MÃES MÁS!!
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O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura. O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta. “Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se o passeio foi bom (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA!”
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos nos esforçando e pedindo a Deus que nos ajude a sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.
EU ACHO QUE ESTE DEVE SER UM DOS GRANDES MALES DO MUNDO DE HOJE: A INSUFICIÊNCIA DE MÃES MÁS!
Aquelas que já são mães, que não se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta!
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quarta-feira, 9 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
O ESPIRITISMO É UMA SÍNTESE DOS ESFORÇOS HUMANOS PARA COMPREENSÃO DA VIDA.
(Parte 2 e final) *
“A fé ingênua, imposta pela autoridade e a tradição,
derrete-se como cera frágil, ao fogo da razão.” - Herculano Pires
Segundo Herculano Pires (1),
“(...) Os mitos do “horizonte agrícola” (2) exercem ainda poderosa
influência em nosso mundo. Isso contribui para o descrédito das religiões, em
face dos estudiosos de história, e mais ainda, dos que tratam de mitologia.
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Osíris, por
exemplo, como típico deus agrário, parece constituir uma prova das origens
míticas do dogma da ressurreição. Quando os cristãos proclamam a ressurreição de
Cristo, os estudiosos sorriem com desdém, lembrando a ressurreição de
Osíris.
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Vejamos por quê: Osíris, filho da Terra e do Céu,
cresce, viceja, esplende, e então é ceifado, retalhado ou moído, e por fim
enterrado. Mas da terra, como as sementes, Osíris renasce, para começar novo
ciclo, semelhante ao anterior. Morto e espostejado por Set, seu irmão, é
ressuscitado por sua esposa e irmã, a deusa Ísis, através de rituais
especiais. Está bem visível a analogia agrária. Osíris é como o trigo, que
depois da ceifa sofre a debulha, volta a ser enterrado na semeadura, e por fim
renasce. Às vezes, associado ao Nilo, é um deus fluvial. Cresce com a inundação,
declina e morre na vazante, mas depois ressuscita e faz nascerem as plantas, com
o poder mágico das águas.
Osíris, deus-fluvial, está naturalmente ligado ao
cultivo da terra. No seu aspecto fluvial, porém, apresenta-nos um elemento novo,
que é a magia da água. Vemos nele a “água pura”, que serve para purificar a
terra seca, estéril, poeirenta, e com ela os homens e os animais; a “água da
renovação”, usada largamente nas abluções sagradas e utilizadas nas formas
batismais, como no caso clássico de João Batista; e, por fim, a “água
fecundante”, que representa a virilidade do deus-fluvial, fecundando a terra.
O dogmatismo religioso não consegue furtar-se ao
impacto dessas comparações. Somente a “fé raciocinada”, como queria Kardec, pode
enfrentar serenamente essa análise histórica, sem perder-se na negação ou
extraviar-se na dúvida. De outro lado, a razão céptica, por mais cultivada que
seja, não consegue penetrar a essência do mito agrário. Assim como a fé
necessita da luz da razão, esta luz, por sua vez, necessita do pavio da
fé.
O Espiritismo demonstra que o mito agrário é
essencialmente analógico, nasce do poder comparativo da razão. Esse poder
assimilou, desde a era tribal, a ressurreição humana, demonstrada pelos fatos
mediúnicos, à ressurreição vegetal. Sem a prova material da existência do
Espírito, da sobrevivência do homem, o mito agrário se reduz ao seu aspecto
analógico, não deixando perceber os motivos profundos da analogia. Daí a
descrença e o sorriso irônico dos “sábios”, que na Verdade deviam esperar para
sorrir mais tarde, uma vez que os que riem por último riem melhor.
Da impregnação mítica do pensamento
religioso
Agrário, também, é o mito da Virgem-Mãe, que adquire
amplitude social e política na doutrina da teogamia egípcia. A terra, deusa-mãe,
é virgem antes e depois do parto, pois não sai maculada da fecundação e está
sempre em estado de pureza. Fecundada pelo deus celeste, floresce nas messes,
embalando no seu colo materno o Messias, ou seja, o deus-solar, que traz a luz,
a Vida e a fartura das colheitas após o inverno. O mito agrário da Virgem-Mãe
tem ainda o seu aspecto astronômico, à semelhança de todos os deuses-agrários,
uma vez que a Terra e o Céu se conjugam no mistério da fecundação. A constelação
da Virgem é a primeira a aparecer no Céu, após o solstício do inverno. Dela
nasce o Sol, o Messias. E a constelação continua virgem, após o nascimento. A
palavra “messe”, como se vê, tem um grande poder mítico: dela derivam o nome do
Messias e do culto que lhe atribuem, mais tarde representado na liturgia da
missa.
Assim também o mistério do pão e do vinho. O pão
representava nos mistérios gregos a deusa Demeter, ou a Ceres para os romanos,
mãe dos cereais. O vinho representava Baco ou Dionísio, deuses da alegria, da
vida, e, portanto do Espírito. Comer o pão e beber o vinho era simbolizar a
fecundação da matéria pelo poder do Espírito. A matéria impregnada pelo poder do
Espírito era representada, nas cerimônias religiosas pagãs, pelo pão embebido de
vinho. Quando os hebreus chegaram a Canaã encontraram essa prática entre os
cananitas.
Todo o horizonte agrícola se mostra dominado por
essa simbologia mágica do pão e do vinho, de que o próprio Cristo se serviu, não
para sujeitar os homens ao símbolo, mas para ilustrá-lo através dele.
Bastam esses exemplos, para vermos a intensidade da
impregnação mítica do pensamento religioso contemporâneo. O Espiritismo luta
contra essa impregnação, libertando o homem do peso esmagador do horizonte
agrícola, para conduzi-lo ao horizonte espiritual, que Jesus anunciou à mulher
samaritana.
Se os homens do horizonte agrícola não podiam
conceber o Deus-Único senão por uma forma sincrética, uma mistura de Deus e de
Homem, os do horizonte espiritual irão concebê-lo de maneira mais pura. Não se
trata, porém, de dois Deuses, e sim de um mesmo Deus, visto de duas maneiras.
Por trás de todas as formas de Deus, encontra-se uma realidade única, que é o
próprio Deus. Isso o que permitia a Jesus dizer-se filho de Jeová e ao mesmo
tempo apontar o Seu Pai universal, em espírito e verdade.
Da mesma maneira, os princípios fundamentais da
Bíblia não são negados, mas confirmados pelos Evangelhos. A Lei não é destruída,
mas confirmada. Mais de uma vez nos servirá de esclarecimento a afirmação de
Paulo: “A lei era o pedagogo para nos conduzir a Cristo”.
