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sábado, 28 de abril de 2012
EXPIAÇÃO COLETIVA!!
quarta-feira, 25 de abril de 2012
OBSESSÃO ESPIRITUAL, CAUSA DAS GRANDES ANGÚSTIAS HUMANAS.
Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé
Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé
pela renovação mental e pela prática do bem
nos
moldes dos códigos evangélicos
moldes dos códigos evangélicos
Confrades vez ou outra nos indagam por que viver na Terra é tão complicado e quase sempre tão amarga é a vida? Digo-lhes que essa sensação eventualmente pode ser uma aspiração à felicidade e à liberdade e que, algemado ao envoltório físico que nos serve de cárcere, aplicamo-nos a inúteis esforços para dele sair. Contudo, alguns se abatem no desencorajamento, e a todo o instante reverberam suas lamentações. Mas é preciso resistir energicamente a essas sensações de desânimo e desesperanças, porque os sonhos para a felicidade de viver são intrínsecos a todos os homens, embora não a devamos sofregamente procurar somente na experiência material e transitória da vida terrena.
Comentando sobre a melancolia,
encontramos em O Evangelho segundo o Espiritismo o Espírito François de
Genève, ditando o seguinte: “Precisamos cumprir, durante nossa prova terrena,
tarefas e compromissos que não suspeitamos, seja no que tange à devoção à
família, ou cumprindo diversos deveres que Deus nos confiou. Se no transcurso
dessa experiência, no desempenho das tarefas, observamos os cuidados, as
inquietações, os desgostos esmagarem nossos ânimos d'alma, sejamos fortes e
corajosos para derrotá-los. Avancemos e encaremos sem temor; pois que as
aflições são de curta duração e devem nos conduzir para situações bem melhores
no futuro”.
Há, porém, muitas amarguras que podem
ter suas origens na infidelidade aos compromissos cristãos, daí a melancolia se
instala no ser, do que poderá resultar um processo obsessivo. Mas o que é uma
obsessão? Etimologicamente, o termo tem sua origem no vocábulo
obsessione, palavra latina que significa impertinência, perseguição. Para
alguns estudiosos espíritas, a obsessão é percebida como um grande flagelo
mundial. Essa visão se reveste de profunda gravidade na sociedade, que
atualmente está bem instrumentalizada tecnologicamente, seja no campo das
comunicações e da informática, seja nas outras áreas do saber, ampliando e
aprofundando as responsabilidades de cada um em face da vida coletiva.
OBSESSÃO É UMA INFLUÊNCIA MALÉFICA NA MENTE.
Aurélio Buarque define obsessão como
sendo uma preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito,
resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania. Da mesma forma a
terminologia obsessão é usada, vulgarmente, para significar ideia fixa em alguma
coisa, tique nervoso, gerador de manias, atitudes estranhas etc. Entretanto, sob
o ponto de vista espírita, o termo tem um significado e interpretação mais
amplos. Consubstancia-se numa influência maléfica relativamente persistente que
desencarnados e/ou encarnados, tão ou mais atrasados que nós mesmos, podem
exercer sobre a nossa vida mental.
Para a escola clássica da psiquiatria,
obsessão é um pensamento, ou um impulso, persistente ou recorrente, indesejado e
aflitivo, que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de
ignorá-lo ou de suprimi-lo. Psiquiatras que não admitem nada fora da matéria não
podem entender uma causa oculta (espiritual), mas quando a academia científica
tiver saído da rotina materialista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível
que nos cerca e no meio do qual vivemos uma força que reage sobre as coisas
físicas, tanto quanto sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma
multidão de fenômenos mal compreendidos do psiquismo humano.
E, óbvio, não descartando a possibilidade da
anomalia psicossomática, a Doutrina Espírita faz-nos conhecer outras fontes das
misérias humanas, mantidas pela fragilidade moral dos seres. Reconhecemos que o
uso dos fármacos antidepressivos estabelece a harmonia química cerebral,
melhorando o humor do paciente, no entanto, agem simplesmente sobre os efeitos,
uma vez que os medicamentos não curam a obsessão em suas intrínsecas causas,
apenas restabelecem o trânsito das mensagens neuroniais, corrigindo o
funcionamento neuroquímico do SNC (sistema nervoso central). Sócrates já
afirmava que "se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das
moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma”.
Por insinceridade, em
nosso tênue esforço para a reforma moral, obstamos as relações equilibradas e
equilibrantes conosco e com o próximo. Toda a nossa desarmonia leva a
desenvolver sintonias viciosas com outras mentes doentias, seja de desencarnados
ou encarnados, o que aguça sobremaneira nosso próprio desarranjo interior,
resultando daí as ingentes dificuldades para nos libertarmos das algemas em que
nos aguilhoamos ante as garras do mal.
Na intimidade do lar, da família ou do Centro
Espírita, do ambiente de trabalho profissional, adversários ferrenhos do
pretérito se reencontram. Convocados pelos Benfeitores do Além ao reajuste,
raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos uns à frente dos
outros, e (re)alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da
antipatia que, concentrados, se transformam em pontiagudos dardos magnéticos,
suscetíveis de provocar a enfermidade e a própria morte.
A obsessão espiritual é sintonia ou troca de
vibrações afins. Kardec define obsessão como a ação persistente que um Espírito
inferior exerce sobre um indivíduo, apresentando caracteres variados que vão
desde a simples influência moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a
perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. A obsessão é o
encontro de forças inferiores retratando-se entre si.
AS MÚLTIPLAS FACETAS DA OBSESSÃO.
