ONDE ESTA A FELICIDADE?
"Não digo isto como
por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho."
(Paulo, Filipenses 4:11.)
Qualquer criatura vivenciando plena lucidez e total controle de raciocínio, por certo, caminhará com avidez à procura da felicidade.
Terá consciência também,
pelo estágio evolutivo em que vive, que no atual momento poderá apenas
obter uma felicidade relativa ou situações felizes, mas nunca a felicidade
absoluta.
E essa felicidade relativa
tem a dimensão e o peso dos nossos sonhos.
Uns a encontram na aquisição de um
carro de última geração, outros deparam com ela ao apenas possuir um carro.
Existem os que a procuram na casa moderna e confortável, enquanto outros buscam
por ela conseguindo uma casa.
Para o faminto a felicidade
é poder encontrar um prato de comida capaz de sanar sua necessidade de
alimentação.
Para o desempregado a felicidade poderá chegar com a obtenção de
um posto de trabalho que lhe garanta o sustento e a dignidade.
Para o doente,
encontrar novamente a saúde será, obviamente, um momento de felicidade.
Paulo de Tarso, em
expressiva carta aos Filipenses asseverou que aprendeu a contentar-se com o que
tinha, numa inequívoca demonstração de compreensão e resignação diante da vida,
não se perturbando e nem estragando o dia ante pequenas contrariedades, tão
próprias em nosso quotidiano.
Em realidade, quem não pode
ter o que quer, que queira o que pode, pois em inúmeras situações não
conseguimos obter o objeto dos nossos desejos ou a concretização dos
sonhos que acalentamos; assim, imperioso se torna que saibamos estar contentes
com aquilo que é possível.
Certamente, nessa postura de equilíbrio e tirocínio,
nos depararemos com a felicidade possível.
Certa feita uma senhora de
boa posição econômica e social, passando pela rua, notou um senhor já de idade
avançada, mal vestido e com semblante cansado, puxando um carrinho de tamanho
razoável, repleto de material reciclável.
Condoída, imaginou o
sofrimento e a luta daquele homem, tendo que fazer o trabalho de um animal
irracional, ao puxar o carrinho.
Aproximando-se dele,
exclamou:
– O senhor deve sofrer
muito, se afligir demais, pois tem que se humilhar e fazer o trabalho de um
animal, ao transportar essa carga.
– Não, minha senhora, eu
sou feliz, pois mesmo com a minha idade ainda tenho forças e disposição para
arrastar este carrinho cheio de material reciclável, que venderei logo adiante
e, com os recursos obtidos, manterei meu sustento e dos netinhos que cuido.
Ainda, passeio pelas ruas, vejo a movimentação de carros e gente e, vez por
outra, ainda tenho o prazer de encontrar pessoas gentis como a senhora, que se
preocupa com o próximo.
Sem dúvida, para o catador
de reciclável a felicidade estava em poder realizar o seu trabalho.
Na verdade, a felicidade
que podemos obter, por agora, não se trata de uma conquista externa, mas sim de
uma postura interior.
Muitas criaturas infelizes estão guerreando sozinhas
enquanto outras felizes estão bem, mesmo em meio à guerra que gira ao seu
redor.
Quando aprendermos a nos
contentarmos com o que temos, estaremos de posse da felicidade que se pode ter
aqui na Terra, pois a palavra divina há muito já nos informou “que a
verdadeira felicidade não é deste mundo”.
Onde procuramos a nossa
felicidade?
Pensemos nisso.
WALDENIR APARECIDO CUIN