terça-feira, 25 de junho de 2013

                                
                 A FELICIDADE DE BEZERRA DE MENEZES

Um dia  perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.

Ele respondeu:

 - A maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito ao qual eu estava dormindo,  e tocando-me, falou:

- Bezerra, acorde, Bezerra!

Abri os olhos e vi, bela e radiosa.

- Minha filha, é você Celina?!

- Sim, sou eu meu amigo. A mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo  atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.

Chegaram meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora. Então Celina, me disse:

- Venha ver,  Bezerra.

Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.

- Quem são Celina? – perguntei-lhe – não  conheço a ninguém. Quem são?

- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. Sã aqueles Espíritos atormentados, que chegaram a sessões  mediúnicas e a sua palavra caiu como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados mundo. A quem você estimulou e guiou. São eles que o vem saudar no pórtico da eternidade.

E o Dr. Bezerra concluiu:

A felicidade sem lides existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorremos.

(Suely  C. Schubert – O semeador de Estrelas pg.191-192)