Há quadros de obsessões explodindo por todos os
lados em todos os níveis, quais sejam de desencarnados sobre encarnados e
vice-versa; de encarnados sobre encarnados, bem como de desencarnados sobre
desencarnados.
Nosso mundo mental rege a vida que nos é peculiar em
todas as suas dimensões, contudo, nos encontramos ainda no início do
entendimento das implicações da força mental, do significado e abrangência das
construções mentais na vida. Os obsessores são hábeis e inteligentes, perfeitos
estrategistas que planejam cada passo e acompanham as presas por algum tempo,
observando suas tendências, seus relacionamentos, seus ideais. Identificam seus
pontos vulneráveis (quase sempre ligados ao descaminhamento sexual) e os
exploram pertinazes.
O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando
imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir.
Quando bom e edificante, ajusta-se às Leis que nos regem, criando harmonia e
felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e
ruína. A química mental vive na base de todas as transformações, porque
realmente evoluímos em profunda comunhão telepática com todos aqueles encarnados
ou desencarnados que se afinam conosco.
Nosso universo mental é como um céu, mas do
firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a vida planetária, assim
como, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem
faíscas elétricas destruidoras. Da mesma forma funciona a mente humana. Dela se
originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do
organismo físico, mas, quando perturbada, emite raios magnéticos de elevado teor
destrutivo para a nossa estrutura psíquica.
O mestre lionês redarguiu dos Espíritos, na questão
466 d' O Livro dos Espíritos, por que permite Deus que os obsessores nos
induzam ao mal? Os Espíritos responderam: "Os seres imperfeitos são instrumentos
destinados a experimentar a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como
Espírito, deveis progredir na ciência do infinito, razão por que passais pelas
provas do mal, a fim de chegardes ao bem. Nossa missão é a de colocar-vos no bom
caminho e quando más influências agem sobre vós, é que as atraís, pelo desejo do
mal. Os Espíritos inferiores vêm em vosso auxílio no mal, sempre que desejais
cometê-lo; e só vos podem ajudar no mal quando quereis o mal. Então, se vos
inclinardes para o assassínio, tereis uma nuvem de Espíritos que vos alimentarão
esse pendor. Entretanto, tereis outros que procurarão influenciar-vos para o
bem. Assim se restabelece o equilíbrio e ficais senhor de vós
mesmos”.
RENOVAÇÃO MORAL COMO BASE PARA A DESOBSESSÃO ESPIRITUAL.
O venerável Codificador, em O Livro dos
Médiuns, afirma que as imperfeições morais dão acesso aos obsessores e o
meio mais seguro de nos livrarmos deles é atrair os bons Espíritos pela prática
do bem. A obsessão é impotente diante de Espíritos redimidos! E o que é um
Espírito redimido? É aquele que reconhece as suas limitações e, como enunciado
pelo apóstolo Paulo, sente a alegria de saber-se "matriculado na escola do
bem”.
Esse desarranjo psicoespiritual deverá ser eliminado
da sociedade no instante em que o lídimo exemplo do amor for experimentado e
disseminado em todas as direções, consoante Jesus consubstanciou e vivenciou até
as agruras da morte, prosseguindo desde tempos apostólicos até os dias atuais.
O Espiritismo, desvendando a intervenção dos
Espíritos endurecidos no mal em nossas vidas, lança luzes sobre questões ainda
desconsideradas pelas ciências materialistas como de causa psicopatológica.
Muitas vezes procurado pelos obsidiados, o Cristo
penetrava psiquicamente nas causas da sua inquietude e, usando de sua autoridade
moral, libertava tanto os obsessores quanto os obsidiados, permitindo-lhes o
despertar para a vida animada rumo à recuperação e à pacificação da própria
consciência. Porém, é muito importante lembrar que Jesus não libertou os
obsidiados sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem
expulsou os perseguidores inconscientes sem fornecer-lhes o endereço de
Deus.
Conclusão
Em síntese, identificamos sempre na obsessão
(espiritual) o resultado da invigilância e dos desvios morais. Para garantir-nos
contra a sua influência urge fortalecer a fé pela renovação mental e pela
prática do bem nos moldes dos códigos evangélicos propostos por Jesus Cristo,
não nos esquecendo dos divinos conselhos do Vigiai e Orai.
Bibliografia
consultada:
Kardec, Allan. O Evangelho segundo
o Espiritismo, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2001, cap. V, item 25.
Dicionário Aurélio eletrônico;
século XXI. Rio de Janeiro, Nova Fronteira e Lexicon Informática, 1999, CD-rom,
versão 3.0.
Xavier, Francisco Cândido. Nos
Domínios da Mediunidade, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Cap. Dominação
Telepática.
domingo, 22 de abril de 2012
A HOMOSSEXUALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA
(Parte 2 e final) |
Allan Kardec
elucida a
questão na
Revista
Espírita.
Emmanuel
esclarece sobre
o tema em Vida e
Sexo e Chico
Xavier opina
sobre o assunto
André Luiz no
livro Ação e
Reação
Dando
prosseguimento
ao
desenvolvimento
do tema,
apresentaremos
da obra Ação
e Reação,
psicografada
pelo médium
Chico Xavier,
esclarecimentos
formulados pelo
Benfeitor
Espiritual André
Luiz no capítulo
15, que tem por
título
“Anotações
Oportunas”.
Nele, ele relata
que Hilário, seu
companheiro de
estudos na
espiritualidade,
em certa
oportunidade
indagou do
Assistente Silas
sobre os
problemas
inquietantes da
inversão sexual.
“Silas deu-se
pressa em
aclarar e disse:
— Não será
preciso alongar
elucidações.