O processo histórico não é
contraditório, mas progressivo
A Torá judaica não valia pelas suas normas
exteriores e transitórias, circunstanciais, mas pela sua substância. Essa
substância é que prevalece, sendo confirmada por Jesus, nos dois mandamentos
principais: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. O
processo histórico não é contraditório, mas progressivo.
Quando não sabemos enxergar as linhas da evolução,
em seu desenvolvimento natural, enxergamos apenas as aparentes contradições das
coisas. Assim como a ideia de Deus evolui com os homens, desde a litolatria até
as formas mitológicas, e destas à concepção espiritual que hoje aceitamos, assim
também os princípios e os postulados bíblicos vão atingir sua verdadeira
expressão nos Evangelhos, e por fim sua espiritualização no
Espiritismo.
Há um encadeamento perfeito no processo histórico,
que não podemos perder de vista. Graças a esse encadeamento os Espíritos
puderam dizer a Kardec que o Espiritismo é o restabelecimento do Cristianismo, o
que vale dizer: a última fase do desenvolvimento histórico do Cristianismo.
Quando sabemos que este originou do Judaísmo, representando um desenvolvimento
natural da religião judaica, então compreendemos que o Espiritismo, como queria
Kardec e como sustentava Léon Denis, é o ponto mais alto que podemos atingir,
até hoje, em nossa evolução religiosa. Jeová, o deus-agrário, transforma-se no
Pai evangélico, para chegar à “Inteligência Suprema”, no Espiritismo. Jeová se
depura, e com ele se depuram os ritos do seu culto, que por fim se transformam
na “adoração em espírito e verdade”, de que falava Jesus.
O “horizonte agrícola” permanece subjacente em nossa
mentalidade moderna. Ainda não conseguimos libertar-nos de suas fórmulas
agrárias, de seus deuses e seus cultos, carregados de sacrifícios animais e
vegetais. O “horizonte civilizado” desenvolve-se sob os signos agrícolas. Mas
virá, por fim, o momento de transição para o “horizonte espiritual”, que
assinalará uma fase de transcendência na vida humana.
Nos Estados Teológicos, a estrutura política
assemelha-se à estrutura metafísica ou divina. A Religião e o Estado se
modelam reciprocamente, uma sobre o outro, e vice-versa. A classe sacerdotal,
racionalmente organizada, elabora os mitos no plano intelectual, criando a
teologia, estruturando o ritualismo, estabelecendo a genealogia dos deuses e as
formas de relações entre estes e os homens.
Na teogamia egípcia a genealogia divina se prolonga
na genealogia humana dos faraós, graças à fecundação da rainha por um deus.
Amalgamados assim os dois poderes, o temporal e o divino, na própria carne dos
monarcas, os Estados Teológicos tornam-se monolíticos. Ainda na Grécia vemos
isso: a figura humana de Zeus, na sua corte olímpica, refletindo no espaço a
estrutura política da nação”.
Evolução lenta e penosa
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.
- Jesus. (Jo.,8:32.)
- Jesus. (Jo.,8:32.)
Continuemos com Herculano Pires na obra citada:
“(...) Com o tempo o homem vai se libertando de si
mesmo, da sua condição humana, construída penosamente através das estruturas
sociais do horizonte tribal e do horizonte agrícola, procurando uma forma mais
precisa de definição de sua natureza. Na organização tribal, ele se libertou da
condição animal e do jugo absoluto das forças da Natureza, para elaborar a sua
condição própria. Na organização agrícola, ele aprendeu a dominar a Natureza e
submetê-la ao seu serviço, mas caiu prisioneiro da estrutura social. No
horizonte civilizado ele começa a romper os liames da organização social, para
descobrir-se a si mesmo, o que só fará quando se tornar um indivíduo.
A evolução do Espírito está bem clara nesse imenso
processo de desenvolvimento histórico da Humanidade. O homem se eleva
progressivamente da selva à civilização, através de períodos históricos
definidos como “horizontes”, ou seja, como universos próprios, nos quais
os diferentes poderes da espécie vão sendo treinados em conjunto, até que o
desenvolvimento da razão favoreça o processo de individualização. Primeiramente,
o homem se destaca da Natureza através do conjunto tribal; depois, reafirma a
sua independência através dos conjuntos mais amplos das civilizações agrárias;
e, depois, ainda, constrói os conjuntos mais complexos das grandes civilizações
orientais. Nesses conjuntos, porém, o homem descobre a possibilidade de
destacar-se individualmente da estrutura social. O espírito humano se afirma
como individualidade, como entidade autônoma, capaz de superar não somente a
natureza, mas a própria Humanidade”.
Segundo Joanna de Ângelis:
“(...) O ser humano, avança para a Realidade, na
qual, queira ou não, se encontra mergulhado, por ser centelha viva e
inextinguível...
Lentamente a evolução vai se impondo de maneira
inevitável porque o progresso é inestancável. Passa a onda que avassala por um
momento, sucedendo à outra, que também desaparecerá, e a busca do “Si”
propiciará diferente conduta, abrindo espaço para a autenticidade, para a
interiorização, para o autodescobrimento...
É necessário guardarmo-nos da
obtusidade dos
misoneístas revéis
misoneístas revéis
Por muito tempo a prevalência do mito no
inconsciente humana regerá o seu comportamento. Inobstante essa presença,
desenhar-se-ão programas de ascensão, mediante os sonhos de beleza, de paz e
liberdade plena, que darão surgimento a futuros arquétipos que se insculpirão no
inconsciente, procedendo das experiências no mundo espiritual, onde a vida
estua, e ressumando na Terra, onde se desenvolverão os programas da evolução”.
A Doutrina Espírita nos coloca frente a frente com o
“horizonte espiritual” que Jesus mencionou à mulher samaritana; horizonte
este totalmente diferenciado de todos os outros pelos quais temos passado nesta
longa peregrinação evolutiva desde os tempos das cavernas e das tribos
primitivas...
Para não obstruirmos o nosso processo evolutivo,
deixando-o fluir naturalmente, sem peias, faz-se necessário guardarmo-nos do
apoucamento e obtusidade dos misoneístas revéis que, anestesiados em ancilosante
acomodação não se deixam permear pelo conhecimento espírita, mimetizados que
estão pelo verniz dos mitos e fantasias de antanho dos quais não abrem mão,
presos que estão aos “horizontes” antigos.
Conhecendo as raízes histórico-atávicas dos
arraigados costumes que se perdem na noite dos tempos, fica mais fácil
identificar – hodiernamente – os seus corolários e, consequentemente podemos
trabalhar com mais eficiência no sentido de erradicá-los dos arraiais
espiritistas, livrando tanto o Movimento Espírita quanto as Casas Espíritas de
todos os “usos e costumes” ainda comprometidos e atrelados ao passado de
ignorância de onde procedemos.
