A culpa é do “R”
A notícia entrou-me pelo computador:
não queria acreditar no que estava a ler!
Esfreguei os olhos e voltei a ler!
Afinal era verdade!
Não, não pode ser, é
estupidez a mais! Mas, não, estava lá tudo escarrapachado:
“Menino dispara
arma que recebeu no dia de aniversário e mata a própria irmã”!!!
A notícia vinha na página http://www.ptjornal.com/2013050215802, e,
no essencial, o que aconteceu foi o seguinte:
“O caso ocorreu no Kentucky
(EUA):
um menino de 5 anos matou, acidentalmente, a própria irmã, de 2 anos.
A
menina foi vítima de um disparo, enquanto as crianças brincavam em casa.
A
arma, uma versão para crianças de uma espingarda, tinha sido um presente de
aniversário.
A polícia está a investigar esta morte”.
Todos nós verberamos a violência, todos somos
pacifistas, todos somos contra as guerras, mas, no nosso dia-a-dia somos os
autores dessa mesma violência que ora vive latente no nosso imo à espera de um
despoletador para sair, seja como uma agressão mental, verbal ou física, ora se
desdobra em atitudes lamentáveis quando somos confrontados com a frustração ou
com a oposição dos nossos ideais.
Desconhecendo que somos seres imortais,
temporariamente num corpo carnal, em busca da perfeição intelectual e
espiritual ao longo das múltiplas reencarnações, o homem jaz aprisionado aos
seus conceitos imediatistas e materialistas, impregnado num egoísmo feroz, na
vaidade, no orgulho, que são em essência a causa de todos os males na Terra.
Com a Doutrina Espírita (ou Espiritismo)
comprovou-se a imortalidade do Espírito, a comunicabilidade dos Espíritos, a
reencarnação, o que, aliado à existência de Deus e à pluralidade dos mundos
habitados, nos dá um roteiro seguro para que possamos entender a Vida nos seus
pormenores mais escondidos, explicando-nos quem somos, de onde viemos, para
onde vamos e o por que das dessemelhanças de oportunidades nesta existência carnal.
A dor far-nos-á abrir os olhos, se não
optarmos pelo caminho
do Amor:
do Amor:
é um imperativo da evolução
Aprendemos com o Espiritismo que existe uma
Lei de Causa e Efeito, onde, como já ensinara Jesus de Nazaré, a semeadura é
livre, mas a colheita é obrigatória.
Nesse sentido, ficamos a meditar como os EUA
repararão as milhões de mortes que provocam pelo mundo afora, em guerras
interesseiras…
Ficamos a meditar na tristeza de um país onde
ainda existe a pena de morte, desconhecendo que o Espírito, expulso
violentamente pela sociedade através da pena de morte, continua a interagir com
essa mesma sociedade, agora no mundo espiritual, voltando certamente a
reencarnar no mesmo meio (agora ainda mais violento), até que essa sociedade o
eduque.
Somos borboletas que pretendem evoluir,
batendo compassadamente as asas da intelectualidade e da espiritualidade.
Neste
momento que vivemos, apenas batemos a asa da intelectualidade, e, esquecidos da
espiritualidade, perdemos o Norte de Deus, e, em vez de voar de forma reta,
andamos às voltas, como uns tontos, em busca de um rumo.
A dor far-nos-á abrir os olhos se não optarmos
pelo caminho do Amor.
É um imperativo da evolução!
Há tempos, ouvindo uma conferência do ilustre
espírita Divaldo Pereira Franco, este mencionava, em tom de brincadeira, que
Jesus de Nazaré ensinou-nos o
“Amai-vos uns aos outros”, mas, nós, seres
primitivos, espiritualmente falando, alteramos a frase para
“Armai-vos
uns aos outros”.
Se a situação não fosse trágica, até seria
engraçada e poderíamos dizer que, afinal…, a culpa é do “R”!
JOSÉ LUCAS – O Consolador