Considerando-se
que o sexo, na
essência, é a
soma das
qualidades
passivas ou
positivas do
campo mental do
ser, é natural
que o Espírito
acentuadamente
feminino se
demore séculos e
séculos nas
linhas
evolutivas da
mulher, e que o
Espírito
marcadamente
masculino se
detenha por
longo tempo nas
experiências do
homem. Contudo,
em muitas
ocasiões,
prosseguiu Silas
dizendo, quando
o homem tiraniza
a mulher,
furtando-lhe os
direitos e
cometendo
abusos, em nome
de sua pretensa
superioridade,
desorganiza-se
ele próprio a
tal ponto que,
inconsciente e
desequilibrado,
é conduzido
pelos agentes da
Lei Divina a
renascimento
doloroso, em
corpo feminino,
para que, no
extremo
desconforto
íntimo, aprenda
a venerar na
mulher sua irmã
e companheira,
filha e mãe,
diante de Deus,
ocorrendo
idêntica
situação à
mulher criminosa
que, depois de
arrastar o homem
à devassidão e à
delinquência,
cria para si
mesma terrível
alienação mental
para além do
sepulcro,
requisitando,
quase sempre, a
internação em
corpo masculino,
a fim de que,
nas teias do
infortúnio de
sua emotividade,
saiba edificar
no seu ser o
respeito que
deve ao homem,
perante o
Senhor.
Nessa definição,
porém, não
incluímos os
grandes corações
e os belos
caracteres que,
em muitas
circunstâncias,
reencarnam em
corpos que lhes
não correspondem
aos mais
recônditos
sentimentos,
posição
solicitada por
eles próprios,
no intuito de
operarem com
mais segurança e
valor, não só o
acrisolamento
moral de si
mesmos, como
também a
execução de
tarefas
especializadas,
através de
estágios
perigosos de
solidão, em
favor do campo
social terrestre
que se lhes vale
da renúncia
construtiva para
acelerar o passo
no entendimento
da vida e no
progresso
espiritual.”
André Luiz no livro Sexo e Destino
O Benfeitor
Espiritual André
Luiz também
aborda na obra
Sexo e
Destino,
psicografada por
Chico Xavier, a
questão da
homossexualidade,
no capítulo IX
da segunda
parte, ao
participar de um
encontro para
estudos no
Instituto de
Renovação “Almas
Irmãs”, dirigido
pelo Instrutor
Espiritual
Félix, para
Espíritos
necessitados de
reeducação
sexual após a
desencarnação.
Relata André
Luiz que Félix,
explanando sobre
as ideias que
diversos
participantes
aventavam,
historiou, em
síntese, que na
Espiritualidade
Superior o sexo
não é
considerado
unicamente por
baliza
morfológica do
corpo de carne,
distinguindo
macho e fêmea,
definição
unilateral que,
na Terra, ainda
se faz seguir de
atitudes e
exigências
tirânicas,
herdadas do
comportamento
animal.
Entre os
Espíritos
desencarnados, a
partir daqueles
de evolução
mediana, o sexo
é categorizado
por atributo
divino na
individualidade
humana, qual
ocorre com a
inteligência,
com o
sentimento, com
o raciocínio e
com faculdades
outras, até
agora menos
aplicadas nas
técnicas da
experiência
humana. Quanto
mais se eleva a
criatura, mais
se capacita de
que o uso do
sexo demanda
discernimento
pelas
responsabilidades
que acarreta.
Qualquer ligação
sexual,
instalada no
campo emotivo,
engendra
sistemas de
compensação
vibratória, e o
parceiro que
lesa o outro,
até o ponto em
que suscitou os
desastres morais
consequentes,
passa a
responder por
dívida justa.
Todo desmando
sexual
danificando
consciências
reclama
corrigenda,
tanto quanto
qualquer abuso
do raciocínio.
Homem que
abandone a
companheira sem
razão ou mulher
que assim
proceda, gerando
desregramentos
passionais na
vítima, cria
certo ônus
cármico no
próprio caminho,
pois ninguém
causa prejuízo a
outrem sem
embaraçar a si
mesmo.
Renovando conceitos
Félix vaticinou
que a Terra, a
pouco e pouco,
renovará
princípios e
conceitos,
diretriz e
legislação, em
matéria de sexo,
sob a inspiração
da Ciência, que
situará o
problema das
relações sexuais
no lugar que lhe
é próprio.
Empenhou-se a
repetir que na
Crosta
Planetária os
temas sexuais
são levados em
conta na base
dos sinais
físicos que
diferenciam o
homem da mulher
e vice-versa; no
entanto,
ponderou que
isso não define
a realidade
integral,
porquanto,
regendo esses
marcos,
permanece um
Espírito
imortal, com
idade às vezes
multimilenária,
encerrando
consigo a soma
de experiências
complexas, o que
obriga a própria
Ciência terrena
a proclamar,
presentemente,
que
masculinidade e
feminilidade
totais são
inexistentes na
personalidade
humana, do ponto
de vista
psicológico.
Homens e
mulheres, em
espírito,
apresentam certa
percentagem mais
ou menos elevada
de
característicos
viris e feminis
em cada
indivíduo, o que
não assegura
possibilidades
de comportamento
íntimo normal
para todos,
segundo a
conceituação de
normalidade que
a maioria dos
homens
estabeleceu para
o meio social.
Tendo Neves, um
dos
participantes da
reunião,
formulado
consulta sobre
os homossexuais,
o Instrutor
Félix demonstrou
que inúmeros
Espíritos
reencarnam em
condições
inversivas, seja
no domínio de
lides
expiatórias ou
em obediência a
tarefas
específicas, que
exigem duras
disciplinas por
parte daqueles
que as solicitam
ou que as
aceitam.