Tal a maneira de projetarmo-nos na direção do
“horizonte civilizado”, ou seja, do “horizonte espiritual”
atentos às palavras de Jesus à Samaritana (3):
“(...) Vós adorais o que não sabeis; mas a hora vem,
e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem”.
Notas:
(1) Pi
res, José Herculano. O
Espírito e o Tempo. 3.ed.São Paulo: EDIECEL, 1979.
(2) Segundo patamar da evolução humana.
(Para maiores esclarecimentos leia a 1ª parte deste artigo, na edição anterior
desta revista.)
(3) João, 4:22 e 23.
terça-feira, 1 de maio de 2012
O ESPIRITISMO É UMA SÍNTESE DOS ESFORÇOS HUMANOS PARA COMPREENSÃO DO MUNDO E DA VIDA
(1ª Parte)
"A fé ingênua, imposta pela autoridade e a tradição, derrete-se como cera frágil, ao fogo da razão.” - Herculano Pires
Emmanuel recomendou ao seu tutelado - Francisco Cândido Xavier - que dele se afastasse no momento em que dissesse algo diferente do que disse Jesus e Kardec. Infelizmente tal recomendação não tem sido observada por inúmeras criaturas que promovem em suas Casas Espíritas os mais absurdos despautérios doutrinários. Evidentemente tal recomendação é estendida a todos os
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espíritas para que jamais venhamos a acoroçoar modismos ditados pelos ancestrais atavismos, permeando o movimento e as Instituições Espíritas com práticas esdrúxulas, divorciadas da coerência doutrinária.
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Lamentavelmente já grassam loucuras de variegado matiz, graças à falta de estudos e ausência de sedimentação doutrinária de quem “aprendeu” Espiritismo de “ouvido”, sem o devido estudo das Obras Básicas...
Vamos buscar nas raízes das civilizações a explicação para tal estado de coisas, a fim de que possamos compreender como, apesar de toda a clareza da Doutrina Espírita, ainda existem tantos modelos ideológicos ultrapassados e comprometidos com a ignorância, corrompendo o meio espiritista, consequência lógica do comodismo e do misoneísmo dos invigilantes.
Por falar em “raízes das civilizações”, devemos entender que os diversos patamares evolutivos espalhados pelas idades desde o início dos tempos até hoje são conhecidos como “horizontes”. No momento em que de nômade o homem passou às suas primeiras experiências sedentárias, temos aí o início do “horizonte agrícola” que localiza no tempo as idades mais primitivas pelas quais já passamos, mas, por incrível que pareça, ainda restam, mesmo nos dias de hoje, resquícios desse recuado “horizonte” como vamos ver na sequência de nossas despretensiosas elucubrações. Tais substratos é que geram os desacertos doutrinários com que nos vemos a braços hoje em dia, uma vez que os ancestrais atavismos são de difícil erradicação.
Escreveu Segundo Herculano Pires:
“(...) Mais de um século após o advento do Espiritismo reina ainda grande incompreensão a respeito da Doutrina, de sua própria natureza e de sua finalidade. A Codificação, entretanto, foi elaborada em linguagem clara, precisa, acessível a todos. À lucidez natural do espírito francês, Kardec juntava sua vocação e a sua experiência pedagógicas, além da compreensão de tratar com matéria sumamente complexa. Vemo-lo afirmar, a cada passo, que desejava escrever de maneira a não deixar margem para interpretações, ou seja, para divergências interpretativas...
Qual o motivo, então, por que os próprios adeptos do Espiritismo, ainda hoje, divergem, no tocante a questões doutrinárias de importância?
O Espiritismo, segundo Kardec e seus principais continuadores, constitui a última fase do
processo do conhecimento
processo do conhecimento
À maneira do Cristianismo, o Espiritismo abre caminho no mundo, enfrentando a incompreensão de adeptos e não-adeptos.
Em primeiro lugar, há o problema da posição da doutrina: Uns a encaram como sistematização de velhas superstições; outros, como tentativa frustrada de elaboração científica; outros, como ciência infusa, não organizada; outros ainda, como esboço impreciso de filosofia religiosa; outros, como mais uma seita, entre as muitas seitas religiosas do mundo. Para a maioria dos adeptos e não-adeptos, o Espiritismo se apresenta como simples “crença”, espécie de religião e superstição, ao mesmo tempo, eivada de resíduos mágicos...
Ao contrário de tudo isso, porém, o Espiritismo, segundo a definição de Kardec e dos seus principais continuadores, constitui a última fase do processo do conhecimento. Última não no sentido de fase final, mas da que o homem pôde atingir até agora, na sua lenta evolução através do tempo. É evidente que se trata do conhecimento em sentido geral, não limitado a um determinado aspecto, não especializado... Nesse sentido geral, o Espiritismo aparece como uma síntese dos esforços humanos para compreensão do mundo e da vida. Justifica-se, assim, que haja dificuldade para a sua compreensão, apesar da clareza da estrutura doutrinária da Codificação. De um lado, o povo não pode abarcá-lo na sua totalidade, contentando-se com o seu aspecto religioso; de outro, os especialistas não admitem a sua natureza sintética; e de outro, ainda os preconceitos culturais levantam numerosas objeções aos seus princípios.
(...) Sendo o Espiritismo uma realidade histórica, afirmada pelo Codificador e seus sucessores, tem ele o seu passado e o seu presente, como terá o seu futuro. No tempo de Kardec, introduzir alguém no estudo do Espiritismo era introduzi-lo numa realidade nascente, numa verdadeira problemática em ebulição, num processo histórico em princípio de definição, e principalmente “numa nova ordem de ideias”. Hoje, é introduzir esse alguém num processo já definido, e não apenas numa ordem de ideias, mas também no quadro histórico em que essa ordem surgiu. Dessa maneira, é introduzi-lo também na própria introdução de Kardec.
Sem o exame histórico do problema mediúnico, por exemplo, os estudantes de hoje estarão ameaçados de flutuar no abstrato. Introduzindo-se numa ordem de ideias, sem o conhecimento de suas raízes históricas, arriscam-se a confundir, como fazem os leigos, mediunismo e Espiritismo, ou seja, o processo mediúnico de desenvolvimento espiritual do homem, com o Espiritismo. Arriscam-se, ainda mais, a aturdir-se com fatos mediúnicos rudimentares, considerando-os, por sua aparência extravagante, como novidade. Por outro lado, dificilmente compreenderão a aparente contradição existente no fato de ser o Espiritismo, ao mesmo tempo, uma doutrina moderna e um processo histórico provindo das eras mais remotas da Humanidade.
Existe ainda o problema religioso, e particularmente o das ligações do Espiritismo com o Cristianismo, que somente uma introdução histórica pode esclarecer”.
