O 6° SENTIDO
Como se sabe, os 5 sentidos do nosso corpo físico são muito
pobres:
a língua se responsabiliza pelo gosto, a pele pelo tato, os ouvidos pela audição, os olhos pela
visão e as narinas pelo olfato, porque a
Ciência materialista nos classifica como “animais
racionais”.
O grande cientista Charles Richet (1850 – 1935) pesquisou o
6° sentido durante mais de 40 anos, conforme diz a Orientadora Espiritual Joanna de
Ângelis, no
seu livro A Psicologia da Gratidão, psicografado por Divaldo Pereira Franco.
Esse sentido, conforme diz a Autora Espiritual, é, nada mais
nada menos, do que a mediunidade, que se caracteriza por peculiaridades das células cerebrais
responsáveis por determinadas funções: assim é que algumas pessoas são clarividentes, outras clariaudientes,
psicógrafas, psicofônicas etc.
Sabe-se que todo mundo tem pelo menos um mínimo de
mediunidade, como disse Allan Kardec, pois seria inconcebível, no estágio evolutivo dos homens e
mulheres medianos da Terra, um só que possa contar apenas com os precários 5 sentidos, uma vez que essa
fase de primitivismo já foi ultrapassada há alguns milhares de anos.
Todavia, é lamentável o desinteresse de muitos estudiosos do
psiquismo humano o fato de não concluírem estar lidando diretamente com o Espírito e sim
com o ente indefinido que chamam de “mente”…
A maior ou menor percepção do Espírito enquanto encarnado se
traduz na sua mediunidade mais ou menos desenvolvida: assim é que, por exemplo, Francisco
Cândido Xavier tinha uma percepção
imensamente superior às pessoas comuns, podendo-se comparar,
em percepção, quase a um Espírito Superior desencarnado.
A tendência é cada Espírito ir adquirindo maior acuidade
espiritual, mesmo quando encarnado, ficando os outros 5 sentidos, encarregados apenas das tarefas
rotineiras da vida terrena.
O médium voltado para o Bem supera as barreiras do corpo
físico e entra em contato mais ou menos intenso com seus Orientadores Espirituais.
A intuição, por exemplo, que é a faculdade mais comum, chega
a graus elevados em muitas pessoas.
A notável médium Yvonne do Amaral Pereira, quando encarnada,
dizia que uma das conquistas mais importantes para qualquer médium seria afinar-se com seu
respectivo Guia Espiritual.
Não devemos menosprezar esse dom, mas sim devemos exercê-lo
em benefício das pessoas, nos centros espíritas, aperfeiçoando-se pelo estudo
sistematizado nos grupos de estudo, porque os maiores beneficiados seremos nós mesmos.
Afinal, trata-se de uma verdadeira bênção poder estar em
sintonia mental com Espíritos muito mais adiantados que nós, que são nossos Orientadores invisíveis,
que se fazem presentes no nosso dia a dia
de atuação no Bem.
Feliz de quem sabe dar valor a esse contato, porque, nessa
convivência, até os problemas terrenos passam a ser entendidos como devem sê-los: verdadeiros
cursos de aperfeiçoamento intelecto-moral e não uma cruz que deva ser arrastada com lágrimas e lamentações.
Quem pode ser útil através da mediunidade traz dentro de si
uma ferramenta valiosíssima, que é a força
mental, a qual pode produzir verdadeiros “milagres”: aí é
que está a maior potencialidade do Espírito.
Quando Jesus falou: “Vós sois deuses.
Vós podeis fazer tudo
o que Eu faço e muito mais ainda” naturalmente estaria se referindo à força mental, ou seja, à
mediunidade, pois Ele mesmo atuava como Médium, de Deus, daí, na certa, Suas Potencialidades
praticamente Absolutas.
As pessoas em geral devem estudar essas questões, não
se contentando com informações superficiais, começando pela Codificação Kardequiana e seguindo adiante,
para que se transformem em verdadeiros homens e mulheres conscientes da sua própria essência
espiritual e não aceitando o qualificativo de animais racionais, o que nos rebaixa.
Luiz Guilherme Marques