Referiu ainda
que homens e
mulheres podem
nascer
homossexuais ou
intersexos (um
ser que possui
órgãos dos dois
sexos), como são
suscetíveis de
retomar o
veículo físico
na condição de
mutilados ou
inibidos em
certos campos de
manifestação,
aditando que a
alma reencarna,
nessa ou naquela
circunstância,
para melhorar e
aperfeiçoar-se e
nunca sob a
destinação do
mal, o que nos
constrange a
reconhecer que
os delitos,
sejam quais
sejam, em
quaisquer
posições, correm
por nossa conta.
À vista disso,
Félix destacou
que nos foros da
Justiça Divina,
em todos os
distritos da
espiritualidade
superior, as
personalidades
humanas tachadas
por anormais são
consideradas tão
carecentes de
proteção quanto
as outras que
desfrutam a
existência
garantidas pelas
regalias da
normalidade,
segundo a
opinião dos
homens,
observando-se
que as faltas
cometidas pelas
pessoas de
psiquismo
julgado anormal
são examinadas
no mesmo
critério
aplicado às
culpas de
pessoas tidas
por normais,
notando-se,
ainda, que em
muitos casos os
desatinos das
pessoas supostas
normais são
consideravelmente
agravados, por
menos
justificáveis
perante
acomodações e
primazias que
usufruem, no
clima estável da
maioria.
Orientação de Chico Xavier
No livro
Kardec
Prossegue, o
médium mineiro,
ao lhe ser
perguntado se
“O
homossexual
deve-se aceitar
ou deve lutar
contra as suas
tendências?”,
respondeu o
seguinte:
“Já li, de um
analista de
mérito, que toda
amizade e que
toda ligação
espiritual, do
ponto de vista
afetivo, é
parcela de
homossexualidade
no homem e na
mulher; mas, o
homossexual não
poderá deixar a
natureza de que
é portador de um
momento para
outro como se
ele estivesse
condenado a não
trabalhar, a não
servir, quando
nós sabemos que
há tanto
enfermeiro,
tanto professor,
tanta senhora
digna que
executam os
deveres que lhe
competem com
muita eficiência
e devotadamente.
Agora, o
homossexual em
si deve evitar a
pederastia
(relação sexual
entre homens); a
pederastia, sim,
é um problema
suscitado pela
ânsia do homem
de experimentar
sensações, mas a
homossexualidade
está vinculada a
um processo
afetivo entre os
homens e
mulheres do
planeta, de modo
que é um estado
natural em que
as almas se
afinam para
fazer o bem.
Já a pederastia
é muito
diferente.
Quando nós
falamos
homossexual,
lembramo-nos
logo de quadros
infelizes, mas a
verdade é que a
homossexualidade
está em toda
pessoa que tem
um amigo ou que
tem deveres de
fraternidade, de
assistência para
com o próximo. A
pederastia é que
é o grande
problema que
devemos evitar e
entender como
sendo uma
condição
desnecessária e
mesmo imprudente
da parte de
todos os homens.
E vamos dar ao
assunto a cor
que o assunto
traz consigo:
todo homem deve
evitar a
pederastia; toda
mulher pode
estar
perfeitamente
fora do
lesbianismo
(relação sexual
entre mulheres),
porque a nossa
formação nos
leva sempre para
o caminho do que
já fomos e às
vezes nós viemos
para não ser
mais o que já
fomos e sim para
aprender a
considerar o que
devemos ser”.
Conclusão
Diante do que foi exposto nas Partes 1 e 2 deste artigo, apresentamos uma síntese do assunto abordado:
1. O Espírito não tem sexo.
2. O Espírito pode escolher encarnar num corpo de homem ou de mulher.
3. O sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser.
4. Abusos do homem para com a mulher, e vice-versa, provocam desequilíbrio e necessidade de encarnação na outra polaridade sexual, para valorização da condição masculina ou feminina.
5. Também existem inversões solicitadas por almas grandiosas para execução de tarefas específicas que exigem renúncia de si mesmo.
6. Na Espiritualidade Superior o sexo não é considerado unicamente por baliza morfológica do corpo de carne, distinguindo macho e fêmea.
7. Entre os Espíritos desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o sexo é categorizado por atributo divino na individualidade humana.
8. O uso do sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta.
9. Todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio.
10. A realidade integral, regendo os marcos masculino e feminino, é do Espírito imortal, com idade às vezes multimilenária, encerrando consigo a soma de experiências complexas.
11. Os Espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, que exigem duras disciplinas por parte daqueles que as solicitam ou que as aceitam.
12. Todo homem deve evitar a pederastia; toda mulher pode estar perfeitamente fora do lesbianismo, porque a nossa formação nos leva sempre para o caminho do que já fomos e às vezes nós viemos para não ser mais o que já fomos e sim para aprender a considerar o que devemos ser.
Conclusão
Diante do que foi exposto nas Partes 1 e 2 deste artigo, apresentamos uma síntese do assunto abordado:
1. O Espírito não tem sexo.
2. O Espírito pode escolher encarnar num corpo de homem ou de mulher.
3. O sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser.
4. Abusos do homem para com a mulher, e vice-versa, provocam desequilíbrio e necessidade de encarnação na outra polaridade sexual, para valorização da condição masculina ou feminina.
5. Também existem inversões solicitadas por almas grandiosas para execução de tarefas específicas que exigem renúncia de si mesmo.
6. Na Espiritualidade Superior o sexo não é considerado unicamente por baliza morfológica do corpo de carne, distinguindo macho e fêmea.