Isto é o que tentaremos fazer neste pequeno ensaio.
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“Vos adorais o que não sabeis; mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem.” - Jesus. (Jo., 4:22 a 24.)
Esta parte do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana à beira do poço de Jacó, transcendendo o seu mero aspecto circunstancial-temporal, marca o exato momento em que Ele falava não apenas a ela, mas a toda a Humanidade acerca da urgente necessidade de romper com os mitos e fantasias de antanho, elevando-se aos alcandorados patamares onde viceja a luz da razão, ou seja: mostrava onde está a realidade espiritual, por sinal bem distante desta na qual ainda nos situamos.
Os mitos perderam a força de expressão, não, porém, de conteúdo, por estarem ínsitos na história evolutiva
da própria criatura
da própria criatura
Segundo Joanna de Ângelis trazemos uma herança arquetípica de mitos e fantasias, dos períodos iniciais da evolução do pensamento, que prossegue submetendo-nos e subjugando-nos e, consequentemente, impedindo-nos de vislumbrar os horizontes espirituais e conquista, evidentemente obstando também a nossa almejada alforria espiritual, meta, aliás, assinada por Deus para todas as Suas criaturas.
Acompanhemos as palavras da nobre Mentora :“(...) Os vultos mitológicos do Panteão greco-romano, ou os deuses Todo-Poderosos da herança oriental, têm ressurgido com força bastante singular nos mais diferentes períodos das transatas civilizações, tomando forma dominadora na atualidade.
O renascer de culturas bárbaras adotadas como exibicionismo pela moderna juventude, não apenas ressuscita atavismos que remanescem de suas reencarnações anteriores, ainda vivas no inconsciente, senão, também, como expressões violentas do instinto de sobrevivência, agressivo por mecanismos de defesa e de auto-realização, chamando a atenção exteriormente, a fim de ocultar os conflitos internos de cada um, a timidez, o medo da sociedade, assim formando novos grupos de identificação, nos quais se homiziam, dando largas ao primarismo neles jacentes.
Por outro lado, o mito que permanece vivo no indivíduo gera novos deuses, aos quais se submete, criando linguagem própria de comunicação, através da qual se sente elegido, depredando, agredindo os outros grupos sociais e consumindo-se na alucinação das drogas em terríveis estados de consciência alterados, que se manifestam em desequilíbrio e morte.
O exacerbado culto ao corpo evoca o helenismo subjacente e os ideais dos gladiadores nas arenas, conquistando glórias enquanto matavam, promovendo o ego destruidor em detrimento do “Self” profundo e realizador.
As expressões positivas dos mitos ancestrais constituíram instrumentos estimuladores para o crescimento de incontáveis gerações que se fascinavam com esses arquétipos inerentes ao ser humano, e procedentes das forças vivas da Natureza.
Face ao desenvolvimento ântropo-sócio-psicológico, a identificação do mito como recurso de evolução experimentou uma necessária releitura, concluindo-se que, na maioria das vezes, transformando-se em fantasia, afastava as mentes e as emoções da realidade, propiciando fugas espetaculares para longe da realidade, com imensos prejuízos para o amadurecimento interior.
Parecendo haver sucumbido, os mitos perderam a força de expressão, não, porém, de conteúdo, por estarem ínsitos na história evolutiva da própria criatura.
Recorde-se que, à medida que as velhas histórias da carochinha e outras foram sendo deixadas à margem nos programas educacionais, a industrialização dos povos e as lutas pela aquisição consumista das pessoas produziram terríveis vazios existenciais, roubando o significado profundo da Vida humana.
Ante a ausência de uma linguagem psicológica própria para preencher as lacunas de objetivo no transcurso da Vida física, foram criados novos deuses, conforme os padrões comportamentais do momento, mascarando muitos conflitos e dando curso à vigência de mitos que pudessem superar a desinteressante e cansativa jornada operacional, com o qual o ser se encontra a braços”.
Os mitos e fantasias ancestrais ressurgiram nas músicas ruidosas, primitivas, exigindo os movimentos
tribais do corpo
tribais do corpo
O peso dos atavismos é tão considerável que até mesmo ao tempo de Moisés podemos flagrar a sua ação imediatista: Enquanto Moisés subia ao Monte Sinai para receber os transcendentais procedimentos novos que iriam alterar o “status quo” da massa ignara, o poviléu não perdeu tempo: fundiu com ouro um bezerro ao qual cultuavam no momento em que Moisés descia com as Tábuas da Lei. Evidentemente a imagem do bezerro de ouro falava mais de perto às suas necessidades de proteção, isto é, materializaram um recurso mais palpável para resolver as fobias coletivas, num flagrante desvio doutrinário da linha que Moisés estava apresentando.
Vejamos o registro de tal ocorrência na narrativa do próprio Legislador Hebreu : “(...) e as duas tábuas do concerto estavam em minhas mãos; e olhei, e eis que havíeis pecado contra o Senhor vosso Deus; vós tínheis feito um bezerro de fundição; cedo vos desviastes do caminho que o Senhor vos ordenara. Então peguei das duas tábuas, e as arrojei de ambas as minhas mãos, e as quebrei aos vossos olhos”.
Continuemos com a conclusão de Joanna de Ângelis:
“(...) Regurgitantes, os mitos e fantasias ancestrais, ressurgiram nas músicas ruidosas, primitivas, exigindo os movimentos tribais do corpo, com os acepipes da exacerbada sensualidade, favorecendo os jogos exaustivos do sexo e da embriaguez dos sentidos, como fontes de prazer e abismos de esquecimento da responsabilidade de consciência perante as exigências da evolução intelecto-moral; os desportos ressuscitaram os seus gladiadores, nos mais violentos, ou trouxeram de volta os semideuses das competições de todo gênero, empenhados em vencer sempre, sem o menor respeito pelo prazer de competir; o profissionalismo impiedoso disseminou organizações, algumas criminosas, sem dúvida, nas quais o atleta é apenas objeto de interesse comercial, que deve ser eliminado quando já não atenda às paixões mafiosas e às dos fanáticos que os adoram, matam e morrem por eles, terminando por devorá-los também”.
Após esta necessária digressão onde já podemos perceber algo acerca do porquê de tanta incoerência doutrinária nos arraiais espiritistas, uma vez que os “desvios” estão arraigados em nosso caldo cultural, vamos acompanhar o lúcido raciocínio de Herculano Pires, para ficarmos mais bem situados na questão, viajando com ele num proveitoso “flashback” histórico. Para tal, vamos extratar alguns tópicos de seu livro (1) apontado por uma pesquisa da Candeia Distribuidora de Livros de Catanduva (SP) como um dos dez livros espíritas do século 20, onde estão consignados os testemunhos de vários sábios, entre eles Ernesto Bozzano que, por sua vez, apoiou suas elucubrações científicas nas pesquisas do antropólogo Andrew Lang e do etnólogo Max Freedom Long, realizadas entre as tribos da Polinésia, para mostrar a existência dos fenômenos espíritas no horizonte tribal e, conseguintemente a crença na sobrevivência do espírito humano.
