Como somos?
Somos um povo curioso e, muitas vezes, até hilário. Se não, vejamos. Quando temos uma carga de transporte acidentada nas estradas, nós saqueamos os produtos. É muito comum estacionarmos em calçadas, vagas de deficientes e muitas vezes debaixo de placas proibitivas, sem contar o número de vezes que entramos na contramão.
Quando cometemos uma infração é comum
tentarmos subornar o agente da punição. Também trocamos votos por qualquer
coisa: areia, cimento, tijolo, dentaduras e até camisetas. Falamos ao celular
enquanto dirigimos. Se nos encontramos em um congestionamento, trafegamos no
acostamento. Paramos em filas duplas, triplas em frente às escolas. É frequente
violarmos a lei do silêncio. Haja vista os estabelecimentos que não respeitam a
vizinhança. A panificadora, de onde sou vizinho, não respeita isso, com
equipamentos muito barulhentos, apesar de já termos pedido diversas vezes para
isso ser revisto. Comprei um tampão de ouvidos para poder dormir.
Também dirigimos após consumir bebidas
alcoólicas, sem contar o mais grave, os estabelecimentos comerciais não
respeitam a lei que proíbe a venda de cigarros e bebidas alcoólicas para
menores de dezoito anos, além de espalharem mesas e churrasqueiras pelas
calçadas, onde não podemos transitar. Mais grave ainda, os poderes legalmente
instituídos não fiscalizam adequadamente tal desrespeito. Pegamos atestados
médicos sem estarmos doentes. E a nossa saúde, então?
Vilipendiamos o que podemos, furando filas
com interferências de amigos que trabalham na rede pública, em prejuízo do mais
necessitado ou carente. Como ensinou o médico Adib Jatene (que já foi ministro
da saúde): “Pobre só tem amigo pobre”, portanto, sem condições de que alguém
faça por ele alguma coisa, pois os que furam filas na saúde são sempre pessoas
que têm amigos lá dentro do sistema, e o pobre, infeliz e sofredor, não tem
essa condição, pois só tem amigo pobre...
Fazemos gato de luz, de água e de TV a
cabo. E a pirataria na internet? Registramos imóveis no cartório num valor
abaixo do comprado, só para pagar menos impostos, pois não confiamos em nossos
governantes quanto ao que farão com nosso dinheiro em razão de tanta corrupção
existente. Compramos recibos para abater na declaração do imposto de renda...
Temos tentativas de pessoas mudando a cor da pele para ingressar na
universidade através do sistema de cotas. Se viajarmos pela empresa, se o
almoço custou dez, pedimos nota de vinte reais.
Recentemente, o CQC – programa de televisão
– provou por reportagens a desonestidade do pessoal da prefeitura de
Barueri-SP, que recebeu uma TV de plasma para ser doada a uma escola daquela
cidade e uma funcionária levou a TV para casa. Quando vamos vender um carro
velho, adulteramos o velocímetro como se fosse pouco rodado. Diminuímos a idade
do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar a
passagem.
Emplacamos o carro fora do nosso domicílio
para pagar menos IPVA, pois o nosso é muito caro. Frequentamos caça-níqueis e
fazemos uma fezinha nos diversos jogos que existem no país, além, é claro, do
velho jogo de bicho. Levamos das empresas onde trabalhamos pequenos objetos
como clipes, envelopes, canetas, lápis etc., como se isso não fosse roubo.
Comercializamos os vales-refeição e vales-transportes que recebemos das
empresas. Também falsificamos tudo, especialmente os jovens menores de 18 anos que querem um RG de adulto.
Só não falsificamos o que ainda não foi
inventado. É o velho jeitinho de sempre. Os que viajam para o exterior nunca
dizem a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Muito
raramente alguém, quando encontra um objeto perdido, especialmente se for uma
mala ou carteira recheada de dólares, procura ou devolve para o seu dono...
Querido (o) leitor (a), a lista é imensa.