7. Entre os Espíritos desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o sexo é categorizado por atributo divino na individualidade humana.
8. O uso do sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta.
9. Todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio.
10. A realidade integral, regendo os marcos masculino e feminino, é do Espírito imortal, com idade às vezes multimilenária, encerrando consigo a soma de experiências complexas.
11. Os Espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, que exigem duras disciplinas por parte daqueles que as solicitam ou que as aceitam.
12. Todo homem deve evitar a pederastia; toda mulher pode estar perfeitamente fora do lesbianismo, porque a nossa formação nos leva sempre para o caminho do que já fomos e às vezes nós viemos para não ser mais o que já fomos e sim para aprender a considerar o que devemos ser.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
A HOMOSSEXUALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA.
(Parte 1)
Allan Kardec elucida a questão na Revista Espírita.
Emmanuel esclarece sobre o tema em Vida e Sexo e Chico Xavier opina sobre o assunto
Emmanuel esclarece sobre o tema em Vida e Sexo e Chico Xavier opina sobre o assunto
Vamos começar o desenvolvimento desse tema com a pergunta formulada por Allan Kardec, Codificador do Espiritismo, na questão 200 de O Livro dos Espíritos, se os Espíritos têm sexo?
Os Benfeitores Espirituais responderam: "Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos”.
Os Espíritos deram essa resposta a Kardec, em razão do conceito que o homem tem de estar o sexo ligado à organização física. O homem distingue o masculino e o feminino como manifestação da forma e segundo o papel exercido na função reprodutora. Porém, não estende o seu pensamento sobre a verdadeira fonte das energias sexuais. Para ele, de modo geral, o sexo é apenas instrumento de prazer. Alguns há, no entanto, que buscam o sexo para a reprodução, por motivos diversos, mas sempre associados à busca do prazer dos sentidos.
É verdade que o uso do sexo é uma lei natural na esfera material, como observa o Espírito Alexandre, no capítulo 13 da obra Missionários da Luz, em que trata da reencarnação: "não há criação sem fecundação. As formas físicas descendem das uniões físicas. As construções espirituais procedem das uniões espirituais. A obra do Universo é filha de Deus. O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os círculos evolutivos, até que venhamos a atingir o campo da Harmonia Perfeita, onde essas qualidades se equilibram no seio da Divindade”.O tema na Revista Espírita
O Codificador do Espiritismo, na Revista Espírita de janeiro de 1866, no artigo publicado “As Mulheres Têm Alma?”, no final do 13º parágrafo, diz:
“(...) Aos homens e mulheres, são assim assinados deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro. Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e às exigências impostas pelo mesmo organismo. Esta influência não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. Somente quando chegado a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos. Os que se nos apresentam como homens ou como mulheres, é para nos lembrar a existência em que os conhecemos. Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. Se for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá então, em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres. Assim, não existe diferença entre o homem e a mulher, senão no organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas quanto ao Espírito, à alma, o ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas. Assim quis Deus, em sua justiça, para todas as criaturas. Dando a todas um mesmo princípio, fundou a verdadeira igualdade. A desigualdade só existe temporariamente no grau de adiantamento; mas todos têm direito ao mesmo destino, ao qual cada um chega por seu trabalho, porque Deus não favoreceu ninguém à custa dos outros” (...).Emmanuel em Vida e Sexo
Por meio da psicografia de Chico Xavier, o benfeitor espiritual Emmanuel, no capítulo 21 do livro Vida e Sexo, tece comentários em torno da homossexualidade, iniciando com a pergunta 202 de O Livro dos Espíritos:
“— Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?”
A resposta dos Benfeitores Espirituais a essa indagação foi a seguinte:
“— Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
Depois de destacar inicialmente essa questão de O Livro dos Espíritos, o Espírito Emmanuel considera:
“A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação”.
Observada a ocorrência, mais com preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.
A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinquência.Fenômeno da bissexualidade
“A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fieira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas.
O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acen¬tuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.
À face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice-versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese o corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias.
Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas.”Consequência dos abusos
“O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins.
E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, consequentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem.
Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que aí traçaram.”Amparo educativo
“Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.”Chico Xavier responde
No livro A Terra e o Semeador, o médium mineiro, ao lhe ser perguntado: “Como nossos Amigos Espirituais conceituam o problema homossexual?”, respondeu o seguinte:
“O problema da homossexualidade sempre existiu em todas as nações, no entanto, com a extensão demográfica no Planeta, o assunto adquiriu características de grande intensidade, ou de mais intensidade, porque, nos últimos 50 anos, a ciência psicológica tem-se preocupado detidamente e com razão, no que se refere aos ingredientes mais íntimos da nossa natureza pessoal.
“Estamos efetuando a descoberta de nós mesmos, para além dos padrões psicológicos conhecidos ou milimetrados pelos conhecimentos que possuímos, dentro dos preceitos respeitáveis, que nos regem o comportamento social e humano. No caso, é justo observar que os impositivos da disciplina e da educação devem oferecer-nos barreiras construtivas para que o abuso não destrua quaisquer benefícios estabelecidos em leis.”
CAUSAS E TENDÊNCIAS
“Cremos que tendências à homossexualidade surgem na criatura após muitas existências dessa mesma criatura nas condições de feminilidade ou vice-versa. Pensamos assim, na base da reencarnação, porquanto, além dos sinais morfológicos, a individualidade é a própria individualidade em si, com todas as suas experiências das existências anteriores. Em vista disso, a homossexualidade pode ser examinada hoje proporcionando ao homem vasto campo de estudos, quanto à natureza bissexual do Espírito.