Observamos, assim, que desde as mais prístinas eras, o homem já identificava “uma força” além da matéria. Daí surgiram os mitos e seu cortejo de fantasias. Não obstante, é razoável constatar que das selvas à civilização, os Espíritos ensinam aos homens que a Vida não se encerra no túmulo, como não principia no berço.
Quando de nômade o homem passou às primeiras formas sedentárias de vida social, vemos o animismo desenvolver-se no plano da racionalização. Esse recuado período é também conhecido como “horizonte agrícola”, do qual ainda hoje existem fortes resquícios como veremos mais adiante.
O conhecimento dos processos históricos é indispensável ao espírita, para imunizá-lo contra as deturpações místicas
da doutrina
da doutrina
Estamos naquele período hegeliano, e por isso mesmo dialético, em que a razão se desenrola no processo histórico, entendido este como o progresso do homem na Terra. As invenções, o emprego de instrumentos, o aumento demográfico e o desenvolvimento mental processam-se de maneira simultânea, e é precisamente do desenvolvimento mental que vai surgir uma consequência curiosa: o aprofundamento da crença tribal nos Espíritos, num sentido de personalização, envolvendo os aspectos e os elementos da Natureza. A experiência concreta que deu ao homem primitivo o conhecimento da existência dos Espíritos alia-se agora ao uso mais amplo das categorias da razão. As duas formas gerais de racionalização anímica são a concepção da Terra-Mãe e a do Céu-Pai. Essas formas aparecem bem nítidas no pensamento chinês, que conservou até os nossos dias os elementos característicos do “horizonte agrícola”. O Céu é o deus-pai, que fecunda a terra, deusa-mãe”.
Podemos observar, assim que o dogma da virgindade de Maria, mãe de Jesus e a “fecundação divina” que pretensa e ousadamente tenta explicar a divindade do Cristo. nada mais é senão um “xerox” ostensivo e grosseiro, diríamos um “plágio”, dos mitos pagãos feito pela casta sacerdotal. Mais adiante veremos que a utilização do pão e do vinho realizada até hoje em várias denominações religiosas tem a mesma origem, pois os religiosos da Idade Média não entendendo a essência do ensinamento de Jesus na última ceia, ao referir-Se ao pão e ao vinho, equivocadamente materializaram o preceito e perderam o rumo do seu real sentido. A mesma fonte forneceu também a origem do sacramento do batismo pela água, conforme também veremos. Mas, como podemos notar desde já, nem mesmo originalidade os inventores das religiões tiveram, vez que simplesmente repetiram edições reformadas e mal alinhavadas de modelos existentes no passado.
Continuemos com Herculano Pires:
“(...) Na civilização egípcia, há uma inversão de posições: O Céu é a mãe e a Terra é o Pai; e dentro da ancestral teogamia egípcia, os Faraós eram também portadores de dupla natureza: a humana e a divina, porque eram filhos da rainha com o deus-solar. Não eram, portanto, filhos de um homem, e nem mesmo de um homem-deus, mas do próprio Deus, que através de processo divinos fecundava a rainha.
O conhecimento desses processos históricos é indispensável ao espírita, para imunizá-lo contra as deturpações místicas ou supersticiosas da doutrina, tão comuns num mundo que, apesar de se orgulhar do seu progresso científico, ainda não se libertou de sua pesada herança mitológica.”
(Este artigo será concluído na próxima edição desta página.)
(Este artigo será concluído na próxima edição desta página.)
Nota:
(1) PIRES, José Herculano. O Espírito e o Tempo. 3.ed.São Paulo:EDIECEL, 1979.
sábado, 28 de abril de 2012
EXPIAÇÃO COLETIVA!!
|
quarta-feira, 25 de abril de 2012
OBSESSÃO ESPIRITUAL, CAUSA DAS GRANDES ANGÚSTIAS HUMANAS.
Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé
Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé
pela renovação mental e pela prática do bem
nos
moldes dos códigos evangélicos
moldes dos códigos evangélicos
Confrades vez ou outra nos indagam por que viver na Terra é tão complicado e quase sempre tão amarga é a vida? Digo-lhes que essa sensação eventualmente pode ser uma aspiração à felicidade e à liberdade e que, algemado ao envoltório físico que nos serve de cárcere, aplicamo-nos a inúteis esforços para dele sair. Contudo, alguns se abatem no desencorajamento, e a todo o instante reverberam suas lamentações. Mas é preciso resistir energicamente a essas sensações de desânimo e desesperanças, porque os sonhos para a felicidade de viver são intrínsecos a todos os homens, embora não a devamos sofregamente procurar somente na experiência material e transitória da vida terrena.
Comentando sobre a melancolia,
encontramos em O Evangelho segundo o Espiritismo o Espírito François de
Genève, ditando o seguinte: “Precisamos cumprir, durante nossa prova terrena,
tarefas e compromissos que não suspeitamos, seja no que tange à devoção à
família, ou cumprindo diversos deveres que Deus nos confiou. Se no transcurso
dessa experiência, no desempenho das tarefas, observamos os cuidados, as
inquietações, os desgostos esmagarem nossos ânimos d'alma, sejamos fortes e
corajosos para derrotá-los. Avancemos e encaremos sem temor; pois que as
aflições são de curta duração e devem nos conduzir para situações bem melhores
no futuro”.
Há, porém, muitas amarguras que podem
ter suas origens na infidelidade aos compromissos cristãos, daí a melancolia se
instala no ser, do que poderá resultar um processo obsessivo. Mas o que é uma
obsessão? Etimologicamente, o termo tem sua origem no vocábulo
obsessione, palavra latina que significa impertinência, perseguição. Para
alguns estudiosos espíritas, a obsessão é percebida como um grande flagelo
mundial. Essa visão se reveste de profunda gravidade na sociedade, que
atualmente está bem instrumentalizada tecnologicamente, seja no campo das
comunicações e da informática, seja nas outras áreas do saber, ampliando e
aprofundando as responsabilidades de cada um em face da vida coletiva.
OBSESSÃO É UMA INFLUÊNCIA MALÉFICA NA MENTE.
Aurélio Buarque define obsessão como
sendo uma preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito,
resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania. Da mesma forma a
terminologia obsessão é usada, vulgarmente, para significar ideia fixa em alguma
coisa, tique nervoso, gerador de manias, atitudes estranhas etc. Entretanto, sob
o ponto de vista espírita, o termo tem um significado e interpretação mais
amplos. Consubstancia-se numa influência maléfica relativamente persistente que
desencarnados e/ou encarnados, tão ou mais atrasados que nós mesmos, podem
exercer sobre a nossa vida mental.
