domingo, 21 de fevereiro de 2016

                             CRUZAR BRAÇOS E MÃOS ATRAPALHA
                              A EFICÁCIA DO PASSE ESPÍRITA?

Dia desses perguntaram-me se o fato de mãos, braços e pernas estarem cruzados no momento do passe espírita pode atrapalhar sua eficácia.
Dúvida normal para quem desconhece o mecanismo básico de funcionamento do passe.
Para respondermos à pergunta, fundamental explicar, primeiro, o que é o passe espírita.
Trata-se de transmissão de fluidos pela imposição de mãos com o intuito de restabelecer o equilíbrio físico ou psíquico de alguém.
Funciona de perispírito (corpo espiritual) a perispírito, e o passista, pela ação de sua vontade, doa o fluido animal ao paciente.
Os Espíritos, por sua vez, aumentam e dirigem os fluidos possibilitando direcionamento e qualidades necessárias para a transmissão do passe ao indivíduo necessitado. 
Sendo trabalhado de perispírito a perispírito e com a atuação dos Espíritos protetores, a posição na câmara de passes de quem recebe o passe deve ser a mais confortável possível, sem ter qualquer relevância como estarão suas mãos, braços e pernas.
Podem, portanto, seus membros estarem cruzados, pois o que influencia realmente é a vontade do passista, a ação dos Espíritos, o merecimento de quem recebe o passe e, naturalmente, sua fé.
Aliás, como a ação do pensamento é imperiosa no caso do passe espírita, o passista deve evitar qualquer situação que possa desconcentrar quem recebe o passe.
Roupas serenas e adequadas, perfume discreto, pois sua postura de sobriedade, sem gesticulações ou exageros de qualquer espécie, serão componentes fundamentais para o êxito da tarefa.
Nesse mister vale lembrar que o passe é fabulosa ferramenta de auxílio aos necessitados físicos e psíquicos, contudo não se trata de solução definitiva para os problemas de quem quer que seja.
A solução para qualquer entrave existencial reside, como bem sabemos, na mudança de postura e na prática do Evangelho.
De nada resolverá tomar passe todas as vezes que for ao centro espírita se a forma de proceder e encarar a vida continuar a mesma.
 
Wellington Balbo – O Consolador