“O tema é, porém, objeto para simpósios de cientistas, e instrutores da Humanidade, até que possamos encontrar a fórmula exata para decidir do ponto de vista legal, quanto ao destino dos nossos companheiros num sexo ou noutro, que trazem a inversão por clima de trabalho a ser laboriosamente valorizado pela pessoa que se faz portadora de semelhante condição para determinadas tarefas.
“Sabemos que grandes civilizações, como por exemplo, a civilização greco-romana, depois de alcançarem avanço espetacular no campo da inteligência, ao perquirirem a natureza complexa do homem, encontraram problemas de sexo muito profundos, que os legisladores de então não quiseram ou não puderam reconhecer. Esses problemas, no entanto, explodindo sem a cobertura de preceitos legais, em plenitude de intemperança nas manifestações afetivas, cooperaram na decadência de ambas as civilizações, grega e romana, que se perderam no tempo, sob o ponto de vista de respeitabilidade e domínio.
“Esperemos que os Mensageiros da Vida Maior inspirem os nossos dignos representantes da Ciência e da Justiça na Terra para que a solução do problema apareça oportunamente, favorecendo a paz e a concórdia nos vários campos de evolução da Humanidade.“
(O presente artigo será concluído na próxima edição.)
domingo, 15 de abril de 2012
Acabou de ser noticiado que foi aprovado a lei que permite a mulher interromper a gravidez se comprovada á ausência de cérebro no feto. Infelizmente só o Ministro Ricardo Lewandowiski se posicionou contra. Parabéns ao Ministro que levou até as últimas consequências seus princípios e a sua formação Cristã.
De acordo com a Filosofia Espírita, mas especificamente o Livro dos Espíritos* de Alan Kardec livro com 1019 perguntas e respectivas respostas para as mais diversas indagações da vida, fui conferir e separei abaixo as seguintes perguntas do capítulo VII, muito relacionadas às questões em destaque no momento, com suas respectivas respostas;
334- A união da alma com este ou aquele corpo é predestinada, ou a escolha se faz apenas no último momento?
– O Espírito é sempre designado antes. Ao escolher a prova por que deseja passar, pede para encarnar; portanto, Deus, que tudo sabe e tudo vê, sabe e vê antecipadamente que alma se unirá a qual corpo
.335- O Espírito faz a escolha do corpo em que deve encarnar, ou apenas do gênero de vida que lhe deve servir de prova?
– Pode escolher o corpo, já que as imperfeições desse corpo são para ele provas que ajudam no seu adiantamento, se vencer os obstáculos que aí encontra. Embora possa pedir a escolha nem sempre depende dele
.344- Em que momento a alma se une ao corpo?
– A união começa na concepção, mas só se completa no instante do nascimento. No momento da concepção o Espírito designado para habitar determinado corpo se liga a ele por um laço fluídico e vai aumentando essa ligação cada vez mais, até o instante do nascimento da criança. O grito que sai da criança anuncia que ela se encontra entre os vivos e servidores de Deus.
347- Que utilidade pode ter para um Espírito sua encarnação num corpo que morre poucos dias após seu nascimento?
– O ser não tem a consciência inteiramente desenvolvida de sua existência e a importância da morte é para ele quase nula. É muitas vezes, como já dissemos uma prova para os pais
.355- Há, como indica a ciência, crianças que, desde o ventre materno, não têm possibilidades de viver? Qual o objetivo disso?
– Isso acontece freqüentemente; a Providência o permite como prova para seus pais ou para o Espírito que está para reencarnar
.358- O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção?
– Há sempre crime quando se transgride a Lei de Deus. A mãe, ou qualquer outra pessoa, cometerá sempre um crime ao tirar a vida de uma criança antes do seu nascimento, porque é impedir a alma de suportar as provas das quais o corpo devia ser o instrumento.
XX
Lendo e estudando essas questões de explicações claríssimas e coerentes não posso ficar alheia ao assunto e ainda saliento que uma vez aprovada essa lei foi aberta uma brecha onde poderão profissionais de má fé construírem laudos falsos e promoverem abortos indiscriminadamente sob a desculpa de má formação.
È cômodo pensar que cada um responde por si e vai colher o que plantar, mas “ai daquele por quem o escândalo venha” já disse Jesus. Uma vez aprovada a lei, todos os que concordarem com ela estarão compactuando com a ação consequente.
Eu até concordaria de que só vai fazer o aborto quem quiser e não será forçada a fazê-lo só porque existe uma lei. Aquela mulher que tiver respeito à vida, a respeitará sob qualquer circunstancia, porém todos sabem que as facilidades favorecem aqueles que se propõe a induzir pessoas de vontade fraca, e isso tem muito por ai.
Daí só nos resta parabenizar o Ministro Ricardo Lewandowisk e lamentar por todos os outros que se tornaram cúmplices de todos os crimes que se efetuarão alicerçados nas suas assinaturas.
*Acesso ao Livro dos Espíritos
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Viagem Espírita em 1862,
cento e cinquenta anos depois
O livro acima e A Obsessão, ambos traduzidos por Wallace
Leal V. Rodrigues, trazem subsídios valiosos para o fortalecimento dos grupos espíritas
É um grande prazer apreciar os prefácios elaborados por Wallace Leal V. Rodrigues – que foi redator chefe da Casa Editora O Clarim, de Matão-SP, por bom tempo, nas décadas de 60 a 80 –, especialmente quando se referem a obras de Kardec, que ele mesmo traduziu diretamente dos originais franceses.
É o caso de Viagem Espírita em 1862 e A Obsessão, ambas traduzidas, prefaciadas e editadas no final da década de 60 por aquela editora.