Para a escola clássica da psiquiatria,
obsessão é um pensamento, ou um impulso, persistente ou recorrente, indesejado e
aflitivo, que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de
ignorá-lo ou de suprimi-lo. Psiquiatras que não admitem nada fora da matéria não
podem entender uma causa oculta (espiritual), mas quando a academia científica
tiver saído da rotina materialista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível
que nos cerca e no meio do qual vivemos uma força que reage sobre as coisas
físicas, tanto quanto sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma
multidão de fenômenos mal compreendidos do psiquismo humano.
E, óbvio, não descartando a possibilidade da
anomalia psicossomática, a Doutrina Espírita faz-nos conhecer outras fontes das
misérias humanas, mantidas pela fragilidade moral dos seres. Reconhecemos que o
uso dos fármacos antidepressivos estabelece a harmonia química cerebral,
melhorando o humor do paciente, no entanto, agem simplesmente sobre os efeitos,
uma vez que os medicamentos não curam a obsessão em suas intrínsecas causas,
apenas restabelecem o trânsito das mensagens neuroniais, corrigindo o
funcionamento neuroquímico do SNC (sistema nervoso central). Sócrates já
afirmava que "se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das
moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma”.
Por insinceridade, em
nosso tênue esforço para a reforma moral, obstamos as relações equilibradas e
equilibrantes conosco e com o próximo. Toda a nossa desarmonia leva a
desenvolver sintonias viciosas com outras mentes doentias, seja de desencarnados
ou encarnados, o que aguça sobremaneira nosso próprio desarranjo interior,
resultando daí as ingentes dificuldades para nos libertarmos das algemas em que
nos aguilhoamos ante as garras do mal.
Na intimidade do lar, da família ou do Centro
Espírita, do ambiente de trabalho profissional, adversários ferrenhos do
pretérito se reencontram. Convocados pelos Benfeitores do Além ao reajuste,
raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos uns à frente dos
outros, e (re)alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da
antipatia que, concentrados, se transformam em pontiagudos dardos magnéticos,
suscetíveis de provocar a enfermidade e a própria morte.
A obsessão espiritual é sintonia ou troca de
vibrações afins. Kardec define obsessão como a ação persistente que um Espírito
inferior exerce sobre um indivíduo, apresentando caracteres variados que vão
desde a simples influência moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a
perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. A obsessão é o
encontro de forças inferiores retratando-se entre si.
AS MÚLTIPLAS FACETAS DA OBSESSÃO.
Há quadros de obsessões explodindo por todos os
lados em todos os níveis, quais sejam de desencarnados sobre encarnados e
vice-versa; de encarnados sobre encarnados, bem como de desencarnados sobre
desencarnados.
Nosso mundo mental rege a vida que nos é peculiar em
todas as suas dimensões, contudo, nos encontramos ainda no início do
entendimento das implicações da força mental, do significado e abrangência das
construções mentais na vida. Os obsessores são hábeis e inteligentes, perfeitos
estrategistas que planejam cada passo e acompanham as presas por algum tempo,
observando suas tendências, seus relacionamentos, seus ideais. Identificam seus
pontos vulneráveis (quase sempre ligados ao descaminhamento sexual) e os
exploram pertinazes.
O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando
imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir.
Quando bom e edificante, ajusta-se às Leis que nos regem, criando harmonia e
felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e
ruína. A química mental vive na base de todas as transformações, porque
realmente evoluímos em profunda comunhão telepática com todos aqueles encarnados
ou desencarnados que se afinam conosco.
Nosso universo mental é como um céu, mas do
firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a vida planetária, assim
como, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem
faíscas elétricas destruidoras. Da mesma forma funciona a mente humana. Dela se
originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do
organismo físico, mas, quando perturbada, emite raios magnéticos de elevado teor
destrutivo para a nossa estrutura psíquica.
O mestre lionês redarguiu dos Espíritos, na questão
466 d' O Livro dos Espíritos, por que permite Deus que os obsessores nos
induzam ao mal? Os Espíritos responderam: "Os seres imperfeitos são instrumentos
destinados a experimentar a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como
Espírito, deveis progredir na ciência do infinito, razão por que passais pelas
provas do mal, a fim de chegardes ao bem. Nossa missão é a de colocar-vos no bom
caminho e quando más influências agem sobre vós, é que as atraís, pelo desejo do
mal. Os Espíritos inferiores vêm em vosso auxílio no mal, sempre que desejais
cometê-lo; e só vos podem ajudar no mal quando quereis o mal. Então, se vos
inclinardes para o assassínio, tereis uma nuvem de Espíritos que vos alimentarão
esse pendor. Entretanto, tereis outros que procurarão influenciar-vos para o
bem. Assim se restabelece o equilíbrio e ficais senhor de vós
mesmos”.
RENOVAÇÃO MORAL COMO BASE PARA A DESOBSESSÃO ESPIRITUAL.
O venerável Codificador, em O Livro dos
Médiuns, afirma que as imperfeições morais dão acesso aos obsessores e o
meio mais seguro de nos livrarmos deles é atrair os bons Espíritos pela prática
do bem. A obsessão é impotente diante de Espíritos redimidos! E o que é um
Espírito redimido? É aquele que reconhece as suas limitações e, como enunciado
pelo apóstolo Paulo, sente a alegria de saber-se "matriculado na escola do
bem”.
Esse desarranjo psicoespiritual deverá ser eliminado
da sociedade no instante em que o lídimo exemplo do amor for experimentado e
disseminado em todas as direções, consoante Jesus consubstanciou e vivenciou até
as agruras da morte, prosseguindo desde tempos apostólicos até os dias atuais.
O Espiritismo, desvendando a intervenção dos
Espíritos endurecidos no mal em nossas vidas, lança luzes sobre questões ainda
desconsideradas pelas ciências materialistas como de causa psicopatológica.
Muitas vezes procurado pelos obsidiados, o Cristo
penetrava psiquicamente nas causas da sua inquietude e, usando de sua autoridade
moral, libertava tanto os obsessores quanto os obsidiados, permitindo-lhes o
despertar para a vida animada rumo à recuperação e à pacificação da própria
consciência. Porém, é muito importante lembrar que Jesus não libertou os
obsidiados sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem
expulsou os perseguidores inconscientes sem fornecer-lhes o endereço de
Deus.
Conclusão
Em síntese, identificamos sempre na obsessão
(espiritual) o resultado da invigilância e dos desvios morais. Para garantir-nos
contra a sua influência urge fortalecer a fé pela renovação mental e pela
prática do bem nos moldes dos códigos evangélicos propostos por Jesus Cristo,
não nos esquecendo dos divinos conselhos do Vigiai e Orai.
