quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

REENCARNAÇÃO - ENTREVISTA SERGIO FELIPE

Folha Espírita – Existem preparativos para a reencarnação?
Sérgio Felipe de Oliveira – Os preparativos espirituais para a reencarnação são tratados de forma muito clara nos livros ditados pelo espírito André Luiz através da psicografia de Chico Xavier. A reencarnação, ou seja, o retorno do espírito a um novo corpo, é um fenômeno que não ocorre ao acaso, ao contrário, é cuidadosamente planejado. Podemos dizer que existem “obstetras” no mundo espiritual que preparam o processo reencarnatório. O espírito Emmanuel, também pela psicografia de Chico Xavier na obra Pensamento e Vida, um livro pequeno, mas de grande conteúdo, refere-se a esses preparativos como uma cartilha que se recebe antes de se escorregar para o berço.

FE – Como o espírito sabe se está pronto para reencarnar? Há condições preestabelecidas para isso?
Sérgio Felipe – Consoante nos assevera a Doutrina Espírita, nem todos os espíritos têm plena consciência do processo reencarnatório, motivo pelo qual existem as chamadas reencarnações compulsórias, casos que se assemelham a uma internação psiquiátrica, quando o paciente violento e fora de si necessita ser tratado sob os cuidados de um hospital. São os casos de internação psiquiátrica nas condições de psicose, quando, quase sempre, ocorrem compulsoriamente. Nesta linha de raciocínio, diria que há espíritos que se encontram em determinado nível de sofrimento e comprometimento que somente numa encarnação compulsória poderiam alcançar algum nível de consciência de si e da sua situação. Entendemos que, fora esses casos pontuais, as encarnações são planejadas, e nascemos com alguma missão a ser realizada. Deus é econômico e não colocaria alguém no mundo se não tivesse alguma tarefa a cumprir, consigo próprio, com a família e com a sociedade.

FE – O perispírito, ou corpo espiritual, passa por alguma modificação em seu estado antes de reencarnar?
Sérgio Felipe – Não resta dúvida de que passa, porque a lógica nos diz que o perispírito precisa adaptar-se à crosta terrestre, tendo em vista que há uma relação entre ele e a força gravitacional. Por exemplo, o espírito reencarnante precisa de uma etapa intermediária no que diz respeito à força gravitacional. Não é por acaso que o bebê fica mergulhado no líquido amniótico, que possibilita essa adequação entre a força gravitacional do mundo espiritual e a do mundo físico. Isso também ocorre com o cérebro dentro do líquido céfalo-raquidiano. A explicação para esse mecanismo providencial é que o líquido possibilita diminuir o empuxo gravitacional. Tanto isso é verdade que o desenvolvimento psíquico, que tem seus registros no perispírito, depende igualmente da força gravitacional. Por exemplo, o bebê precisa ser colocado no colo, ser ninado, aprende a engatinhar, pular e escorregar numa autêntica brincadeira com a força da gravidade. Allan Kardec fala sobre isso quando faz referência à necessidade de mudança no perispírito, quando o espírito precisa mudar de um mundo para outro. Há que se adaptar às peculiaridades de cada mundo.

FE – Podemos dizer que os elementos que constituem o perispírito resultam de uma atração, em que cada espírito atrai partículas inerentes ao seu estado evolutivo?

Sérgio Felipe – Acho que é como se fosse uma sintonia, quando você liga o rádio em determinada estação e com ela se conecta para ouvir uma música, um noticiário ou outra coisa que queira. Acredito que o perispírito possa ser construído por algum tipo de espectro do eletromagnetismo, que deve funcionar similarmente ao mecanismo de sintonia, atraindo as partículas do meio onde é formado, segundo o grau evolutivo de cada indivíduo.