A primeira – que está comemorando 150 anos desde o seu lançamento – traz os pronunciamentos do próprio Allan Kardec a grupos espíritas que ele visitou em viagens de divulgação doutrinária realizadas, como o próprio nome diz, no ano de 1862. A segunda apresenta inúmeros casos de obsessão acompanhados pelo Codificador, com seus comentários, análises e, óbvio, muitos ensinamentos na ampliação do assunto.
Selecionamos para os nossos leitores alguns trechos de dois prefácios do tradutor, seja pela expressão do texto, seja pela oportunidade de sempre lembrar Kardec.
Em A Obsessão, Wallace comenta:
‘(...) No livro que iremos ler, Kardec reúne casos de obsessões manifestadas não apenas em indivíduos, mas também em grupos, tal o de Morzines. Trata-se, pois, de um comportamento social, isto é, de uma delicada textura tal as maneiras como seres humanos – os Espíritos são seres humanos! – se ajustam ou não se ajustam ao meio social, neste caso provocando toda a gama de desequilíbrios que Kardec com tão grande felicidade cataloga ao vivo. (...)
Ocorrência importante a ser enfatizada, principalmente no meio espírita, onde se tem por lema que “o verdadeiro espírita reconhece-se por sua reforma íntima”, é que não estamos completamente cônscios da maioria das nossas “atitudes” nem da extensa influência que elas têm sobre o nosso comportamento social. Mas, através da tão citada “vigilância”, numa análise detalhada, podemos localizar o funcionamento de certas “atitudes” em nós mesmos. E não esqueçamos de que já agora, ou amanhã, na qualidade de Espíritos, poderemos, conforme nossa “atitude”, ser classificados como “obsessores”.
À primeira vista a mudança de “atitudes” poderá parecer uma questão simples, e este é o erro
Através de relampejos introspectivos das “atitudes” que funcionam em nós, tornamo-nos sensíveis às “atitudes” de outras mentes, vestidas de carne ou não. Mas sucede que num ou noutro caso nem sempre as pessoas revelam abertamente suas “atitudes”! De fato, elas aprendem, através de experiências com outros, a manter algumas de suas “atitudes” escondidas dos conhecimentos casuais ou mesmo dos amigos mais íntimos. Em virtude desse fato vamos usar o termo “tendência de reação”, em lugar de “reação”, apenas para o terceiro componente das “atitudes”, a fim de indicar que estas não se encontram necessariamente expressas no comportamento ostensivo. E porque isso se dá, o êxito da interação social redunda, frequentemente, no talento para inferir ou reduzir a natureza dos pensamentos, sentimentos e tendências reativas dos outros, a partir de indícios muito sutis de comportamento. Na realidade é uma característica comum do pensamento humano fazer inferências sobre as “atitudes” dos outros e regular nossas próprias ações em conformidade. Com base em limitadas e diminutas amostras do comportamento dos outros, poderemos concluir se, digamos, tratamos com pessoa liberal, compreensiva, destituída de preconceitos, e reagirmos, então, de maneira que considerarmos mais apropriada. Mas, embora todos nós façamos deduções, as pessoas diferem na capacidade de fazê-las corretamente. (...)
À primeira vista a mudança de “atitudes” poderá parecer uma questão simples, e este é o erro em que costuma incidir a maioria dos doutrinadores de sessões de desobsessão. Pensamos que, uma vez que as “atitudes” são aprendidas, deveria ser bastante fácil modificar a intensidade delas ou substituir uma “atitude indesejável” mediante a aprendizagem de outra. O fato complicado porém é que as “atitudes” não são modificadas ou substituídas com a mesma facilidade com que são aprendidas. (...)
O individuo crédulo caracteriza-se por uma acentuada dependência de outras pessoas e uma incapacidade notória para apreciar de modo crítico as proposições alheias. Essa combinação de características torna-o especialmente inclinado a adotar as crenças dos outros ou quaisquer proposições apresentadas com autoridade.
O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns tinham-se constituído desde logo em êxitos de livraria
No outro extremo situa-se o indivíduo altamente resistente à persuasão, a quem falta, frequentemente, a capacidade de compreender o material comunicado. É habitualmente negativo à autoridade, rígido e obtuso em seu pensamento e voluntariamente desatento a novas ideias, de onde a necessidade, por parte das Divinas Leis que nos regem, do imperativo da Dor como derradeiro recurso de persuasão para o Bem. (...)
Por tudo isto Jesus propõe tão seriamente o “orai e vigiai”. (...)’
Já em Viagem Espírita em 1862, lemos:
‘(...) é o próprio Codificador, lúcido e desperto, que se encarrega de iniciar a divulgação das verdades espíritas através das tribunas. Em seguida a ele, em perfeita coordenação, surgirá Léon Denis.
Em um como em outro, e tal como sucede ainda em nossos dias, a preocupação se converge para uma ética que, em sendo, até certo ponto, patrimônio das mais antigas culturas, era, praticamente, apenas “letra que mata”; agora vai ser “espírito que vivifica”, subversiva no sentido de arremeter do exterior para o interior, da teoria para a ação. Seu caráter renovador torna-a evangelicamente desmistificada e autenticamente apostolar, o que nos leva a estabelecer a comparação com o livro dos “Atos”, essa crônica de viagem, durante a qual os inúmeros personagens têm, o tempo todo, os lábios entreabertos, como que preparados para traduzir em palavras o pensamento da Boa Nova, em especulações sobre ações passadas e presentes, que se acumulam em seus espíritos com a força do rio comprimido contra as paredes de uma barragem.
Esta “Viagem Espírita de 1862” é qualquer coisa de semelhante e assim Allan Kardec nela se comporta. (...)