Vamos parar por aqui com a seguinte reflexão: Ainda queremos que os políticos
sejam honestos? Brasileiro reclama do quê? Esses políticos que aí estão saíram
de onde? Claro, do meio do povo.
Falamos tanto da necessidade em deixar um
planeta melhor para os nossos filhos e nos esquecemos da urgência de criarmos
filhos melhor educados, honestos, dignos, éticos e responsáveis para o nosso
planeta, através dos nossos exemplos… É a mais pura verdade e isso que é o
pior. Vamos dar bons exemplos. Sermos dignos e de uma ética responsável.
Tal reflexão nos remete à moral dos
Espíritos que, segundo O Livro dos Espíritos (Introdução ao Estudo da Doutrina
Espírita, item VI): “A moral dos Espíritos
superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos
outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não
o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo
para as suas menores ações. Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a
sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à
matéria; que o homem que, já neste mundo, se desliga da matéria, desprezando as
futilidades mundanas e amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual;
que cada um deve tornar-se útil, de acordo com as faculdades e os meios que
Deus lhe pôs nas mãos para experimentá-lo; que o Forte e o Poderoso devem
amparo e proteção ao Fraco, porquanto transgride a Lei de Deus aquele que abusa
da força e do poder para oprimir o seu semelhante. Ensinam, finalmente, que, no
mundo dos Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e
patenteadas todas as suas torpezas; que a presença inevitável, e de todos os
instantes, daqueles para com quem houver procedido mal constitui um dos castigos
que nos estão “reservados”; que ao estado de inferioridade e superioridade dos
Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra”.
Vamos eleger políticos melhores, criando melhor nossos filhos. Enquanto
isso, devemos combater os que vilipendiam o dinheiro público, procurando no
meio do povo pessoas descentes, honestas e éticas para nos representarem na
política. Virão eleições em breve. Fiqu
Somos um povo curioso e, muitas vezes, até hilário. Se não, vejamos. Quando temos uma carga de transporte acidentada nas estradas, nós saqueamos os produtos. É muito comum estacionarmos em calçadas, vagas de deficientes e muitas vezes debaixo de placas proibitivas, sem contar o número de vezes que entramos na contramão.
Somos um povo curioso e, muitas vezes, até hilário. Se não, vejamos. Quando temos uma carga de transporte acidentada nas estradas, nós saqueamos os produtos. É muito comum estacionarmos em calçadas, vagas de deficientes e muitas vezes debaixo de placas proibitivas, sem contar o número de vezes que entramos na contramão.
Quando cometemos uma infração é comum
tentarmos subornar o agente da punição. Também trocamos votos por qualquer
coisa: areia, cimento, tijolo, dentaduras e até camisetas. Falamos ao celular
enquanto dirigimos. Se nos encontramos em um congestionamento, trafegamos no
acostamento. Paramos em filas duplas, triplas em frente às escolas. É frequente
violarmos a lei do silêncio. Haja vista os estabelecimentos que não respeitam a
vizinhança. A panificadora, de onde sou vizinho, não respeita isso, com
equipamentos muito barulhentos, apesar de já termos pedido diversas vezes para
isso ser revisto. Comprei um tampão de ouvidos para poder dormir.
Também dirigimos após consumir bebidas
alcoólicas, sem contar o mais grave, os estabelecimentos comerciais não
respeitam a lei que proíbe a venda de cigarros e bebidas alcoólicas para
menores de dezoito anos, além de espalharem mesas e churrasqueiras pelas
calçadas, onde não podemos transitar. Mais grave ainda, os poderes legalmente
instituídos não fiscalizam adequadamente tal desrespeito. Pegamos atestados
médicos sem estarmos doentes. E a nossa saúde, então?
Vilipendiamos o que podemos, furando filas
com interferências de amigos que trabalham na rede pública, em prejuízo do mais
necessitado ou carente. Como ensinou o médico Adib Jatene (que já foi ministro
da saúde): “Pobre só tem amigo pobre”, portanto, sem condições de que alguém
faça por ele alguma coisa, pois os que furam filas na saúde são sempre pessoas
que têm amigos lá dentro do sistema, e o pobre, infeliz e sofredor, não tem
essa condição, pois só tem amigo pobre...