FE – No livro Missionários da Luz, o espírito André Luiz descreve que no processo reencarnatório, para a formação do novo corpo, o perispírito se constitui no molde que atrai os elementos materiais fornecidos pela mãe à semelhança de um ímã. Qual a explicação para as anomalias físicas durante a formação do novo corpo?
Sérgio Felipe – Quando nós temos um envolvimento muito grave com o passado e a nossa consciência não se desliga desse passado no momento da reencarnação, a mente, voltada para o passado, não permite a sustentação da força suficiente para a formação perfeita do embrião. Então, os genes ficam sem o suporte que o espírito deve dar. Com isso, o indivíduo vem com seqüelas, seja pela má-formação embrionária ou genética, seja pela interferência do espírito reencarnante – e ele freqüentemente interfere – na genética herdada. Assim, as fortes ligações mentais arrastadas do passado, como remorsos, culpas, ódios, mágoas, dentre outras, impossibilitam ao espírito concentrar-se naquele momento e projetar suas energias para o devir, ou seja, o vir a ser, e, então, não sustenta o desenvolvimento genético com a perfeição que deveria sustentar. No entanto, e ao mesmo tempo, essa ligação com o passado pode ser necessária para sua recuperação.

FE – É possível os encarnados detectarem o momento exato da reencarnação? Quais são os sinais biomoleculares que sinalizam esse momento?
Sérgio Felipe – Sim, perfeitamente. Uma nova vida se inicia no exato momento em que o espermatozóide beija a membrana do oócito que a mulher produz a cada 28 dias. É nesse momento que o espírito assume o comando do novo corpo em formação, tendo o seu perispírito como molde organizador.

FE – Existe algum equipamento, hoje, que pode detectar esses sinais biomoleculares?
Sérgio Felipe – Sim, e podemos destacar o microscópio eletrônico e o microscópio de luz.

FE – Há pesquisas sobre esse assunto?
Sérgio Felipe – Esse exato instante já foi fotografado pela Ciência. (Foto ao lado)

FE – Quanto à Física, os seus avanços vêm ajudando a entender mais as questões do espírito?
Sérgio Felipe – Necessariamente, porque o espírito pensa e sente no mundo e só pensa e sente pela interação com o mundo. E o mundo que nos envolve é material, e a nossa comunicação de um para com o outro se dá através do som, que é matéria, pelo eletromagnetismo, a visão. Então, a compreensão da Física nos permite entender o meio no qual estamos submersos. É também uma forma de nos localizarmos do ponto de vista existencial e na transcendência. Emmanuel, na introdução do livro Nos Domínios da Mediunidade, de autoria do espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, deixa evidente que os cientistas materialistas também são pesquisadores de Deus, porque, ao estudarem a estrutura íntima da matéria, descobrirão que a matéria, como a concebem, não existe e perderão o objeto de sua própria convicção.

FE – Com base no que expôs, como está enxergando o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional buscando descriminalizar o aborto?
Sérgio Felipe – Acho que essa questão da descriminalização do aborto envolve uma percepção muito sutil da representação da vida. Só mesmo uma pessoa envolvida com a causa do bem entende o valor da vida em todas as suas condições. Quando a pessoa tem a sensibilidade de perceber que não pode pisar uma plantinha e estragar o jardim, ela toma cuidado. Assim, temos de entender que o nascituro, ou concepto, também é uma flor no jardim que nós não vamos pisar, porque ela é vida. Então, para dar esse valor essencial, a pessoa precisa estar muito envolvida com a bondade e o amor. Não é só uma questão de lógica, é uma percepção de sentimento. E a humanidade está vivendo uma situação hedonista, muito superficial. É difícil para a maioria das pessoas ter essa percepção, sobretudo nos países onde o aborto é permitido. Nos Estados Unidos, por exemplo, 30% das gestações são abortadas. Mas muitas pessoas, mesmo aquelas que abortaram, já admitem que cometeram algum atentado à vida.

