quinta-feira, 4 de junho de 2015


SOLIDARIEDADE
“Quando se pensa em todos os abusos de poder, em todas as injustiças que se cometiam com desprezo dos mais sagrados direitos, quem pode estar certo de não haver participado mais ou menos de tudo isso e admirar-se de assistir a grandes e terríveis expiações coletivas?”

“... O Espiritismo lhes ensinará que, se as faltas coletivamente cometidas são expiadas solidariamente, os progressos realizados em comum são igualmente solidários, princípio em virtude do qual desaparecerão as dissensões de raças, de famílias e de indivíduos, e a Humanidade, livre das faixas da infância, avançará, célere e virilmente, para a conquista de seus verdadeiros destinos.” (Obras Póstumas – As expiações coletivas.)

Há pouco tempo os meios jornalísticos diariamente falaram sobre o terremoto seguido de maremoto que fez milhares de vítimas no Sul da Ásia.

 A última informação divulgada computava 178 mil mortos! – um desastre coletivo, um sofrimento mundial de grandes consequências, que fez as lágrimas aflorarem nos olhos de muitos.

Diz o grande Léon Denis que a dor tem função de equilíbrio e educação. 

O sofrimento, diz ele, não é, muitas vezes, mais que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas. Diz ainda ele que é muito difícil fazer entender aos homens que o sofrimento é bom. 

“Suprimi a dor e suprimireis, ao mesmo tempo, o que é mais digno de admiração neste mundo, isto é, a coragem de suportá-la”, afirmou Léon Denis. 

“A dor é como uma asa dada à alma escravizada pela carne para ajudá-la a desprender-se e a se elevar mais alto.”

Nos momentos em que nossos corações choraram ao verem a dores coletivas que assolaram a Terra, quadros que, aliás, sempre ocorreram, mas que, pelas facilidades da mídia, estão hoje mais próximos, nossos olhos marejaram muito mais ao ver com emoção a grande corrente de solidariedade que isso provocou.

A dor tem essa função: despertar as almas para os sofrimentos e incentivá-las pela comoção a sentirem piedade, compaixão, e se moverem na ação do amor.

Várias revistas que se reportaram ao assunto dos tsunamis falaram da Humanidade se unindo para socorrer, na guerra mundial pela vida, como estampou em sua capa a revista Veja de 12 de janeiro: “Tsunami de solidariedade”.

Isso é emocionante. É belo e grandioso o mundo unindo-se numa grande causa comum: minorar o sofrimento de milhares.

É o que vemos no último parágrafo do texto por nós transcrito de Obras Póstumas e colocado no preâmbulo deste artigo – a união de todos.

Não cabe a nós ficar inquirindo qual foi a causa comum que levou tantas pessoas a semelhante processo de desencarnação coletiva. 

Estavam reunidos ali os Espíritos que passariam esse momento, num resgate difícil, sem falar nas expiações coletivas para os que ficaram na dor e nos tormentos da saudade e da incerteza.

O que vemos de solidariedade nos dá alegria à alma. Apesar das guerras, dos dissabores e da violência, o mundo está melhorando, sim.

 Há milhares de pessoas que deixam de si para socorrerem outros, heróis anônimos, Espíritos já sensibilizados pelo amor e que agem no bem.

Há milhares assim; no entanto, milhares de desastres particulares, ocultos, estão ao nosso redor, precisando de auxílio, amparo, proteção.

As ondas enormes ajudaram a sensibilizar, e quem sabe aqueles que acompanharam as notícias olharão com melhores olhos e com mais amor os que estão sofrendo, seja onde for?

Ficamos felizes com o que a formosa modelo Gisele Bündchen disse em entrevista à Globo: “A moda agora é a solidariedade. Seja solidário”.

O mundo está melhorando. A maturidade está chegando. 

Haverá uma horilelaa em que todos se entenderão como irmãos, e desaparecerão países, raças, restando um todo harmônico, equilibrado e amoroso: a Humanidade!

Estaremos então maduros, o egoísmo se minimizará, e as dores gradualmente desaparecerão. O mundo deixará de ter tantas provas e será mais feliz.

Um sonho?

 Por enquanto... 

Mas chegaremos lá. 

Para chegarmos, façamos do sonho uma ação diária e amemo-nos uns aos outros.


Sejamos solidários sempre.

 Em casa, na rua, na nossa cidade, no nosso país e também fora dele. 

Simplesmente, amemos!

Jane Martins Vilela  -  O Consolador