domingo, 22 de fevereiro de 2015

                                                  Vigilância 
As reações intempestivas resultam, invariavelmente,  em graves consequências

“Nossa vigilância deve ser uma permanente lâmpada acesa em nossos caminhos, iluminando-nos e conduzindo nossos passos.” - 
Bezerra de Menezes

Jesus já nos alertava: “vigiai e orai”. 

Observemos que o Meigo Rabi colocou o verbo “vigiar” antes do verbo “orar”, e tal ênfase indica de modo claro que somente a oração não basta, pois também é a vigilância algo muito necessário em nossas vidas. 

Tal vigilância não deve ficar restrita somente aos fatores externos, mas, principalmente, aos de ordem interna, nas camadas abissais do“self”, endereço do “homem-velho”. 

O acervo de desconcertos vige muito forte na intimidade de todos nós, mormente no estágio evolutivo em que nos encontramos atualmente.

vigilância é a direção; a oração é a força, a energia, a potência... 

Assim, quanto mais possante o veículo, maior responsabilidade compete à direção que se lhe dá.

Mantendo-nos firmes na vigilância, jamais seremos vítimas dos crimes de precipitação dos quais André Luiz nos dá notícias.

A ponderação não pode ser elemento estanque e inoperante na equação da vida do Espírita-Cristão. 

As reações primárias, intempestivas e impensadas, resultam, invariavelmente, em graves consequências de ásperos contornos, cujos aguilhões e sequelas só poderão ser erradicados sob o buril de muitas dores, sofrimentos e angústias...

Enquanto o egoísmo e o orgulho estiverem na direção do carro de nossas emoções, cairemos nos cipoais dos equívocos semeados em nossa senda evolutiva.

Ao assumir o comando da direção, a vigilância ensejará a superação oportuna dos óbices, canalizando os recursos necessários ao sucesso do grande empreendimento de nossas vidas, fanal a que estamos destinados pela vontade do Pai Celestial: a perfeição relativa e a felicidade sem mesclas.

Dr. Bezerra de Menezes nos aconselha a buscar “a vigilância em todos os instantes, em todos os lugares”, caso contrário, nosso veículo ficará retido à beira do caminho evolutivo, no lamaçal das dificuldades sem nome.

Aprendizes da vida ainda somos tardios no entendimento e lentos na consolidação dos reais valores. 

Onde, então, buscar a orientação segura para nos habilitarmos à proteção que vem da vigilância? Para começar, acreditamos que o primeiro passo na direção certa é o autoconhecimento. 

Por compreender assim é que Sócrates já propagava ao seu tempo o axioma de Sólon: “conhece-te a ti mesmo”.  

Busquemos, então, com Jesus em Seu Evangelho de Luz, e com o grande Mestre Lionês, nas obras da Codificação Espírita, as diretrizes de segurança para nossa caminhada evolutiva.

Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. XVII, item 3, desenhou o perfil do verdadeiro homem de bem. Seguindo aquele roteiro, por certo, já estaremos no bom caminho. 

Santo Agostinho completa a instrução com excelentes normativos para tal procedimento.

Com esse elenco de orientações estaremos, com toda certeza, habilitados a aumentar a bagagem de vigilância em nossas vidas e, consequentemente, caminharemos mais firmes e seguros pela senda evolutiva em busca do ideal da perfeição.

O Consolador  - Rogério Coelho