FE – Não seria o caso de perguntar aos defensores do aborto se eles não estão contentes com suas vidas e a de seus entes queridos?
Sérgio Felipe – Temos muita gente trabalhando o assunto junto aos parlamentares. O que eu entendo é que o Brasil precisa de gente. Na Itália já não nascem pessoas suficientes. O Japão já tem a mesma população do Brasil. Veja a sua dimensão territorial. Então, no Brasil, cabe muita gente ainda. E qual seria a força de expressão de nosso país se não fossem as pessoas? Quem é que não sabe disso no mundo? Quando se fala em brasileiro, os estrangeiros já sorriem. Então por que não vamos deixar nascer mais brasileiros, se esta é a nossa riqueza?


artigo extraído da revista Folha Espírita Novembro de 2007 - Edição número 399


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MINHA ORAÇÃO NO FINAL DO ANO

Senhor Deus,  dono do tempo e  da eternidade, teu é o hoje e  o amanhã, o passado e o futuro
Ao acabar  mais um ano,  quero te dizer obrigado por tudo aquilo que recebi de Ti.
Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores,  pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo o que foi possível e pelo o que não foi.
Ofereço-te tudo o que fiz neste ano,  o trabalho que pude realizar,  as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas pude construir.
Apresento-te as  pessoas que ao longo destes meses  amei, as amizades novas  e os antigos amores.
Os que estão perto de mim e aqueles que pude ajudar, as com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também,
 Senhor, hoje quero te pedir perdão. Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo.
Também pela oração  que aos poucos fui adiando e que agora venho apresentar-Te, por todos meus olvidos, descuidos e silêncios, novamente te peço perdão
Nos próximos dias começaremos um novo ano.
 Paro a minha vida diante do novo calendário  que ainda não se iniciou e te apresento estes dias, que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los. próximos dias  começaremos um novo ano.
Hoje, te peço para mim, meus parentes e amigos,  a paz e a legria, a fortaleza e a prudência,a lucidez e a sabedoria.
Fecha meus ouvidos  a toda falsidadee meus lábios a palavras mentirosas, egoistas ou que magoem.
Abre Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos para que as derrame por onde passar. sim, meu ser a  tudo o que é bom.
Senhor,  a meus amigos que lêem esta mensagem, enche-os de Sabedoria, Paz e Amor
E que nossa amizade  dure para sempre em  nossos corações.
Enche-me, também, de bondade e alegria  para que todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho possam descobrir em mim um pouquinho de Ti.
Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade
Que assim seja sempre!!



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

UM AMIGO DO CÉU


Na longa estrada da vida
Nunca caminhas sozinho
Tens sempre alguém a teu lado
Pra te guiar no caminho

É alguém que te quer muito
Que está presente a todas as horas
Que se alegra quando  ris
Que se entristece quando choras

Escuta-o com atenção
Atende ao seu chamamento
E evitarás pela vida fora
Muita dor e sofrimento

Agradece-lhe em cada dia
Com uma singela oração
Teu amigo é merecedor
Da tua maior gratidão

Quem é este amigo do Céu
Que te ampara e alumia?
É o teu Anjo da Guarda,
É o teu Mentor, é teu Guia.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

Feliz Natal

Natal Feliz! Harmonias
Ressoam no céu aberto.
A paz é luz que vem perto,
Estrela oculta a brilhar!...
Comoventes melodias,
Anseios renovadores,
Alegrias, esplendores
No mundo familiar.
Cada expressão do caminho
Revela ternura imensa,
Retorna o clarão da crença,
Sublime, confortador...
É a pastoral do carinho,
Por mil vozes inocentes
Mensagens, flores, presentes,
Transitam plenos de amor.
Explodem brindes à mesa
No louvor que tumultua,
Vertem cânticos da rua,
Sempre música a surgir...
Em cada prece a beleza
Fulge nas almas do povo
Que espera o sol do porvir.
Há convite, onde apareças,
Ao prazer que vibra em casa,
Todo júbilo extravasa
Em profunda exaltação.
Entretanto, não te esqueças
De que o Natal doce e brando
É sempre Jesus chamando
Às portas do coração.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Os Dois Maiores Amores. Ditado pelo Espírito Irene S. Pinto. Edição GEEM.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

3 - APRENDER A SER

continuando......... Os pilares da psicologia espírtia.......
A partir do momento e, que decidimos pautar nossa vida nos valôres intrinsecos da alma, partimos para o grande desafio de "SER".