Fazemos gato de luz, de água e de TV a
cabo. E a pirataria na internet? Registramos imóveis no cartório num valor
abaixo do comprado, só para pagar menos impostos, pois não confiamos em nossos
governantes quanto ao que farão com nosso dinheiro em razão de tanta corrupção
existente. Compramos recibos para abater na declaração do imposto de renda...
Temos tentativas de pessoas mudando a cor da pele para ingressar na
universidade através do sistema de cotas. Se viajarmos pela empresa, se o
almoço custou dez, pedimos nota de vinte reais.
Recentemente, o CQC – programa de televisão
– provou por reportagens a desonestidade do pessoal da prefeitura de
Barueri-SP, que recebeu uma TV de plasma para ser doada a uma escola daquela
cidade e uma funcionária levou a TV para casa. Quando vamos vender um carro
velho, adulteramos o velocímetro como se fosse pouco rodado. Diminuímos a idade
do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar a
passagem.
Emplacamos o carro fora do nosso domicílio
para pagar menos IPVA, pois o nosso é muito caro. Frequentamos caça-níqueis e
fazemos uma fezinha nos diversos jogos que existem no país, além, é claro, do
velho jogo de bicho. Levamos das empresas onde trabalhamos pequenos objetos
como clipes, envelopes, canetas, lápis etc., como se isso não fosse roubo.
Comercializamos os vales-refeição e vales-transportes que recebemos das
empresas. Também falsificamos tudo, especialmente os jovens menores de 18 anos
que querem um RG de adulto.
Só não falsificamos o que ainda não foi
inventado. É o velho jeitinho de sempre. Os que viajam para o exterior nunca
dizem a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Muito
raramente alguém, quando encontra um objeto perdido, especialmente se for uma
mala ou carteira recheada de dólares, procura ou devolve para o seu dono...
Querido (o) leitor (a), a lista é imensa.
Vamos parar por aqui com a seguinte reflexão: Ainda queremos que os políticos
sejam honestos? Brasileiro reclama do quê? Esses políticos que aí estão saíram
de onde? Claro, do meio do povo.
Falamos tanto da necessidade em deixar um
planeta melhor para os nossos filhos e nos esquecemos da urgência de criarmos
filhos melhor educados, honestos, dignos, éticos e responsáveis para o nosso
planeta, através dos nossos exemplos… É a mais pura verdade e isso que é o
pior. Vamos dar bons exemplos. Sermos dignos e de uma ética responsável.
Tal reflexão nos remete à moral dos
Espíritos que, segundo O Livro dos Espíritos (Introdução ao Estudo da Doutrina
Espírita, item VI): “A moral dos Espíritos
superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos
outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não
o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo
para as suas menores ações. Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a
sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à
matéria; que o homem que, já neste mundo, se desliga da matéria, desprezando as
futilidades mundanas e amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual;
que cada um deve tornar-se útil, de acordo com as faculdades e os meios que
Deus lhe pôs nas mãos para experimentá-lo; que o Forte e o Poderoso devem
amparo e proteção ao Fraco, porquanto transgride a Lei de Deus aquele que abusa
da força e do poder para oprimir o seu semelhante. Ensinam, finalmente, que, no
mundo dos Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e
patenteadas todas as suas torpezas; que a presença inevitável, e de todos os
instantes, daqueles para com quem houver procedido mal constitui um dos castigos
que nos estão “reservados”; que ao estado de inferioridade e superioridade dos
Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra”.
Vamos eleger políticos
melhores, criando melhor nossos filhos. Enquanto isso, devemos combater os que
vilipendiam o dinheiro público, procurando no meio do povo pessoas descentes,
honestas e éticas para nos representarem na política. Virão eleições em breve.
Fique atento. Eleja melhores políticos. Como cristãos, temos grande
responsabilidade pelos destinos da humanidade. “Amemo-nos uns aos outros”,
ensinou Jesus .
.