Vigilância
As reações intempestivas resultam, invariavelmente, em graves consequências
“Nossa vigilância deve ser uma permanente lâmpada acesa em nossos caminhos, iluminando-nos e conduzindo nossos passos.” - Bezerra de Menezes
Jesus já nos alertava: “vigiai e orai”.
Observemos
que o Meigo Rabi colocou o verbo “vigiar” antes do verbo “orar”, e
tal ênfase indica de modo claro que somente a oração não basta, pois também é a
vigilância algo muito necessário em nossas vidas.
Tal vigilância não deve ficar
restrita somente aos fatores externos, mas, principalmente, aos de ordem
interna, nas camadas abissais do“self”, endereço do “homem-velho”.
O
acervo de desconcertos vige muito forte na intimidade de todos nós, mormente no
estágio evolutivo em que nos encontramos atualmente.
A vigilância é a direção; a oração é
a força, a energia, a potência...
Assim, quanto mais possante o veículo, maior
responsabilidade compete à direção que se lhe dá.
Mantendo-nos firmes na
vigilância, jamais seremos vítimas dos crimes de precipitação dos quais André
Luiz nos dá notícias.
A ponderação não pode ser elemento estanque e inoperante na
equação da vida do Espírita-Cristão.
As reações primárias, intempestivas e
impensadas, resultam, invariavelmente, em graves consequências de ásperos
contornos, cujos aguilhões e sequelas só poderão ser erradicados sob o buril de
muitas dores, sofrimentos e angústias...
Enquanto o egoísmo e o orgulho estiverem na direção do carro
de nossas emoções, cairemos nos cipoais dos equívocos semeados em nossa senda
evolutiva.
Ao assumir o comando da direção, a vigilância ensejará a
superação oportuna dos óbices, canalizando os recursos necessários ao sucesso
do grande empreendimento de nossas vidas, fanal a que estamos destinados pela
vontade do Pai Celestial: a perfeição relativa e a felicidade sem
mesclas.
Dr. Bezerra de Menezes nos aconselha a buscar “a
vigilância em todos os instantes, em todos os lugares”, caso
contrário, nosso veículo ficará retido à beira do caminho evolutivo, no lamaçal
das dificuldades sem nome.
Aprendizes da vida ainda somos tardios no entendimento e
lentos na consolidação dos reais valores.
Onde, então, buscar a orientação
segura para nos habilitarmos à proteção que vem da vigilância? Para começar,
acreditamos que o primeiro passo na direção certa é o autoconhecimento.
Por
compreender assim é que Sócrates já propagava ao seu tempo o axioma de Sólon: “conhece-te
a ti mesmo”.
Busquemos, então, com Jesus em Seu Evangelho de Luz, e com o
grande Mestre Lionês, nas obras da Codificação Espírita, as diretrizes de
segurança para nossa caminhada evolutiva.
Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap.
XVII, item 3, desenhou o perfil do verdadeiro homem de bem. Seguindo aquele
roteiro, por certo, já estaremos no bom caminho.
Santo Agostinho completa a instrução
com excelentes normativos para tal procedimento.
Com esse elenco de orientações estaremos, com toda certeza,
habilitados a aumentar a bagagem de vigilância em nossas vidas e,
consequentemente, caminharemos mais firmes e seguros pela senda evolutiva em
busca do ideal da perfeição.
O Consolador - Rogério Coelho