Saimos da condição de " pessoa espelho", definida por Joanna de Ângelis como todo aquele que reflete as conveniência dos outros, para refletir a nossa própria essência.

Um dos desafios que se encontra, a partir desssa perspectiva, é aprender a conviver com a própria "solidão",  no sentido que nem sempre será possível aguardar que os outros nos compreendam e compartilhem conosco no processo. É por isso que a autora reforça " o homem deve ser educado ´para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os sentimentos momentâneos limites e ansiedades, administrando-os em proveito pessoal, de modo a poder compartir emoções e reparti-las.

Certamente que não se trata da solidão patológica, ou do isoloar-se por não entender ou suportar a convivência de interagir com este ser que somos. mas que por conta de suas estruturas inconscientes. nos torna desconhecidos de nós mesmos.

A sintese de "aprender a ser" é proposta por Joanna de Ângelis da seguinte forma:  A EDUCAÇÃO, A PSICOTERAPIA, A METODOLOGIA DA CONVIVÊNCIA HUMANA DEVE ESTRUTURAR-SE EM UMA CONSCIÊNCIA  DE SER, ANTES DE TER, DE SER, EMBORA SEM A PREOCUPAÇÃO DE PARECER" 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Alma gêmea da minh’alma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão!...
Quando eu errava no mundo
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.

Vinhas na bênção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade,
Em sorrisos de esplendor!...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque eu sou tua esperança,
Como és todo o meu amor!"
(Do livro “Há Dois Mil Anos” psic. Xico Xavier)

Lei de Causa e Efeito.

"Na patogênese da alienação mental, sob qualquer aspecto em que se apresente, sempre defrontaremos um Espírito falido em si mesmo, excruciando-se sob a injunção reparadora, de que não se pode deslindar, senão mediante o cumprimento da justa pena a que se submete pelo processo da evolução.

As Soberanas Leis, que mantêm o equilíbrio da vida, não podem, em hipótese alguma, sofrer defraudações, sem que se estabeleçam critérios automáticos de recomposição, em cujo mister se envolvem os que agem com desregramento ou imprevidência.

Sintetizadas na lei de amor, que é a lei natural fomentadora da própria vida, toda criatura traz o gérmen, a noção do bem e do mal, em cuja vivência programa o céu ou o inferno e aos quais se vincula, nascendo as matrizes das alegrias ou das dores, que passam a constituir-lhe o modus vivendi do futuro, atividade essa pela qual ascende ou recupera os prejuízos que se impôs.

Não há, nesse Estatuto, nenhum regime de exceção, em que alguém goze de benção especial, tampouco de qualquer premeditada punição.

Programado para a ventura, o Espírito não prescinde das experiências que o promovem, nele modelando o querubim, embora, quando tomba nos gravames da marcha, possa parecer um malfadado "satanás", que a luta desvestirá da armadura perniciosa que o estrangula, fazendo que liberte a essência divina que nele vige, inalterada.

Quem elege a paisagem pestilencial, nela encontra motivos de êxtase, tanto quanto aquele que ama a estesia penetra-se de beleza , na contemplação de um raio de Sol ou de uma flor, inundando-se de silêncio íntimo para escutar a musicalidade sublime da Vida.

Não existe, portanto, uma dor única, na alma humana, que não proceda do próprio comportamento, sendo mais grave o deslize que se apóia na razão, no discernimento capaz de distinguir, na escala de valores, as balizas demarcatórias da responsabilidade que elege a ação edificante ou comprometedora...

Só Jesus viveu a problemática da aflição imerecida, a fim de lecionar coragem, resignação, humildade e valor ante o sofrimento. Ele, que era Justo, de modo que ninguém se exacerbe ou desvarie ao expungir as penas a que faz jus.”

Autor: Manoel Philomeno de Miranda
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Nas Fronteiras da Loucura