EDUCAR
PELO EXEMPLO
- Qual é, para o Espírito, a
utilidade de passar pela infância?
“Encarnando-se com o fim de
aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que
recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os
que estão encarregados da sua educação.” (Questão 383 de “O Livro dos
Espíritos”, de Allan Kardec.)
Ensinar teoricamente, fazendo uso de conceitos e palavras, tem, sim, grande valor e importância no campo educacional das crianças, mas exemplificar é fundamental.
Recebendo, essa geração infantil, a
quantidade de conhecimentos diários que estão à disposição dela, concluímos,
sem sombra de dúvida, que a mente e o raciocínio desses pequenos trabalham numa
velocidade espantosa, ampliando, pelo exercício contínuo, a capacidade de
armazenamento de informações.
Assim nos deparamos quotidianamente
com um público infantil que nos surpreende a cada instante, desafiando os
nossos mais sofisticados e atuais métodos de educação.
Tal situação nos remete
a profundas reflexões, buscando encontrar os caminhos mais adequados e seguros,
visando direcionar a vida pelas veredas do que é correto e ideal.
Não temos qualquer dúvida de que os
Espíritos retornam ao palco da Terra, em seguidas reencarnações, com a proposta
de realizar progresso e aprimoramento.
Dessa forma, aos pais ou responsáveis
cabe uma quota enorme de responsabilidade ao receber, sob sua guarda, as
crianças que Deus lhes confia.
Surgem em forma infantil para que, no
período da infância, possam receber as correções de que necessitam, uma vez que
na postura adulta dificilmente aceitariam quaisquer mudanças em suas vidas.
Sendo Espíritos buscando por evolução, é claro que ainda carregam consigo uma
imensa gama de defeitos e imperfeições, que esperam diminuir através da
educação que os adultos têm o dever e a obrigação de lhes oferecer.
Plenamente consciente dessa
insofismável realidade, incontestavelmente, o exemplo digno, sublime e
moralizado é a maior ferramenta à disposição dos adultos que realmente amam e
desejam corretamente educar as crianças que estão sob as suas
responsabilidades.
Vale pouco falar da necessidade do
respeito ao próximo se em nossas atitudes diárias mostramos o contrário.
Fica
sem valor a nossa palavra de reprimenda ao filho por ter agredido a um colega
de classe se no trânsito mostramos irritabilidade e intolerância e em casa
deixamos claro a nossa revolta e incompreensão ante qualquer situação que nos
desagradou.
Nossas palavras ficam vazias e sem
fundamento quando informamos aos nossos filhos os malefícios decorrentes do uso
do álcool, fumo ou de outras substâncias tóxicas se eles nos veem fumando e
bebendo, mesmo que sob o disfarce de o fazer socialmente.
As crianças aprenderão que as coisas
materiais deverão ser adquiridas com os recursos financeiros obtidos pelo
trabalho honesto e digno, quando identificam os adultos, principalmente os pais
ou responsáveis diretos, laborando com perseverança quotidianamente.
Falar é importante, exemplificar é
indispensável.
Quando a providência divina coloca
uma criança sob os nossos cuidados e guarda, expressa imensa confiança em nosso
potencial, esperando que tudo façamos para que esse Espírito reencarnante,
cheio de esperança e novos ideais, realmente concretize seus sonhos e projetos
de redenção e aprimoramento, pelos novos caminhos do mundo.
Falir nessa gigantesca e valiosa
tarefa, por certo será plantar uma lavoura de decepções cuja colheita de
sofrimentos será farta.
A infância, a adolescência e a
juventude refletirão, inapelavelmente, aquilo que nós adultos a elas
oferecermos.
Reflitamos...
WALDENIR APARECIDO CUIN- O consolador