não havia número suficiente de botes salva-vidas. Os restos do navio foram a única balsa que manteve vivas cento e quarenta e nove pessoas.  


A tempestade as arrastou ao mar aberto por mais de vinte e sete dias sem rumo. 


A dramática experiência dos sobreviventes impressionou a um artista. 


Theodoro Gericault realizou um estudo substancial dos detalhes para produzir a pintura. 

Ele entrevistou os sobreviventes, os enfermos e, inclusive, viu os mortos.


 Horrorizado, reproduziu a íntima realidade humana nessa situação. 

Seu quadro, intitulado A balsa de Medusa, retrata não somente o naufrágio do navio A Medusa, ocorrido no dia dois de julho de 1816, mas um acontecimento que comoveu a França e trouxe repercussões que tocaram o mais profundo da alma humana.

 
Na pintura, pode-se ver as diferentes atitudes humanas que se manifestam nos momentos cruciais da vida. 


Alguns dos sobreviventes se apresentam deitados, em total abandono, sem reação alguma. 


Parecem simplesmente aguardar a morte inevitável. 

Outros se mostram desesperançados, alheios aos demais.


 O olhar distante, perdido no vazio, demonstra que perderam a vontade de viver e de lutar. 

Um punhado deles, no entanto, mantém a esperança acima de tudo. 


Tiram do corpo as próprias camisas e as agitam com força, fixando um ponto no horizonte, como se desejassem ser vistos por alguma embarcação, por alguém. 

O curioso, entretanto, é que embora eles estejam balançando as vestes brancas, não há nenhum navio à vista. 


Nada que indique que eles serão resgatados.
 
                                           * * * 


A balsa é como o planeta Terra. Os tripulantes são a Humanidade e as atitudes que cada um toma diante da vida. 

Podemos ser como os desesperançados, quando atravessamos situações difíceis e nos decidimos a simplesmente nos entregar sem luta alguma. 

Podemos estar enquadrados entre aqueles que acreditam que não há solução e, assim, também não há porque se esforçar para melhorar o estado de coisas. 


Podemos também ser os que duvidamos de tudo e de todos. 

Ou, finalmente, ser aqueles que mantemos a esperança acima de tudo, esforçando-nos para chegar à vitória, embora ela pareça estar muito, muito distante. 

Afinal, decidir pela vitória em toda circunstância que a vida nos coloca é atitude de esperança. 


     
                                                   * * * 


Quando os problemas se multiplicam no norte da vida e os desafios ameaçam pelo sul, as dificuldades surgem pelo leste e os perigos se multiplicam no oeste, a esperança surge e resolve a situação. 


Mensageira de Deus, torna-se companheira predileta da criatura humana, a serviço do bem. 


É a esperança que, ante os quadros da guerra, conclama ao trabalho e à paz.

 
Em meio ao inverno rigoroso, inspira coragem e aponta a estação primaveril que, logo mais explodirá em cor, perfume e beleza. 


Nunca se afaste da esperança! 


Redação do Momento
Espírita