Jamais haverá paz no mundo se vivermos odiando e
alimentando o desejo de vingança.
Se queremos de fato a paz, é preciso eliminar
esses sentimentos inferiores, usando o perdão em qualquer circunstância.
Eis a razão pela qual o Benfeitor Espiritual
Emmanuel diz que o perdão não se adquire nos armazéns, pois, na essência, o
perdão é uma luz que se irradia, começando por nós mesmos.
Mas, para
irradiarmos essa luz, precisamos sair da “tolerância zero” para a “tolerância
máxima”, recomendada e vivida por Jesus.
Somente perdoando de maneira incondicional aos
nossos inimigos, é que poderemos promover definitivamente a paz na Terra.
Na
realidade, o mundo hoje passa por uma crise de intolerância devido à falta de perdão.
Segundo Emmanuel, que foi o guia espiritual de
Chico Xavier, o perdão é o único antibiótico mental capaz de acabar com as
infecções do ressentimento no organismo do mundo.
Como é sabido, a falta
de perdão também tem sido a causa de inúmeras doenças físicas e mentais,
tornando-se um dos males do mundo moderno.
É bem verdade que nós continuamos clamando por paz,
diante de tanta violência que vem ensanguentando a Terra.
No entanto, se não
resolvermos essa crise de intolerância, Emmanuel preconiza que a nossa
agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.
Porém,
para que tal situação não ocorra, aconselhou-nos Jesus que perdoemos os que nos
ofendam setenta vezes sete cada ofensa, ou seja, infinitamente.
Neste sentido,
deu-nos o exemplo no alto da cruz, rogando para os seus algozes: “Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Perdão, pelo visto, é a base
fundamental para construirmos um mundo de paz.
Por isso, é preciso abolir a pena de talião, que
prescreve o direito de arrancarmos o olho de alguém que tenha arrancado o
nosso.
Eis por que Gandhi chegou à conclusão de que, se
continuarmos praticando a lei do “olho por olho”, todos terminaremos cegos.
Sem o perdão, continuaremos alimentando o círculo vicioso do ódio e da vingança.
Perdoar, enfim, é
a única saída para a paz!
Gerson Simões Monteiro - O consolador