Remake do Natal
Fazendo da nossa imaginação um carro de viagem que nos leve a qualquer situação ou contexto, imaginemos que uma parte, uma fração, um milésimo de Nosso Senhor Jesus Cristo nascesse nos dias de hoje.
Como essa parte agiria?
Bem,
divaguemos...
Acordaria cedo, bem
verdade.
Mas, acordaria feliz.
Com um sorriso, agradeceria as bênçãos da vida,
do trabalho, da natureza.
Com um grande abraço, cumprimentaria calorosamente
seu pai, sua mãe e seus irmãos.
Um café frugal e simples e sairia para
trabalhar.
Caminhando pela rua, cumprimentaria a todos que conhecesse ou não.
No seu ambiente de trabalho, respeitaria as leis vigentes e não permitiria
jamais que a competitividade superasse seu desejo de cooperar, com bom ânimo e
empolgação, para fazer o melhor.
Quando visse um colega
de trabalho triste, não se omitiria de oferecer um ombro fraterno para o
desabafo.
Pouco falaria de si e aos que o ofenderam ou atacaram perdoaria no
seu íntimo.
Juntaria, em campanhas constantes, valores e objetos para ajudar os
funcionários mais carentes.
Na hora do almoço, interromperia sempre a sua
conversação edificante para reunir o pessoal em um coral improvisado, montado
pelos funcionários, que alegrava sempre o asilo próximo à empresa.
Quando concluísse seus
deveres diários e não houvesse nenhum companheiro em dificuldade, sairia
mansamente de seu trabalho com a mente povoada de pensamentos edificantes e um
sorriso promissor, ainda que a rua se demonstrasse suja e cheia de pichações.
Sujeiras fora das latas, ele recolheria; idosos carregando pesadas bolsas, ele
ajudaria; e animais feridos, ele socorreria.
À noite, quando não se ocupasse do
estudo edificante ou do convívio fraterno com os seus, iria voluntariamente até
um local onde jovens compravam drogas, para através do diálogo convencê-los a
deixar aquela vida.
Com suas economias,
compraria alimentos para distribuir semanalmente aos que moravam nas ruas,
brindando-os também com seu apoio fraterno.
Participaria das decisões da
coletividade, não se omitindo de seus deveres de cidadão.
Ao fim do dia, faria
um exame de consciência, onde verificaria o bem que poderia ter feito e o que
poderia ter melhorado em suas aspirações e atitudes.
Pois bem, com certeza,
Nosso Senhor Jesus Cristo, após a sua vinda à Terra, onde comemoramos
solenemente o seu Natal, nos deixou algumas sementes de sua mensagem que, com
certeza, passam pelo mundo sem alarde, sem pompa, como parte do que Ele
significa e do que insistimos em nos esquecer.
Marcus Vinicius de Azevedo Braga