“O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” tinham-se constituído, desde os seus lançamentos, em êxitos de livraria, e o seu autor se fez, de imediato, notado. Dilacerada por uma acabrunhante tristeza, a Humanidade disputava pensamentos capazes de oferecer uma nova e veraz interpretação para tudo quanto pudesse ser julgado de real importância. As religiões apresentavam os sinais de uma incurável senilidade e deixavam de ser o “freio” esterilizante; mas a ética que tresandava do ensino comunicado pelos Espíritos Superiores podia ser considerada não como “uma religião”, mas a própria “Religião”, surgindo de uma tenebrosa noite sufocada pelo fumo acre que tresandava a carne humana assada nas fogueiras.
Em Lyon ocorreu o primeiro encontro de dirigentes espíritas: de um lado, Dijou; de outro, Kardec
O seu símbolo não era o “freio”, porém a “chave”, e nisso estava implícito ao mesmo tempo uma esperança e uma ameaça. Havia algo de esgotante e doentio naquele decisivo século XIX, em que o homem alcançara o superlativo de uma técnica elaborada em um suceder inimaginável de gerações: a de amar tão bem, amando tão pouco. (...)
Noite! 19 de setembro de 1860. Kardec é recebido no Centro Espírita de Broteaux, o único existente em Lyon. À porta esperam-no Dijou, operário, chefe de oficinas, e sua esposa.
Este é, na História, o primeiro encontro de dirigentes espíritas. Dijou encontra-se à testa do grupo lionês; Kardec desempenha as funções maiores na “Societé” parisiense. A mão do emérito pensador aperta vigorosamente os dedos calosos e ásperos do companheiro, a quem chama “irmão”. No olhar grave que trocam vê-se que mutuamente se entendem: embora em planos diferentes, suas responsabilidades se equivalem.
Transpostos os portais, o coração de Kardec se rejubila. O “milagre” a que tantas vezes já fizera menção, sempre com arrebatamento e orgulho, o grande feito que compete à doutrina espírita realizar, consubstancia-se ali, ante seus olhos; e é um mentor espiritual, Erasto, em sublime epístola dirigida à comunidade lionesa, quem vai encontrar palavras para vestir a emoção do Codificador: "Não podeis imaginar quanto nos é doce e agradável presidir ao vosso banquete, onde o rico e o operário se abraçam, bebendo à fraternidade!”.
Kardec dirige-se à tribuna singela e o Centro Espírita de Broteaux, pelo futuro em fora, será lembrado como o local da pira. Ali é aceso o fogo sagrado que empunharão, através dos séculos, todos aqueles que se compromissaram, mesmo ao preço de injúrias, suor e lágrimas, a divulgar as glórias do Espiritismo pela bênção da palavra. (...)
No outono de 1862 deixa Paris para sua terceira viagem de propaganda espírita. Esta será a mais extensa a ser feita em toda a sua vida e se alongará até Bordeaux. Precisa constatar o processo de fermentação. O mundo do homem encarnado era um mundo enfermo que se tentava analisar dentro dos quadros da psicologia ou da filosofia. Mas tudo aquilo era susceptível de mais de uma explicação.
Os conceitos contidos em Viagem Espírita em 1862 continuam atuais e fundamentais à conduta dos espíritas
Kardec preparou, com zelo habitual, o material de sua oratória e, de fato, o seu tema de eleição está, melhor do que nunca, expresso no legado dessa viagem.
Tudo quanto vai dizer é fruto de uma experiência pessoal. Essa experiência caminha para nós e a voz que a expressa, apesar dos anos, nada tem de debilidade. Entre o homem e sua felicidade, ergue-se a Sombra, a terrível paixão: o Egoísmo. Isto é uma espécie de grito que precisa ser mil vezes repetido, até que o grande obstáculo, a Sombra, seja reconhecida como o pior dos inimigos. Enquanto isso não se faça todos estaremos excluídos da felicidade que desejamos partilhar. (...)
André Moreil, o mais recente biógrafo de Kardec, comenta a “Viagem Espírita em 1862” nos seguintes termos: “Essa grande viagem foi, mais tarde, publicada em obra especial, que se tornou auxiliar indispensável aos grupos espíritas, tanto no que concerne à doutrina, quanto no que diz respeito à organização e administração das sociedades espíritas”.
Cremos que este livro não foi, até o momento, editado em língua portuguesa. Lançamo-lo não apenas por sua alta qualidade doutrinária, mas ainda como uma adesão da “Casa de Cairbar Schutel” às comemorações do 1º Centenário de Desencarne de Allan Kardec, ocorrido em 1869.
Os conceitos nele contidos são tão atuais e frescos, tão fundamentais à boa conduta das entidades espíritas, que poderiam ter sido escritos em 1962. O leitor arguto e atento fará aqui mil descobertas de transcendental valor. Cem anos transcorridos, as instruções de Kardec são ainda perfeitamente aplicáveis e uma garantia para a pureza doutrinária. Caracterizam-se pela firmeza, lucidez e responsabilidade. Finalmente, o seu curioso modelo de Regulamento, o antepassado dos atuais estatutos das sociedades espíritas, é um exemplo de ponderação, de repulsa ao misticismo e uma revelação de alto espírito universalista.
A “Viagem Espírita em 1862” é obra em que, de singular maneira, o “homem” Allan Kardec se nos revela com sua consciência histórica e, em súbitos clarões, permite que o vejamos bem próximo de nós, o ser que já realizou o que intentamos, isto é, a substancial reforma interior que, só ela, possibilita a mágica interação: a criatura vivendo no Espiritismo, o Espiritismo vivendo na criatura
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