Bibliografia
consultada:
Kardec, Allan. O Evangelho segundo
o Espiritismo, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2001, cap. V, item 25.
Dicionário Aurélio eletrônico;
século XXI. Rio de Janeiro, Nova Fronteira e Lexicon Informática, 1999, CD-rom,
versão 3.0.
Xavier, Francisco Cândido. Nos
Domínios da Mediunidade, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Cap. Dominação
Telepática.
domingo, 22 de abril de 2012
A HOMOSSEXUALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA
(Parte 2 e final) |
Allan Kardec
elucida a
questão na
Revista
Espírita.
Emmanuel
esclarece sobre
o tema em Vida e
Sexo e Chico
Xavier opina
sobre o assunto
André Luiz no
livro Ação e
Reação
Dando
prosseguimento
ao
desenvolvimento
do tema,
apresentaremos
da obra Ação
e Reação,
psicografada
pelo médium
Chico Xavier,
esclarecimentos
formulados pelo
Benfeitor
Espiritual André
Luiz no capítulo
15, que tem por
título
“Anotações
Oportunas”.
Nele, ele relata
que Hilário, seu
companheiro de
estudos na
espiritualidade,
em certa
oportunidade
indagou do
Assistente Silas
sobre os
problemas
inquietantes da
inversão sexual.
“Silas deu-se
pressa em
aclarar e disse:
— Não será
preciso alongar
elucidações.
Considerando-se
que o sexo, na
essência, é a
soma das
qualidades
passivas ou
positivas do
campo mental do
ser, é natural
que o Espírito
acentuadamente
feminino se
demore séculos e
séculos nas
linhas
evolutivas da
mulher, e que o
Espírito
marcadamente
masculino se
detenha por
longo tempo nas
experiências do
homem. Contudo,
em muitas
ocasiões,
prosseguiu Silas
dizendo, quando
o homem tiraniza
a mulher,
furtando-lhe os
direitos e
cometendo
abusos, em nome
de sua pretensa
superioridade,
desorganiza-se
ele próprio a
tal ponto que,
inconsciente e
desequilibrado,
é conduzido
pelos agentes da
Lei Divina a
renascimento
doloroso, em
corpo feminino,
para que, no
extremo
desconforto
íntimo, aprenda
a venerar na
mulher sua irmã
e companheira,
filha e mãe,
diante de Deus,
ocorrendo
idêntica
situação à
mulher criminosa
que, depois de
arrastar o homem
à devassidão e à
delinquência,
cria para si
mesma terrível
alienação mental
para além do
sepulcro,
requisitando,
quase sempre, a
internação em
corpo masculino,
a fim de que,
nas teias do
infortúnio de
sua emotividade,
saiba edificar
no seu ser o
respeito que
deve ao homem,
perante o
Senhor.
Nessa definição,
porém, não
incluímos os
grandes corações
e os belos
caracteres que,
em muitas
circunstâncias,
reencarnam em
corpos que lhes
não correspondem
aos mais
recônditos
sentimentos,
posição
solicitada por
eles próprios,
no intuito de
operarem com
mais segurança e
valor, não só o
acrisolamento
moral de si
mesmos, como
também a
execução de
tarefas
especializadas,
através de
estágios
perigosos de
solidão, em
favor do campo
social terrestre
que se lhes vale
da renúncia
construtiva para
acelerar o passo
no entendimento
da vida e no
progresso
espiritual.”
André Luiz no livro Sexo e Destino
O Benfeitor
Espiritual André
Luiz também
aborda na obra
Sexo e
Destino,
psicografada por
Chico Xavier, a
questão da
homossexualidade,
no capítulo IX
da segunda
parte, ao
participar de um
encontro para
estudos no
Instituto de
Renovação “Almas
Irmãs”, dirigido
pelo Instrutor
Espiritual
Félix, para
Espíritos
necessitados de
reeducação
sexual após a
desencarnação.
Relata André
Luiz que Félix,
explanando sobre
as ideias que
diversos
participantes
aventavam,
historiou, em
síntese, que na
Espiritualidade
Superior o sexo
não é
considerado
unicamente por
baliza
morfológica do
corpo de carne,
distinguindo
macho e fêmea,
definição
unilateral que,
na Terra, ainda
se faz seguir de
atitudes e
exigências
tirânicas,
herdadas do
comportamento
animal.
Entre os
Espíritos
desencarnados, a
partir daqueles
de evolução
mediana, o sexo
é categorizado
por atributo
divino na
individualidade
humana, qual
ocorre com a
inteligência,
com o
sentimento, com
o raciocínio e
com faculdades
outras, até
agora menos
aplicadas nas
técnicas da
experiência
humana. Quanto
mais se eleva a
criatura, mais
se capacita de
que o uso do
sexo demanda
discernimento
pelas
responsabilidades
que acarreta.
Qualquer ligação
sexual,
instalada no
campo emotivo,
engendra
sistemas de
compensação
vibratória, e o
parceiro que
lesa o outro,
até o ponto em
que suscitou os
desastres morais
consequentes,
passa a
responder por
dívida justa.
Todo desmando
sexual
danificando
consciências
reclama
corrigenda,
tanto quanto
qualquer abuso
do raciocínio.
Homem que
abandone a
companheira sem
razão ou mulher
que assim
proceda, gerando
desregramentos
passionais na
vítima, cria
certo ônus
cármico no
próprio caminho,
pois ninguém
causa prejuízo a
outrem sem
embaraçar a si
mesmo.
Renovando conceitos
Félix vaticinou
que a Terra, a
pouco e pouco,
renovará
princípios e
conceitos,
diretriz e
legislação, em
matéria de sexo,
sob a inspiração
da Ciência, que
situará o
problema das
relações sexuais
no lugar que lhe
é próprio.
Empenhou-se a
repetir que na
Crosta
Planetária os
temas sexuais
são levados em
conta na base
dos sinais
físicos que
diferenciam o
homem da mulher
e vice-versa; no
entanto,
ponderou que
isso não define
a realidade
integral,
porquanto,
regendo esses
marcos,
permanece um
Espírito
imortal, com
idade às vezes
multimilenária,
encerrando
consigo a soma
de experiências
complexas, o que
obriga a própria
Ciência terrena
a proclamar,
presentemente,
que
masculinidade e
feminilidade
totais são
inexistentes na
personalidade
humana, do ponto
de vista
psicológico.
Homens e
mulheres, em
espírito,
apresentam certa
percentagem mais
ou menos elevada
de
característicos
viris e feminis
em cada
indivíduo, o que
não assegura
possibilidades
de comportamento
íntimo normal
para todos,
segundo a
conceituação de
normalidade que
a maioria dos
homens
estabeleceu para
o meio social.
Tendo Neves, um
dos
participantes da
reunião,
formulado
consulta sobre
os homossexuais,
o Instrutor
Félix demonstrou
que inúmeros
Espíritos
reencarnam em
condições
inversivas, seja
no domínio de
lides
expiatórias ou
em obediência a
tarefas
específicas, que
exigem duras
disciplinas por
parte daqueles
que as solicitam
ou que as
aceitam.
Referiu ainda
que homens e
mulheres podem
nascer
homossexuais ou
intersexos (um
ser que possui
órgãos dos dois
sexos), como são
suscetíveis de
retomar o
veículo físico
na condição de
mutilados ou
inibidos em
certos campos de
manifestação,
aditando que a
alma reencarna,
nessa ou naquela
circunstância,
para melhorar e
aperfeiçoar-se e
nunca sob a
destinação do
mal, o que nos
constrange a
reconhecer que
os delitos,
sejam quais
sejam, em
quaisquer
posições, correm
por nossa conta.
À vista disso,
Félix destacou
que nos foros da
Justiça Divina,
em todos os
distritos da
espiritualidade
superior, as
personalidades
humanas tachadas
por anormais são
consideradas tão
carecentes de
proteção quanto
as outras que
desfrutam a
existência
garantidas pelas
regalias da
normalidade,
segundo a
opinião dos
homens,
observando-se
que as faltas
cometidas pelas
pessoas de
psiquismo
julgado anormal
são examinadas
no mesmo
critério
aplicado às
culpas de
pessoas tidas
por normais,
notando-se,
ainda, que em
muitos casos os
desatinos das
pessoas supostas
normais são
consideravelmente
agravados, por
menos
justificáveis
perante
acomodações e
primazias que
usufruem, no
clima estável da
maioria.
Orientação de Chico Xavier
No livro
Kardec
Prossegue, o
médium mineiro,
ao lhe ser
perguntado se
“O
homossexual
deve-se aceitar
ou deve lutar
contra as suas
tendências?”,
respondeu o
seguinte:
“Já li, de um
analista de
mérito, que toda
amizade e que
toda ligação
espiritual, do
ponto de vista
afetivo, é
parcela de
homossexualidade
no homem e na
mulher; mas, o
homossexual não
poderá deixar a
natureza de que
é portador de um
momento para
outro como se
ele estivesse
condenado a não
trabalhar, a não
servir, quando
nós sabemos que
há tanto
enfermeiro,
tanto professor,
tanta senhora
digna que
executam os
deveres que lhe
competem com
muita eficiência
e devotadamente.
Agora, o
homossexual em
si deve evitar a
pederastia
(relação sexual
entre homens); a
pederastia, sim,
é um problema
suscitado pela
ânsia do homem
de experimentar
sensações, mas a
homossexualidade
está vinculada a
um processo
afetivo entre os
homens e
mulheres do
planeta, de modo
que é um estado
natural em que
as almas se
afinam para
fazer o bem.
Já a pederastia
é muito
diferente.
Quando nós
falamos
homossexual,
lembramo-nos
logo de quadros
infelizes, mas a
verdade é que a
homossexualidade
está em toda
pessoa que tem
um amigo ou que
tem deveres de
fraternidade, de
assistência para
com o próximo. A
pederastia é que
é o grande
problema que
devemos evitar e
entender como
sendo uma
condição
desnecessária e
mesmo imprudente
da parte de
todos os homens.
E vamos dar ao
assunto a cor
que o assunto
traz consigo:
todo homem deve
evitar a
pederastia; toda
mulher pode
estar
perfeitamente
fora do
lesbianismo
(relação sexual
entre mulheres),
porque a nossa
formação nos
leva sempre para
o caminho do que
já fomos e às
vezes nós viemos
para não ser
mais o que já
fomos e sim para
aprender a
considerar o que
devemos ser”.
Conclusão
Diante do que foi exposto nas Partes 1 e 2 deste artigo, apresentamos uma síntese do assunto abordado:
1. O Espírito não tem sexo.
2. O Espírito pode escolher encarnar num corpo de homem ou de mulher.
3. O sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser.
4. Abusos do homem para com a mulher, e vice-versa, provocam desequilíbrio e necessidade de encarnação na outra polaridade sexual, para valorização da condição masculina ou feminina.
5. Também existem inversões solicitadas por almas grandiosas para execução de tarefas específicas que exigem renúncia de si mesmo.
6. Na Espiritualidade Superior o sexo não é considerado unicamente por baliza morfológica do corpo de carne, distinguindo macho e fêmea.
7. Entre os Espíritos desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o sexo é categorizado por atributo divino na individualidade humana.
8. O uso do sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta.
9. Todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio.
10. A realidade integral, regendo os marcos masculino e feminino, é do Espírito imortal, com idade às vezes multimilenária, encerrando consigo a soma de experiências complexas.
11. Os Espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, que exigem duras disciplinas por parte daqueles que as solicitam ou que as aceitam.
12. Todo homem deve evitar a pederastia; toda mulher pode estar perfeitamente fora do lesbianismo, porque a nossa formação nos leva sempre para o caminho do que já fomos e às vezes nós viemos para não ser mais o que já fomos e sim para aprender a considerar o que devemos ser.
Conclusão
Diante do que foi exposto nas Partes 1 e 2 deste artigo, apresentamos uma síntese do assunto abordado:
1. O Espírito não tem sexo.
2. O Espírito pode escolher encarnar num corpo de homem ou de mulher.
3. O sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser.
4. Abusos do homem para com a mulher, e vice-versa, provocam desequilíbrio e necessidade de encarnação na outra polaridade sexual, para valorização da condição masculina ou feminina.
5. Também existem inversões solicitadas por almas grandiosas para execução de tarefas específicas que exigem renúncia de si mesmo.
6. Na Espiritualidade Superior o sexo não é considerado unicamente por baliza morfológica do corpo de carne, distinguindo macho e fêmea.
7. Entre os Espíritos desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o sexo é categorizado por atributo divino na individualidade humana.
8. O uso do sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta.
9. Todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio.
10. A realidade integral, regendo os marcos masculino e feminino, é do Espírito imortal, com idade às vezes multimilenária, encerrando consigo a soma de experiências complexas.
11. Os Espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, que exigem duras disciplinas por parte daqueles que as solicitam ou que as aceitam.
12. Todo homem deve evitar a pederastia; toda mulher pode estar perfeitamente fora do lesbianismo, porque a nossa formação nos leva sempre para o caminho do que já fomos e às vezes nós viemos para não ser mais o que já fomos e sim para aprender a considerar o que devemos ser.
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